Você já ouviu falar de constelação organizacional? Derivada da constelação familiar, a constelação organizacional é uma técnica cuja função é somar e ofertar apoio ao trabalho de consultoria às empresas e organizações. Implementada pelo filósofo e psicoterapeuta alemão, o Bert Hellinger, o método objetiva oferecer soluções devidamente efetivas aos problemas de contexto empresarial.
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Uma abordagem da Psicoterapia Sistêmica Fenomenológica, o seu resultado foi decorrente de anos de pesquisas com famílias, empresas e organizações diante de diferentes locais do mundo, procurando o diagnóstico e solução para os problemas e conflitos. Disso resultou um trabalho cujo acopla um conjunto de “leis” naturais que regem o equilíbrio dos sistemas em que Bert nomeia “Ordens do Relacionamento Humano”.
O início de tudo foi quando, em 1995, durante um congresso, Bert Hellinger empregou pela primeira vez a sua metodologia de orientação familiar para ajudar o seu amigo nas questões referentes à sua empresa. Depois disso, o trabalho não parou, pois os consultores empresariais de todo o mundo passaram a utilizar a Constelação Organizacional em suas consultorias.
Princípios
Após se tornar acessível e popular a pessoas e empresas, a Constelação Organizacional passou a sustentar por três princípios básicos:
1 – Hierarquia, na ordem e sistematização;
2 – Perencimento, no direito de pertencer ao sistema;
3 – Igualdade/Equilibrio, nas trocas justas ao dar e receber algo.
Objetivos
– Identificar e eliminar os problemas no ambiente organizacional nos processos;
– Melhorar a comunicação entre os colaboradores, líderes e a empresa como um todo;
– Tratar com equidade, objetivando que não interfiram e nem prejudiquem os resultados.
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Referências:
MARQUES, José Roberto. O que é Constelação Organizacional ?. Disponível em: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/constelacao-organizacional/. Acesso em: 13 ago. 2019.
Fonte: http://www.imontepascoal.com/noticias/24082019/constelacao-organizacional-o-que-e/
No início da vida, a função da mãe é tão importante que muitas vezes não se reconhece e não se honra adequadamente a função, igualmente importante, do pai para a criança e para o Sistema Familiar.
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Durante a gestação, enquanto bebê e criança pequena, é realmente a mãe quem desempenha a função prioritária, aconchegando, nutrindo, segurando e protegendo.
Chega então o momento do pai expandir sua ação, e exercer seu papel fundamental e complementar ao da mãe durante o crescimento da criança.
Para isso é necessário, segundo o terapeuta alemão Bert Hellinger, o papel ativo da mãe em “apresentar” o pai ao filho, e ele então mostrará o mundo, o diferente, a diversidade, a coragem e os desafios, complementando o que veio da mãe e integrando ambas informações e aprendizagens para um crescimento e desenvolvimento saudável desse filho.
O filho observa e modela seus pais, atento a como ambos olham para o mundo, como são enquanto pais, pessoas, homem e mulher, e constrói a base que levará para seus próprios relacionamentos ao crescer.
Por vezes, lamentavelmente o pai morre cedo, ou há relações disfuncionais e conflitos entre o casal, separações e o pai se afasta da família e do filho, deixando um vazio que não pode ser preenchido por nenhuma outra pessoa.
Nenhuma exclusão em qualquer sistema é boa.
Esse afastamento pode partir do pai, ou pode haver uma exclusão desse pai por parte da mãe motivada por mágoa ou raiva, e assim ocorre a sempre sofrida alienação parental. A exclusão do pai gera consequências negativa para todos, sem exceção.
O filho sente a falta de seu pai, independente de quem foi ou como agiu.
A mãe, quando não honra nem reconhece o pai de seu filho, ou quando o rechaça, afasta e cobra que o filho fique ao seu lado contra esse pai, ocasionando um grave emaranhamento no sistema familiar, que poderá se perpetuar por gerações à frente, para seus descendentes.
Em algum momento futuro, esse filho que aceitou ficar contra seu pai por lealdade à mãe, se revoltará com essa situação, por ter sido afastado de seu pai, e terá mágoa dela, podendo também se afastar.
O pai excluído se fará representar por um descendente que reviverá seus fracassos e dificuldades, até que possa ser visto, sistemicamente reconhecido e reincluído na família, em uma vivência de constelação familiar.
Essas consequências se dão por fatores simples, porém, não facilmente percebidos.
Somos filhos de ambos, mãe e pai, 50% de nossa genética vem de cada um deles, e negar essa verdade é negar parte de nós mesmos.
A Vida chegou até nós através dos nossos pais e de todos ancestrais de suas famílias.
Necessitamos “tomar” plenamente a Vida que chegou através deles, pelo preço que custou a cada um deles.
Fazemos isso quando tomamos ambos, pai e mãe, aceitando-os plenamente, exatamente como foram e como são, com tudo o que nos deram, sem julgar ou cobrar que mais nos fosse dado, que não foi o suficiente ou não foi como esperávamos.
Se apresentarmos tantas restrições e julgamentos, não aceitarmos mãe e/ou pai, tomamos a Vida apenas parcialmente e experimentaremos lacunas que se expressarão de diversas possíveis maneiras, de acordo com o ponto onde se originou a falta. Possíveis consequências são a existência de problemas em diversas áreas da vida: profissão, dinheiro, relacionamentos, sexualidade, amor etc..
Devemos honrar mãe e pai independentemente de quem foram ou do que fizeram. O mínimo que tenham feito já foi o suficiente, nos deram a Vida, e ela não tem preço. Nunca poderemos retribuir algo tão grande.
Se foi “somente” a vida que nos deram, agradeçamos e façamos algo melhor com ela, levando-a adiante e dando continuidade à nossa linhagem, sendo cada vez melhores e levando a nossa família a um destino mais saudável.
Retribuir a Vida só é possível fazendo esse mesmo papel com nossos filhos, ou então, em projetos e ações para a sociedade, deixando um legado de contribuição, crescimento e Amor. Mesmo que os pais tenham problemas de relacionamento, se ambos conseguirem amar um ao outro na pessoa do filho, e reconhecer um ao outro quando olham para ele, se mesmo, não mais juntos, puderem perceber que no filho cada um está igualmente representado, conseguirão ressignificar a separação e agir conjuntamente em benefício do filho, que é menor que ambos e tem prioridade do cuidado.
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O filho assim poderá crescer saudável física e emocionalmente, com a presença de ambos em sua Vida, mesmo se um deles estiver ausente fisicamente, pelo reconhecimento de seu papel e importância.
Em qualquer época, é possível ampliar a consciência, reconhecer essas questões, e tomar a força que vem dos pais e da família, reconciliando-nos à Vida e alterando nosso destino.
Conhecer e respeitar as Leis e Ordens da Vida nos direciona para um caminho mais saudável, próspero e feliz.
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Às vezes, não importa o quanto andamos, algo sempre nos puxa para trás. Um assunto não resolvido, um problema que foi jogado para debaixo do tapete, um medo irracional ou, até mesmo, uma dor sem explicação: tudo pode ser o emaranhamento de uma vida entrelaçada. Ou de várias vidas. É assim que pensam os consteladores sistêmicos, indivíduos que seguem uma linha filosófica espiritual baseada nos ensinamentos do terapeuta alemão Bert Hellinger, que identificou forças naturais que agem sobre as pessoas e podem interferir na trajetória delas. Essas interferências, acredita, podem ter causas intrínsecas nas gerações atuais ou até em encarnações passadas.
Na teoria, o assunto é complexo. Mas, quando aplicado na prática, as coisas simplificam, como garante Clarissa Vargas, 32 anos, que é taxativa: “A constelação familiar mudou a minha vida”. A atriz e apresentadora da TV Escola diz que a terapia a curou de dentro para fora, em um processo de autoconhecimento. “Ainda estou na busca, mas aprendi que nascemos com memórias celulares e em sistemas familiares, nos quais assumimos, muitas vezes, papéis que não são os nossos”, simplifica.
A jovem diz ainda que, na experiência que teve com o método, aprendeu que cada um nessa vida é parte de uma teia de pessoas e acontecimentos inevitáveis, e isso acaba por fazer os indivíduos somatizarem dores de seus ancestrais e criarem interpretações erradas por falta de compreensão.
Hoje, a constelação familiar é aplicada em vários ambientes e situações, como na mediação de conflitos no Poder Judiciário, em escolas, empresas e até no Sistema Único de Saúde (SUS), onde foi adotada como prática integrativa. A terapia tem sido vista como uma alternativa para resolução de várias questões, tanto de âmbito familiar quanto profissional.
A psicóloga Luci Bernardes Barros é especialista em gestalt–terapia e atua na área há 18 anos. Nos últimos seis, também tem se dedicado à constelação sistêmica. Luci explica que se trata de uma terapia transformadora, essencialmente vivencial e fortemente referenciada nas sensações corporais, no sentir e no olhar. E vai além: a técnica mudou e ampliou muito sua prática e postura clínica.
De acordo com ela, é uma abordagem sistêmica e fenomenológica, que, em um único encontro, pode vir a descortinar uma dinâmica muitas vezes oculta no sistema familiar. “Não há lógica na constelação familiar, pois é uma filosofia profunda, que atua num nível de alma”, completa.
Clarissa Vargas garante que, em sua experiência com a constelação, aprendeu que o essencial é ter gratidão e aceitação “para que os vínculos doentios possam se desfazer de forma natural e energética, sem dor, apenas com sua permissão”. Ela também percebeu, enquanto ouvinte de outras constelações, o quanto recorrer a profissionais de qualidade faz toda diferença. “Percebo que os resultados podem emergir com mais efetividade quando o profissional tem, antes de diplomas de vários cursos aqui e acolá, verdadeira sensibilidade”, avalia.
Para Clarissa, vale a pena investir nesse processo de autoconhecimento, pois as transformações na vida são gigantescas. “Não conheço outra terapia tão assertiva. Eu discutia com minha mãe por tudo, não conseguia emprego que me pagasse o que eu sentisse que merecia, não aceitava uma gravidez não planejada que tive e me sentia deslocada, sendo brasiliense de família gaúcha. Hoje, minha relação com minha mãe é de ampla admiração. Reconheço que a força feminina dela está em mim e, sem isso, eu não teria o impulso interno que tenho de lutar pelas coisas”, analisa.
A psicóloga e doutora Adriana Barbosa, seguidora da escola psicanalítica de Sigmund Freud, admira a técnica da constelação familiar, mas acredita que não há nenhuma comprovação científica de que ela realmente funcione como uma terapia tradicional. “Sou muito cética, mas ouço relatos de pessoas que realmente se sentiram curadas com a constelação. Admiro o trabalho dos terapeutas nessa área, mas, como digo, é algo alternativo, que, com certeza, ajuda muito na busca do autoconhecimento, mas jamais deve tomar lugar da genuína psicoterapia, do divã, das sessões com psicólogos formados”, acredita.
Antigo padre e missionário junto aos zulus, na África do Sul, o alemão Bert Hellinger é educador, psicanalista, terapeuta corporal, familiar e de grupos. Um homem com muita sabedoria e experiência de vida, segundo seus seguidores. Como viveu durante muitos anos em situações conflituosas, como soldado durante a Segunda Guerra Mundial, e depois se tornou padre, essas experiências tiveram um profundo efeito no desenvolvimento das constelações familiares. Bert Hellinger, hoje com 92 anos, escreveu mais de 84 livros, traduzidos em 30 idiomas. O seu trabalho está documentado em numerosos CDs e DVDs.
Poli Halfeld, 59 anos, é proprietário de um salão de beleza que mudou muito. O lugar não passou por reformas físicas, o dono não gastou um centavo com troca de mobília, mas quem entrou no local depois das sessões de constelação feitas por ele e seus funcionários percebeu transformações. “Quando cheguei ao trabalho, depois da ser constelado, já senti um clima diferente, uma coisa muito interessante. As pessoas estavam mais interessadas em trabalhar juntos em uma proposta”, conta.
Tudo começou quando Poli conheceu a constelação e viu nela a oportunidade de mudar aspectos da vida que o incomodavam, começando por questões familiares. “Tenho três irmãos e cada um de nós mora em um lugar do país. A gente raramente se via, de vez em quando um aparecia na casa do outro, mas se reunir como família, não”, explica.
Para se conhecer melhor e entender os motivos dessa distância, ele fez uma sessão de constelação familiar e, a partir daí, as atitudes que ele vinha tomando começaram a ser melhor observadas. As escolhas foram analisadas e cada parente passou a ter uma atenção especial de Poli. “Eu me sentia envergonhado de ter sobrinhas já formadas que não conhecia. Isso é muita desconexão, porque são filhas do meu irmão, que é um homem superquerido e adorado pelas pessoas, mas eu não tinha essa conexão com ele.”
A terapia foi um grande norte para mudar as relações do empresário, que começou a ter aprendizados que inverteriam aquela situação. “A primeira coisa que aprendi foi a não ficar lamentando o passado. É preciso reconhecer o que aconteceu, mas seguir em frente, porque o passado não tem como mudar — nem se ficarmos remoendo.”
As diferenças do antes e do depois da constelação foram nítidas: “Nós já estamos marcando o nosso terceiro encontro. Parece que minha família voltou a ter um núcleo. Era cada um por si, muito desligados, principalmente eu, que me sentia desconectado”, conta.
Após ver todas essas ligações funcionarem, Poli passou a indicar a terapia a todos, tanto que os funcionários do seu salão também tiveram a chance de viver a experiência. “Depois da constelação empresarial que fizemos, tem uma coisa que acontece que não sei explicar o que é — algo em nível energético —, que te faz sentir conectado de novo. Eu sentia as pessoas divididas aqui no salão, hoje as vejo mais integradas”, detalha.
Em março, o SUS reconheceu os benefícios da constelação familiar, colocando a terapia como uma das Práticas Integrativas e Complementares (PICS) ofertadas nas unidades de atendimento. A decisão é polêmica e vai além: em 2006, os cinco primeiros procedimentos alternativos foram incluídos no PICS — acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo —; em 2017, mais 14 práticas entraram na lista; e em 2018, mais 10. Hoje, 29 recursos terapêuticos são oferecidos em 9.350 estabelecimentos e 3.173 municípios. A relação completa está no site do Ministério da Saúde.
Uma constelação pode ser realizada em grupo ou individualmente. No método individual, são utilizadas representações simbólicas, que podem ser bonecos, cartas, almofadas, entre outros elementos. Nesse caso, explica Luci, ocorre uma sinergia muito grande entre terapeuta e constelado, pois o processo e as imagens internas de quem está sendo tratado podem ser atentamente acompanhados pelo constelador, por meio da observação corporal, da expressão dos sentimentos e das falas.
Já quando a terapia é aplicada em grupo, deixam-se de lado esses elementos representativos e são os participantes da sessão que simbolizam os laços familiares e as situações de conflito. Ou seja, em vez de o constelado eleger, por exemplo, uma carta, uma almofada ou um boneco que simbolize o pai, ele escolhe um indivíduo do grupo para isso.
De acordo com a filosofia que rege essas ações, nada disso é por acaso: o escolhido pode nem conhecer o problema da pessoa que está sendo tratada, mas vai viver ali situações importantes também para si. Assim, apesar de apenas um indivíduo ser a constelado naquele grupo, os demais também vivem um processo terapêutico.
Para a psicóloga Luci Bernardes Barros, as duas formas de constelar são eficazes e amorosas. Ela relata que, em ambas, cria-se um campo energético. Quando em grupo, os participantes, em geral, não tem nenhum prévio conhecimento entre eles nem sobre o assunto a ser trabalhado. Após compartilhar o tema com o grupo, a pessoa a ser constelada escolhe representantes para si e para seus familiares. Os representantes conseguem acessar informações inconscientes de cada elemento ou familiar representado.
O campo familiar que é acessado numa constelação pode ser comparado a uma consciência que contém todos os dados relevantes daquela família. Todos os representantes e participantes são influenciados, neste momento, por esse campo, independentemente de vontade ou escolha, segundo relata Luci Bernardes.
O cientista inglês Rupert Sheldrake denomina este campo de morfogenético. Assim, quem representa uma pessoa entra em contato com a história dela. Ele afirma que o campo sistêmico é muito poderoso, todos se beneficiam e entram em movimento de cura. A psicóloga esclarece, ainda, que a constelação é um método isento de crenças religiosas ou de quaisquer experiências místicas ou sobrenaturais. “A vivência não substitui nenhum tratamento médico ou psicológico, mas os complementa”, adverte Luci Bernardes.
Ela salienta que essa terapia pode ser capaz de liberar sentimentos dolorosos que marcaram um comportamento familiar e que podem estar atraindo outros membros para uma repetição em gerações posteriores. “Muitas vezes, um neto ou bisneto poderá, por amor, repetir, de forma inconsciente, esse destino”, reflete. Na opinião da psicóloga, a constelação não dá respostas, mas ajuda as pessoas a olharem para questões importantes que, muitas vezes, podem estar bloqueando o fluxo de amor em suas vidas.
O interessante, para a consteladora, é que o método revela as ordens do amor que precisam ser respeitadas, para que os padrões doentios não se repitam. Essas ordens referem-se a três princípios norteadores — pertencimento, equilíbrio e hierarquia. “Segundo Bert Hellinger, o amor é a maior força da existência. O fluxo do amor é interrompido, principalmente, com o julgamento e o desrespeito. Todo desrespeito gera desordem e desarmonia”, completa Luci Bernardes.
É uma filosofia e terapia criada pelo alemão Bert Hellinger que trabalha com os emaranhamentos sistêmicos que uma pessoa pode “herdar”.
É um termo usado para simbolizar o nó do amor em que se encontra a pessoa nas relações sistêmicas familiares. Em geral, olha-se para algo que foi excluído na família, e uma geração seguinte tenta reequilibrar o sistema a partir daquele acontecimento marcante. É o sintoma da alma, assim como o corpo dá sinais quando alguém tem uma crise de garganta e o corpo reage com a febre.
É, em primeiro lugar, uma profunda conexão com o coração do cliente. O tema que surge deve ser sempre aquele em que o cliente diz “eu quero curar isso na minha vida”. Esse desejo é a principal fonte de sucesso do processo da constelação. Os temas são os mais variados possíveis. Tem constelado, por exemplo, que procura uma sessão só para tentar entender por que não consegue andar de bicicleta.
Assistir ou participar de uma vivência de constelação familiar sem ser o centro da vivência é colocar-se à disposição da cura de uma pessoa. Naturalmente, como nos aglutinamos por afinidades, é possível também usufruir da sessão, que de uma forma ou de outra também ajuda no processo da própria cura.
É tudo que nos une ao um grupo de pessoas, que estão vinculados em função de um interesse comum, independentemente se estejam unidos ou não e se tenham consciência ou não.
Existem três leis do amor que fomentam a filosofia da constelação familiar criada por Bert Hellinger, chamada por ele de ordens do amor. São elas: a lei do pertencer, a lei do dar e receber e a lei da hierarquia. Elas dizem que vivenciar o processo de cura e de amor dentro da constelação familiar nos colocará em uma ordem do amor, que traz luz à consciência e nos leva para um futuro com força, amor e honra à vida. Essa ordem vem de muito longe e nos toca por meio dos nossos antepassados.
Os estudos da constelação dizem que existem ordens que regem as interações familiares: cada membro tem seu papel e suas atribuições dentro desse sistema, mas Larissa Oliveira, 30 anos, era uma das pessoas que não sabia disso. Como não teve a presença paterna dentro de casa, a secretária parlamentar acabou pegando para si responsabilidades e atribuições que não eram dela e descobriu que quem carrega muito peso, uma hora, sente as dores.
“Comecei com a acupuntura para resolver uma dor nas costas. Também vinha me tratando com reiki. A minha terapeuta reikiana disse que seria legal fazer uma constelação familiar. Eu fui com o intuito de descobrir por que eu adoecia a toda hora.”
A cada sessão, Larissa ia descobrindo os motivos das disfunções do corpo, relacionados a problemas de desordem na família. Ela passou a observar melhor suas atitudes, seu jeito de se portar diante das situações e sua posição nos conflitos, o que a fez perceber que a frieza da racionalidade nem sempre é a melhor opção. “Hoje, vejo que tem mais coração em tudo o que faço, consigo olhar para as coisas com mais sentimento, que antes eu bloqueava muito. Por precisar ter sido a pessoa forte da família a vida toda, que resolvia tudo, eu me tornei muito prática, mas com pouco sentimento”, conta.
Esse autoconhecimento construído na constelação foi fundamental na vida da secretária, que se tornou outra pessoa sem os pesos que carregava. “As pessoas ao meu redor viram muita diferença em mim. Mais serenidade, tranquilidade, encarando tudo com mais leveza”, lembra. Com a ordem familiar estabelecida, Larissa conseguiu se livrar das dores que a levaram para sua primeira sessão, mas não pode falar que terminou a terapia sem sentir nada, pois foi justamente o fato de conseguir sentir mais que a transformou.
“Começar a ter mais sentimento é assustador em um primeiro momento. O processo de se conhecer traz muitas descobertas, então, nesse começo, a gente pensa: ‘Mas eu nunca senti isso, por que isso está acontecendo?’ E agora vejo o quanto isso é bom, porque a gente passa a fazer as coisas com o coração.”
Não existe uma só formação possível para se tornar um constelador, mas tem surgido no Brasil uma organização cada vez maior na área, com aproximações científicas. É isso que explica Miriam Coelho Braga, consultora organizacional e terapeuta corporal. “Existem muitos treinamentos e informações. Eu, por exemplo, coordeno um curso de pós-graduação em constelações, o primeiro do Brasil a nível acadêmico. Esse é um conhecimento que o profissional precisa, porque ele dá sustentação teórica na ciência, bases práticas e, sobretudo, uma ética”, justifica. A experiência de Miriam mostra que o caminho é sempre se profissionalizar ao máximo para essa área, já que ela envolve os mais profundos sentimentos e sentidos dos clientes. “É algo sensível, porque o cliente pode surtar se não tiver um profissional capacitado com ele.”
Elisângela Barbosa, 44 anos, estava divida entre qual rumo tomar: se seguia a carreira profissional ou a abandonava para se dedicar exclusivamente a fazer constelações. No meio desse dilema, uma desconhecida foi quem a ajudou na decisão: “Eu estava andando na rua com aquele pensamento e, de repente, apareceu ao meu lado uma mulher que eu nunca tinha visto, com aparência de cigana, me tocou o ombro e me ofereceu uma flor — metade das pétalas era laranja e a outra metade vermelha. Então, a moça me falou: ‘Continue nos dois caminhos’. E seguiu andando”, conta.
Foi assim que a consteladora conseguiu aliar ambos os trabalhos e vivências para ajudar em processos familiares, individuais e até empresariais. “A vida foi me levando para um caminho holístico porque, ao mesmo tempo em que atuava como assistente social e psicopedagoga, eu tinha as dores familiares da ausência do meu pai, da força da minha mãe em precisar dizer que ele nos abandonou… E todas essas dores, me levaram a chegar até a constelação.”
Fazendo essa terapia há cinco anos, Elisângela já ajudou gente com os mais diversos problemas. Marcam sessões com ela pessoas que querem entender a depressão, as doenças físicas, as relações com membros da família e até a dificuldade de andar de bicicleta ou dirigir. Os métodos são complexos e envolvem as teorias de Bert Hellinger, mas, na prática, tudo flui em harmonia para que se alcance o tema de quem participa.
Elisângela trabalha os dois métodos. “Faço a constelação individual — com os bonecos — e em grupo — com pessoas”, explica. Mas, para ela, o segundo é mais interessante por sempre reunir pessoas com dificuldades comuns, mesmo que os presentes no dia não se conheçam: “Quando começo a montar a cena da constelação, chegam pontos de dores e sentimentos das emoções de todo mundo presente.”
Embasada em todos os conhecimentos sobre as teorias da constelação que adquiriu nesses anos, Elisângela explica que seu trabalho é apenas guiar a pessoa constelada, mas isso exige a sensibilidade de observar mais do que ela percebe. “Sou apenas uma mediadora na constelação, faço uma leitura que está no inconsciente dela a partir da cena que ela mesma me trouxe”, detalha. O que acontece a partir daí, garante, vai depender de cada caso, todos devidamente explicados pelas ordens do amor e suas leis do pertencer, do dar e receber e da hierarquia.
“Bert Hellinger descobriu que existe uma memória sistêmica familiar e, quando algo não é resolvido lá atrás, algum membro para a frente vai tentar resolver. Vamos dizer que a mãe se separou do pai e ele foi excluído. Pelas leis que Bert construiu, ninguém pode ser excluído. Então, se ele foi, alguém para a frente vai tentar incluir esse homem de alguma maneira. E a forma mais prática que a alma da pessoa vê para incluir esse membro é copiando comportamentos dele, de forma inconsciente.”
Cada pessoa reage de uma forma diferente diante do novo e do desconhecido. Há, por exemplo, aqueles que só querem distância — talvez por medo ou insegurança —, aqueles que entram de cabeça para saber do que se trata — com uma curiosidade aguçada —, e os que desdenham, mas não abrem mão de conhecer melhor aquele universo, como Cláudio de Jesus, 45 anos.
O advogado não acreditava muito nas transformações da constelação que tanto lhe falavam, mas também não se fechou a ponto de não querer saber daquilo. Quando uma amiga que tinha feito essa terapia o chamou para uma sessão em grupo, ele foi com a cabeça aberta e presenciou de corpo e alma aquelas energias.
“Fui chamado para integrar o desenho da constelação de uma pessoa. Então, entrei para o grupo familiar dela e assumi o papel de um indivíduo que não gostava dela — mas eu não sabia disso. Ela me posicionou ao lado da pessoa que a representava na constelação e meu braço, imediatamente, ficou dormente. A partir daí, minha descrença caiu por terra.”
Essa primeira experiência fez com que Cláudio compreendesse a terapia na prática — coisa que, a partir dali, foi sendo levada adiante por ele em sua vida e em seu escritório. “Eu comecei a ficar curioso e a participar de várias constelações. Muita coisa mudou, porque aprendi a interpretar as relações. Recentemente, atendi um pai que estava tendo problema com a filha, que, para mim, era uma questão constelar. A orientação que dei me dispensou como advogado, mas ele saiu extremamente agradecido e emocionado”, relata.
A constelação, de fato, tem sido aplicada com frequência no campo da advocacia, inclusive com juízes usando-a para ajudar os envolvidos nos casos a compreenderem os motivos dos seus conflitos e a pensarem em alternativas. Mas isso não é novidade para Cláudio. “Estão falando muito agora sobre o direito sistêmico, mas eu sempre fiz isso, só não sabia que era constelação. Sempre achei que as relações no direito de família, por exemplo, são frutos de um problema de constelação familiar. As pessoas se aproximam e se distanciam, mas precisam entender o porquê disso.”
Se existe uma terapia que busca solucionar conflitos familiares, por que não aplicá-la na advocacia? Essa pergunta foi feita por vários advogados e juízes, como o criador da expressão, o juiz baiano Sami Storch, que enxergou nos tribunais e escritórios uns dos lugares mais propícios para implementar essa técnica, como explica Luciana Pereira da Silva, advogada atuante no direito de família. “Começou a se perceber que usar mecanismos paralelos pode ajudar no encerramento de demandas judiciais, evitando maiores traumas para as partes envolvidas, especialmente no direito de família. A utilização dessa técnica passou a se oficializar em alguns tribunais, reduzindo drasticamente o número de processos em que não se chegava a um acordo. Aqui em Brasília, o TJDFT divulgou em 2016 oficialmente a utilização das constelações familiares para resolução dos conflitos processuais que estavam sob sua competência. E, no ano seguinte, apontou o número de acordos em 61% dos casos”, explica Luciana.
“Incrível, mágico e fascinante são palavras muito usadas quando pedimos a alguém para descrever a constelação de que participou. Todo esse encanto deixa no ar a curiosidade: afinal, por que essa terapia é tão diferente das outras? Para responder a isso, marquei a minha própria constelação. No consultório, o lustre de cristal e o papel de parede em preto e dourado criam um ambiente que levam a pessoa ao novo, diferente e pleno, situações buscadas por quem passa por emaranhamentos da vida.
A consteladora é Elisângela Brabosa, que explica os ensinamentos do psicoterapeuta Bert Hellinger para que possamos começar a sessão. Para continuar, ela pede um tema a ser constelado, ou seja, algo que esteja causando problemas na vida, algum incômodo ou mesmo insatisfação, qualquer questão que eu esteja disposto a curar.
Como a sessão foi individual, bonecos representaram cada personagem envolvido no meu tema proposto. E é aí que começa a ser analisado cada passo da nossa psique, quando Elisângela pede para que eu coloque na mesa cartas com as ilustrações que melhor representem as pessoas da história: mãe, pai, avós, irmãos… Dependendo do tema, até sentimentos ou objetos podem ser representados pelos bonecos.
Nessas escolhas, a consteladora observa ao máximo o que nosso inconsciente tenta dizer, pois é ele que guia a carta que escolhemos, em que posição da mesa a colocamos e até de que maneira a dispusemos — decisões que aparentemente não têm lógica. Mas surpreende ver o que elas significam quando Elisângela começa a explicar que posicionamos tal carta virada para trás por aquela pessoa olhar para um tema do passado, e que tal pessoa ficou ao lado de outro membro familiar porque estão em sintonia.
Assim, a consteladora vai passando por cada emaranhamento do campo sistêmico do constelado, para que, no final da sessão, fique compreensível o motivo do problema levantado no começo. Foi dessa forma que descobri, por exemplo, o medo de um membro familiar em relação à morte precoce, por conta de outro falecimento prematuro em gerações passadas. Sentimentos como esse foram sendo expostos até que se formou a frase da constelação, ou seja, o que precisaria ser feito para que aquele meu incômodo inicial tivesse uma resolução.
A sessão tem fim com vários aprendizados, autoconhecimentos que levamos para a vida e que podem resolver o conflito tratado e outros que, talvez, apareçam no caminho.”
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A inteligência emocional é um aspecto importante no mercado de trabalho e, para desenvolvê-la, alguns passos simples podem ajudar.
Não sabe o que é INTELIGÊNCIA EMOCIONAL? Comece por aqui: O QUE É INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E COMO UTILIZAR NO TRABALHO
Em artigo no portal Inc., o autor Justin Bariso listou 12 dicas que ele costuma passar para aqueles que querem desenvolver a inteligência emocional. Confira a seguir:
Quando alguém fizer uma pergunta profunda ou desafiadora, não responda de imediato. Em vez disso, siga a regra do “silêncio constrangedor”. Dê uma pausa e pense com cuidado antes de responder. Não tenha medo de levar 5, 10 ou 15 segundos para dar o retorno.
Ao fazer isso, você controla suas emoções e alivia a pressão. Estando calmo e tomando seu tempo, você pode refletir e produzir respostas de melhor qualidade.
“Há três coisas que você deve se perguntar antes de dizer algo”, disse o comediante Craig Ferguson em uma entrevista.
– Isso precisa ser dito?
– Isso precisa ser dito por mim?
– Isso precisa ser dito por mim agora?
Esse diálogo mental pode levar apenas alguns segundos, mas é capaz de prevenir anos de arrependimento.
Você pode não ser capaz de prevenir uma certa emoção ou sentimento, mas pode controlar sua reação à sensação — esforçando-se para controlar seus pensamentos.
Por exemplo, considere o clima atual. A pandemia do novo coronavírus pode causar uma série de emoções negativas. Mas insistir nesses sentimentos negativos ou desejar que as coisas sejam diferentes não é muito produtivo. Em contrapartida, se você conseguir reorientar seu pensamento para aquilo que você tem controle, poderá tirar o melhor de uma situação difícil.
Ninguém quer ser criticado. Mas é importante perceber que quase todo feedback é valioso. Isso porque, certo ou errado, dá informações sobre como você é percebido pelos outros.
É claro que, se alguém te dá um feedback negativo, é difícil de aceitar. É por isso que você não deve responder de imediato. Em vez disso, aguarde um pouco, até que você tenha suas emoções sob controle. Então, pergunte-se como o feedback pode torná-lo melhor. Ou como pode te ajudar a entender melhor os outros.
Dar feedback é uma história diferente. Concentre-se em elogios sinceros, pois isso motivará as pessoas a continuar fazendo corretamente. E, se fizerem algo errado, não se concentre no negativo.
Em vez disso, enquadre seus comentários como construtivos, compartilhando, por exemplo, como você costumava cometer um erro semelhante até que alguém o indicasse. Dessa forma, a outra pessoa te verá como um parceiro que está tentando ajudar, não um oponente tentando prejudicar.
Haverá tempos em que você e seu time, seu parceiro, ou outra pessoa importante para você, irão discordar sobre como lidar com uma situação. Vocês discutiram minuciosamente os prós e contras, e ninguém quer mudar de opinião? Discorde e se comprometa. Quando você discorda e se compromete, você reconhece que a única forma de seguir em frente é se alguém desistir, então você se torna essa pessoa. Mas em vez de tentar sabotar a decisão, você assume um compromisso sincero de fazê-la funcionar. Ao participar, você comunica confiança — e encoraja seus parceiros a fazer o mesmo por você no futuro.
Para melhorar na demonstração de empatia, resista ao desejo de julgar a situação dos outros, e concentre-se nos sentimentos deles. Tudo começa com a escuta, e não interrompendo com a proposta de uma solução ou dispensando a outra pessoa. Em outras palavras, não diga: “Bem, isso não é grande coisa. Eu já lidei com isso antes — basta fazer isso.” No lugar dessa postura, pergunte-se: “Quando foi a última vez que me senti dessa forma? Como eu gostaria que os outros me tratassem?”
Empatia não é igual a acordo. É se esforçar para entender e se identificar com a outra pessoa — e isso leva a relacionamentos mais fortes.
Se você está enfrentando uma situação difícil, o orgulho pode ditar que você tente resolver tudo sozinho. Mas o orgulho pode ser destrutivo. Quando você procura os outros para pedir ajuda, mostra que as valoriza, bem como valoriza as habilidades que possuem. É como se você dissesse: “Eu não posso fazer isso sem você.” Ou, no mínimo: “Eu prefiro fazer isso com você”. Dar a oportunidade para que as pessoas te ajudem faz com que elas se sintam bem. E ao dar essa chance de participar, você os transforma em parceiros que investem no seu sucesso.
Da mesma forma, uma das melhores maneiras de impactar positivamente os outros é oferecer ajuda. Não espere que eles peçam. Se você vê uma necessidade, ofereça assistência. Ou, melhor ainda, entre em ação. Ao demonstrar essa vontade de se envolver, você cria confiança e inspira.
Você já disse ou fez algo de que se arrependeu e gostaria de voltar atrás? Não é fácil pedir desculpas, mas fazê-lo demonstra humildade e atrai as pessoas para você.
Lembre-se também de que pedir desculpas nem sempre significa que você está errado. Simplesmente significa que você valoriza mais o seu relacionamento do que o seu ego.
E se outra pessoa fez algo para prejudicá-lo? Se foi de propósito ou não, ficar insistindo nisso não vai te ajudar em nada. Na verdade, se o ressentimento deixá-lo amargurado, é como esquecer uma faca dentro de uma ferida — nunca permitindo que ela se cure. Pesquisas científicas indicam que praticar o perdão melhora sua saúde física, mental e emocional.
Pode ser tentador dizer coisas que os outros querem ouvir, mesmo quando não acreditamos 100% nelas. Mas trilhar esse caminho acaba com a confiança. Eventualmente, as pessoas vão começar a ver através de você. E a confiança é bem mais difícil de recuperar uma vez que a perdemos. Sendo assim, não tenha medo de ser você mesmo. Diga o que você pensa. Nem todos vão gostar disso. Mas aqueles que importam vão.
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Anteriormente postamos sobre Finanças Comportamentais.
Esse campo de pesquisa combina a economia com a ciência cognitiva para explicar o comportamento irracional na gestão do risco e a influência da psicologia humana nas nossas decisões relacionadas ao dinheiro.
Um dos teóricos mais importantes dessa linha de pesquisa é Richard Thaler, economista americano que recebeu o Nobel de Economia em 2017.
Quando questionado por jornalistas sobre como gastaria o prêmio de US$ 1,1 milhão, Thaler respondeu: “Vou tentar gastar da forma mais irracional possível”.
Mais do que uma resposta bem humorada, ela vai em linha com a premissa básica de seus estudos: que questões subjetivas pesam nas escolhas humanas, muitas vezes até mais do que a racionalidade.
Richard Thaler foi o responsável por cunhar o conceito de nudge. Sem tradução em português, ele é definido como um “empurrão” ou um “gatilho” que influencia a decisão de um consumidor.
O exemplo mais conhecido onde foi aplicado o conceito foi o plano de pensão norte americano 401(K). Nele Thaler modificou a forma como a escolha de adesão ao plano de aposentadoria era feita.
Antes os funcionários deveriam preencher um formulário para aderir ao plano. A alteração proposta por Thaler foi transformar a adesão de voluntária para automática.
Desta forma novos trabalhadores eram automaticamente inscritos no plano e somente caso não quisessem, deveriam preencher um formulário para se desligar. A estratégia resultou num aumento expressivo nas adesões.
Mas Thaler não foi o único a explorar a irracionalidade humana na tomada de decisões.
Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2002, também é um teórico importante da economia comportamental.
Segundo sua Teoria do Prospecto, desenvolvida em parceria com Amos Tversky, as pessoas têm perspectivas diferentes sobre seus ganhos e perdas.
A teoria propõe o conceito de aversão à perda, uma forma assimétrica de aversão ao risco. Ou seja, uma perda tem um impacto maior sobre o nosso emocional do que um ganho de mesmo valor.
Logo, podemos dizer que você tentará evitar uma perda com mais afinco do que tentará correr atrás de um ganho.
As decisões individuais de consumidores e investidores impactam diretamente na economia, por isso é tão importante entender os vieses que guiam nossos comportamentos.
Veja alguns padrões comportamentais e tente identificar qual pode mais afetar sua maneira de investir.
É quando você enxerga apenas aquilo que confirma suas opiniões. Se trata de uma tendência a processar novas informações de modo que sejam compatíveis com aquilo que você já pensa.
Por exemplo, quando você está comprado em uma ação costuma dar mais importância para as notícias boas e desconsiderar outras. Será que assim você não deixa de ver sinais que estariam te dizendo para vender?
Quem superestima a própria capacidade de controlar impulsos está mais propenso a cometer excessos.
Por exemplo, você pode dar um tempo na dieta por um ou dois dias por acreditar que tem força de vontade o suficiente para retornar a ela e por fim, adiar esse retorno para sempre.
Esse viés explica o porquê de dependentes químicos terem tanta dificuldade em admitir que têm um problema. É o famoso “eu paro quando quiser”.
Este padrão é muito comum entre os traders que acham que é seguro operar sozinho. Acham que podem ler dezenas de sites e blogs, acompanhar relatórios, indicadores e analisar gráfico de dezenas de papéis. Tudo isto antes do pregão abrir.
Você pode superestimar seu autocontrole e acabar vítima da mesma armadilha nos seus investimentos, se não souber quando parar ao expor seu capital a cada vez mais riscos.
Nesse viés, conhecido em inglês como Overreaction Bias, você tende a focar nas notícias e informações mais recentes e tomar conclusões desproporcionais a partir delas.
Essa resposta exagerada é parte do que provoca as altas e baixas nas ações até que elas retornem ao seu valor intrínseco.
“A primeira impressão é a que fica”. Essa frase resume bem o viés de ancoragem que descreve a nossa dificuldade em nos afastar da influência de uma primeira impressão.
Suponha que o preço de uma determinada ação atingiu a sua mínima histórica após anos, sendo negociada a um preço de R$5,00. Você pode considerar atrativo comprar a este preço, pois está ancorado nesse patamar.
Mas comprar simplesmente porque o papel está em baixa sem levar em conta todo o contexto pode ser um péssimo negócio. Os fundamentos econômicos desta empresa podem ter se deteriorado nos últimos anos, o que levou à queda do preço das suas ações.
O comportamento de manada é a tendência de seguir a maioria, o famoso “maria vai com as outras”.
Você se lembra do programa Show do Milhão?
Nele, os participantes contavam com vários tipo de ajuda. Em uma delas a plateia levantava placas numeradas, referentes ao que acreditavam ser a alternativa correta. E adivinha? Geralmente o participante ia naquela alternativa escolhida pela maioria.
Mas é justamente esse comportamento que acarreta nas chamadas bolhas especulativas.
No início de uma bolha as pessoas começam a comprar de forma intensa um certo ativo e esta valorização faz com que pareça uma boa oportunidade de investimento, mesmo que não seja.
Assim, o papel passa a valer cada vez mais, muito acima de seu valor intrínseco, até que a bolha inevitavelmente estoure numa queda brusca, gerando muito prejuízo.
Quando você se expõe demais a uma ação, subestimando os riscos envolvidos pode ser um caso de excesso de confiança.
Muitas vezes você pensa que já sabe tudo e que pode vencer o mercado sozinho. Mas pra que fazer sozinho quando pode ter ajuda?
E ajuda aqui não pense que é para você ver mais canais de Youtube e ficar catando conteúdo raso na internet. Você precisa de suporte, curadoria especializada, acompanhamento e metodologias validadas.
Isto quem vai te proporcionar é um assessor de investimentos.
O assessor é aquele que vai estar ao seu lado em todos esses momentos, e se colocar entre você e seus piores instintos.
É natural deixar as emoções tomarem conta quando o assunto é dinheiro. Mas um bom assessor pode te ajudar a enxergar de forma mais objetiva e te oferecer a paz de espírito de ter alguém qualificado cuidando dos seus investimentos.
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Fonte: adaptado de https://www.moneytimes.com.br/como-o-seu-psicologico-interfere-nos-seus-investimentos/
Sabemos que a economia mundial passa por um momento delicado devido aos efeitos que a pandemia do coronavírus vem causando no mercado. Diante dessa situação é imprescindível o seguinte questionamento: estamos prontos para encarar os desafios em escala global? Uma forma de se preparar para o “novo normal” é a transformação de mindset. O terapeuta, escritor e palestrante, William Sanches, reuniu na obra Desperte a sua Vitória, lançamento da Luz da Serra Editora, tudo o que estudou sobre transformar os padrões mentais e, desta maneira, superar a crise. Confira:
Vítima é aquela que pensa que nada dá certo para ela. “Eu dou um passo para a frente e dois para trás”, este é o pensamento padrão. Quando você se coloca num lugar em que só vai ver desgraça, tragédia e trazer depressão para a sua história, você não consegue ver o tanto de coisas boas que acontecem, não enxerga mais as conexões positivas, porque está cercado de pessimismo e negatividade.
A escassez nada mais é do que dor, sofrimento e o bloqueio da fluidez. Quando estamos na escassez, vivemos com “dores silenciosas”, que muitas vezes nem percebemos. Nós vamos vivendo aquilo e achando que é “normal”. E a maioria das pessoas nem percebe que está na dor. Essas “dores silenciosas” quase invisíveis de tanto que já foram banalizadas, possivelmente, é o que impede as pessoas de viverem os seus sonhos. Esses são apenas alguns hábitos que geram um descontentamento, fazendo com se permaneça na ecassez.
Uma crença é tudo aquilo em que a gente acredita com muita força. É tudo aquilo que foi instalado no inconsciente e, por isso, desce para o subconsciente e é armazenado como uma verdade absoluta. São essas verdades que, em geral, impedem as pessoas de avançar. Fato é que a mente imediatamente começa procurar explicações para qualquer situação que se apresente e ela vai buscar essas explicações no inconsciente, recheado de crenças implementadas com base nas experiências passadas.
O ponto de partida é mudar o padrão mental, conhecer as suas forças interiores e aprender a lidar com elas. Como resultado, o corpo também reage a isso e, em geral, fica mais ágil, mais flexível, atento, sempre disposto a entrar em ação. Com isso, as emoções que o corpo vai transmitir serão positivas: proatividade, concentração, leveza, felicidade, animação e confiança.
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Fonte: https://acessocultural.com.br/2020/07/como-mudar-o-mindset-para-trazer-mais-leveza-a-sua-vida/
Anteriormente falamos sobre o que é liderança e por que ela é tão importante para uma carreira de sucesso. Hoje vamos falar sobre os 6 níveis de liderança e competências e talentos essenciais.
Segundo Ram Charan, consultor de gestão e autor do best-seller Pipeline de Liderança, um modelo de desenvolvimento de liderança adotado por grandes empresas ao redor do mundo, líderes passam por seis níveis profissionais.
Começam como gerentes de si mesmos e então passam, nessa ordem, a gerentes de outros, gerentes de gestores, gerentes funcionais, gerentes de negócios, gerentes de grupo e gestores corporativos (o cargo mais alto, como um CEO).
Cada novo estágio de liderança exige tipos de habilidades, gerenciamento de tempo e valores de trabalho que precisam ser adquiridos.
No primeiro nível, por exemplo, um líder gerencia a si mesmo e executa suas próprias tarefas da melhor maneira possível. As habilidades necessárias são aquelas que levam à excelência do trabalho e sucesso, nesse momento, é fazê-lo bem.
No segundo nível, quando passa a gerenciar outros, o líder precisa descobrir quais são as mudanças comportamentais necessárias (como aprender a motivar e se comunicar claramente com a equipe, por exemplo) e definir o que é sucesso naquela etapa (como medir o desenvolvimento da equipe?) para que continue agregando valor ao seu papel.
Quando uma organização segue o fluxo natural desse canal, os conhecimentos e vivências em relação à liderança se acumulam e o líder se torna cada vez mais abrangente.
Um dos psicólogos mais famosos do mundo é Daniel Goleman, especialista em ciência comportamental, inteligência emocional e teorias de liderança.
Ele acompanha de perto – e escreve uma série de bestsellers – sobre o tema, apontando tendências e pontos de atenção para ambos executivos estabelecidos e jovens talentos.
Para Goleman, o mundo está prestes a passar por um período turbulento no mercado de trabalho – devido principalmente à automação, à globalização e aos desejos diferentes da nova geração –, mas as características fundamentais de um líder continuarão as mesmas.
“A liderança depende da mobilização de habilidades humanas. Sempre dependeu. Sempre dependerá”, escreveu.
Com isso em mente, o acadêmico compartilhou as competências e talentos essenciais para a liderança:
Vá além de suas próprias ambições e abrace objetivos maiores, investindo tempo e trabalho para melhorar sua performance continuamente. Egoísmo não funciona.
Esteja aberto a novas experiências e informações e sempre peça feedback sobre sua performance, incluindo quais são seus pontos fortes e pontos que pode melhorar. Mostre que está aberto a mudanças e quer aprender.
A liderança acontece quando o entusiasmo se espalha através de uma visão persuasiva, da habilidade se conectar com as pessoas emocional e racionalmente e da paixão pelo que se faz.
Seja capaz de lutar para conquistar objetivos difíceis, assuma desafios complicados e recupere-se depressa de contratempos.
Significa ser capaz de pensar analiticamente e criar uma estratégia.
Entender o mercado e o negócio.
Ter vontade de atingir resultados através de melhorias constantes avaliadas por métricas.
Paixão por agradar consumidores e clientes.
Trabalhar bem com outros e ser capaz de influenciar também aqueles que não estão sob sua gerência.
Desenvolver fortalezas para a empresa ao recrutar, reter e desenvolver jovens líderes.
Construir times vencedores.
Liderar o caminho rumo a novos objetivos.
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Fonte: adaptado de https://www.napratica.org.br/o-que-e-lideranca-e-por-que-e-importante-para-carreira/
Você deve saber que a mente, que carrega os nossos pensamentos, é o centro de comando de tudo o que fazemos. Mesmo assim, muitas pessoas são negligentes neste sentido, nutrindo o cérebro com informações e hábitos destrutivos. Aos poucos (e sem se dar conta), padrões de pensamento são criados, e estes afetam toda a vida, inclusive o modo de lidar com o dinheiro.
Você já parou para analisar a enorme quantidade de pessoas que reclamam da vida? O sujeito usa a reclamação até para puxar papo no elevador. Estou fora! Se é assim, prefiro falar apenas sobre se vai chover ou fazer sol.
Os nossos padrões de comportamento não surgem do nada. As coisas começam quando ainda somos bem pequenos e temos nossa educação confiada aos pais. Aqueles que têm este cuidado educam seus filhos para pensar, questionar e utilizar a mente para o bem, desde cedo.
Infelizmente, a grande maioria não se atenta a estes detalhes e, aos poucos, aquele pequeno cérebro, limpo como uma folha em branco, começa a ser “manchado” com os padrões comportamentais errados dos pais, que vão sendo transmitidos no dia a dia. Veja estas frases:
E ainda dá para piorar (sempre dá). “Cuidado com os ricos. Eles são arrogantes, corruptos, metidos e não se misturam com os pobres. Gostam é de aproveitar das pessoas para ganhar ainda mais dinheiro. Empresários ricos são exploradores”. Que tal essa?
Você já entendeu onde quero chegar e certamente se lembra de várias outras frases que ouviu ou que fazem parte da sua rotina. Pode parecer bobagem, mas mentiras repetidas várias vezes terminam por se tornar verdades (para quem conta e para quem escuta).
Independente de como tenha recebido a sua educação e visão sobre a vida, depois de adulto todos temos condições de questionar os padrões estabelecidos e, a boa notícia, modificá-los.
Dessa forma, a negatividade e a angústia, tão presentes na vida de muitas pessoas (em especial quando o assunto é dinheiro), têm muita relação com estes padrões de pensamento. Não estou dizendo que se você pensar de forma positiva vai ficar mais rico. A relação não é tão simples assim, mas um pessimista rico é algo difícil de encontrar (eu não conheço nenhum).
Para você ficar rico (em todos os aspectos), você tem que agir! Tem que estudar (esses temas são importantes: relacionamentos interpessoais, finanças, marketing e vendas), trabalhar, negociar, enfim, fazer coisas que melhorem seu conhecimento, sua visão de vida e te levem a obter mais experiência.
Para você alcançar o que deseja, você precisa antes acreditar, planejar, se organizar, e todas estas atividades e hábitos dependem dos seus pensamentos, das suas crenças e de sua mentalidade (o famoso mindset). Dinheiro, sucesso, liberdade ou outra coisa legal que você sonha conquistar é (e sempre será) consequência.
Por tudo isso é que insisto na importância de ter e manter uma mentalidade aberta, flexível, pronta para experimentar coisas novas. Todo o seu desempenho durante a vida depende disso!
reciso ainda levantar uma reflexão sobre as contas que pagamos todos os meses. Não fique chocado, mas eu adoro pagar as minhas contas!
Se você é uma pessoa bem resolvida com as suas finanças, você entenderá que, ao pagar uma conta, há um processo relevante envolvido: você conquistou seu dinheiro e teve o prazer de poder pagar por um produto ou serviço que gerou facilidades na sua vida, ou que simplesmente fazia sentido para você na sua escala de valores.
Faça um exercício: experimente fechar o registro de água de sua casa por três dias e se obrigue a “dar um jeito” todas as vezes que precisar da água. Você já tomou banho de caneca? Lavou pratos em uma bacia? Como ficam o peso e outros inconvenientes para transportar a água de outro lugar até sua casa? E se a água estiver suja, como limpar ou filtrar?
Você vai perceber rapidinho como é maravilhoso poder abrir uma torneira e ter água limpa e tratada, prontinha para você usar (na cozinha, no banheiro, quintal e etc.). E, sim, há quem tenha que viver da forma como descrevi no parágrafo anterior, portanto aprenda também a agradecer por ter água e pagar sua conta.
Eu tenho prazer em poder trabalhar e depois pagar com meu dinheiro por este serviço. Já os impostos que pago sobre estes serviços, estes eu não gosto, mas pelo simples fato dos recursos serem muito mal administrados pelo governo.
O mesmo princípio vale para a energia elétrica, internet, telefone, cartão de crédito e etc.. Ao reconhecer o papel destes serviços em sua vida e usá-los com responsabilidade, dentro de sua realidade financeira, eles facilitarão sua vida e farão parte de seu estilo de vida.
Há um pensamento associado a Mahatma Ghandi que diz que seus pensamentos geram palavras, que geram atitudes, que geram hábitos, que geram valores, que, por fim, se tornam o seu destino. Então, cuide bem da sua mente, afinal ela é o ponto de partida e o fim ao mesmo tempo! Até a próxima!
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Fonte: dinheirama.com
Autoestima, no campo da psicologia, consiste na avaliação subjetiva que um individuo faz sobre si mesmo, sendo a qualidade de um sujeito que está satisfeito consigo mesmo, alguém que se valoriza e se ama. Um dos sinônimos para auto estima é amor-próprio. A construção da autoestima é um processo que se inicia na infância e segue por toda a vida, este processo tem influencia direta da família e dos fatores externos, como condições sociais.
No mundo empresarial, a autoestima é um fator essencial para o bom desempenho dos colaboradores, seja nas relações interpessoais no ambiente de trabalho ou na motivação para a realização de suas tarefas. Um funcionário, mesmo que altamente qualificado, sem motivação e/ou autoconfiança, tende a performar com menos eficiência. As empresas costumam criar mecanismos que facilitem e incentivem a motivação e autoestima dos colaboradores, buscando potencializar suas capacidades.
Métodos para a manutenção da autoestima são: focar em seus pontos positivos, manter relacionamentos saudáveis, aprender com seus erros e se organizar para que suas atribuições pessoais e de trabalho sejam realizadas com sucesso, evitando falhas.
Ainda no campo da psicologia, o conceito de resiliência é muito usado para descrever a capacidade que um individuo tem de lidar com seus problemas e se adaptar a mudanças, sabendo resistir às pressões que situações adversas podem causar. Ser resiliente é parte essencial da construção da autoestima, possibilitando que o individuo acredite em si mesmo, sendo mais proativo e inclinado a resolução de problemas.
Um dos resultados de uma autoestima bem trabalhada e de uma postura resiliente é a inteligência emocional, quando é possível conciliar o lado emocional e racional da vida, neutralizando emoções extremas que produzem comportamentos destrutivos, potencializando emoções positivas para gerar os resultados desejados. Aplicar a inteligência emocional resulta na construção de relações saudáveis e na tomada de decisões conscientes, evitando impulsividade e arrependimentos.
A inteligência emocional conta com cinco pilares, são eles:
1. Conhecer as emoções: Se conhecer, saber analisar as emoções e ações que ocorrem em resposta a estímulos.
2. Controlar as emoções: Saber lidar com as emoções e controlá-las, evitando pensar automaticamente em possíveis resultados negativos.
3. Automotivação: Pensar antes de tomar decisões, sabendo responder aos estímulos para depois decidir como se comportar para realizar as metas.
4. Empatia: Saber se colocar no lugar do outro e o entender, assim se tornando mais sensível e aberto às emoções dos outros.
5. Relações interpessoais: Saber ter relações saudáveis, que consideram as emoções e necessidades de todas as partes, criando um ambiente positivo.
A inteligência emocional é um processo que, quando bem realizado, gera diversas vantagens para a vida pessoal e profissional, levando clareza aos objetivos, diminuindo ansiedade, criando um maior senso de responsabilidade e aumentando, por consequência, a autoestima e autoconfiança.
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O que é liderança? A definição varia de acordo com a época, mas sua importância nunca foi maior. Entenda tudo sobre o tema!
Assim como o conhecimento humano, que se expande todos os dias, a definição de conceitos sobre o que é liderança também está em constante atualização.
Hoje em dia, o líder é um agente de mudanças, alguém capaz de impactar tanto sua própria realidade quanto a realidade dos outros através do protagonismo e da execução.
Pessoal e profissionalmente, liderança significa saber quem você é, o que quer e como traçar planos para atingir seus objetivos, o que exige autoconhecimento como base e ferramentas e conceitos (que explicamos ao longo desta matéria) que o ajudem a estruturar seus planos.
Ao se tornar um líder, você também ganha a capacidade de motivar a si mesmo, a chamada autoliderança, e a chance de moldar o futuro que quiser.
É capaz de criar e seguir seu próprio direcionamento de carreira e colocar-se numa trilha profissional que lhe traga satisfação pessoal, gere resultados concretos e tenha impacto positivo em qualquer setor de atuação.
Em resumo, saiba que um bom líder não se preocupa com seu status ou sua fama de liderança.
Preocupa-se principalmente com o que pode criar, como pode melhorar seus resultados e a si mesmo, como pode motivar e inspirar as pessoas ao seu redor – e é uma prática diária.
O que está por trás do desenvolvimento de um líder – e do que é liderança, de fato – é, principalmente, sua maneira de pensar e ver o mundo e sua capacidade de executar e se responsabilizar por suas ações.
E existe um termo psicológico especificamente para isso, o locus de controle, que determina como a pessoa encara e reage aos acontecimentos (bons e ruins) da vida.
Funciona da seguinte maneira: quem tem locus externo de controle procura respostas do lado de fora: o que aconteceu comigo foi sorte ou azar, imprevistos ou chance, e por aí vai. Aqui, você é o coadjuvante da sua história.
Já pessoas com locus interno de controle naturalmente associam o que acontece ao seu próprio esforço, mérito e competência. Se algo está errado, elas pensam: o que posso fazer para reverter essa situação?
Um locus de controle interno fortalecido reforça o protagonismo, a capacidade executora e o sentimento de dono – e, portanto, a liderança.
Se você quer traçar um caminho num mapa, precisa saber onde está e onde quer chegar, certo?
A lógica do plano de ação é a mesma. Ele funciona como um mapa cronológico para a conquista de objetivos de todos os tipos, incluindo aqueles mais difíceis ou complexos.
Comece pelo começo e não pelo final: estipule recursos, tempo e dinheiro necessários antes de colocar a mão na massa rumo ao objetivo.
Este plano é uma sequência cronológica das ações necessárias para atingir um certo objetivo.
Para que dê tudo certo, é importante que você quebre grandes tarefas em pedaços menores, como degraus, que serão a base do planejamento, um momento que é chamado de “estratificação”.
Por exemplo, quer estudar na França mas não fala francês?
Aprender francês é, portanto, uma tarefa fundamental do seu plano de ação, que você pode quebrar, por exemplo, em três passos: pesquisar escolas, escolher entre um curso mais ou menos intensivo e matricular-se até o dia X.
Isso torna a conquista mais factível tanto do ponto de vista objetivo como subjetivo – não parece tão assustador agora, certo?
Não importa se é em um arquivo de computador ou em uma folha de papel: torne seu plano de ação real e tire-o da sua cabeça.
Defina o ponto A (onde você está) e o ponto Z (onde quer chegar). Em seguida, complete o espaço entre os dois pontos com as tarefas estratificadas no passo anterior.
Algumas podem ser simultâneas e outras, cumulativas.
Colocar tudo no papel vai deixar essa sequência mais clara, lógica e concreta.
Acompanhar seu progresso é um aspecto vital para não perder a motivação.
E podem ser, sim, pequenos passos, pequenos progressos e pequenas comemorações – quem manda no seu plano de ação é você!
Para medir o progresso em si, estabeleça alguns guias: quanto dinheiro você pode investir? Quem são os responsáveis pela execução de cada tarefa? Quais são os prazos?
Assim, você também saberá quando estourou seu orçamento, onde estão os gargalos e o que está indo bem.
Demonstrar atitudes de liderança no trabalho – baseadas em protagonismo e capacidade de execução – também é benéfico.
O profissional consegue enxergar mais claramente quais são os níveis que existem em seu ambiente, o que ele deve fazer para concluir suas responsabilidades da melhor maneira possível e o que é preciso para avançar.
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Fonte: adaptado de https://www.napratica.org.br/o-que-e-lideranca-e-por-que-e-importante-para-carreira/