É importante que seus conselheiros estejam 100% engajados e doando. O ideal é que o diretor-executivo peça a doação ao presidente do conselho e, então, este faça o pedido para os demais. Fazer com que eles se comprometam ajuda na conversa com possíveis apoiadores.
Particularmente não gosto da expressão “microempresário”, gosto do conceito de empresário de uma microempresa, porque o micro define o tamanho da empresa, não a capacidade do empreendedor administrar e tomar conta de seu negócio. A pessoa não é menos empreendedor por tomar conta de uma pequena empresa.
O eSocial é uma ferramenta que reúne os dados trabalhistas, fiscais, previdenciários das empresas em uma só plataforma. Ainda em implantação, o sistema está sendo adotado aos poucos, antes de passar a ser obrigatório para os 18 milhões de empregadores do país. Antes, somente patrões de empregados domésticos eram obrigados a usar o eSocial.
“A ferramenta checa todas as informações e se tiver um probleminha, ele trava e manda corrigir. Isso está gerando muita dificuldade”, diz o especialista em segurança do trabalho e diretor do Grupo Delphi, David Gurevitz.
A empresa trabalhou quatro meses para tratar inconsistências com informações dos funcionários e planejou mais dois meses para a inclusão de todas as informações no sistema. Só depois vai começar a rotina de envio regular dos dados.
“O planejamento foi a fase mais difícil. Depois de entender a forma como lidar, a coisa flui melhor”, conta a gerente de relacionamento da Lello, Angélica Arbex.
A ferramenta também vai exigir dos síndicos de prédios uma atenção especial e um contato mais próximo com a administradora, para saber se os funcionários do condomínio já estão cadastrados e entregar as informações trabalhistas, como férias e horas extras, como parte da rotina.
Desconhecimento
Um estudo da Sage Brasil com pequenas empresas e escritório de contabilidade mostrou que 66,3% desconhecem o eSocial e apenas 33% ouviram falar sobre a nova fase de prestação de informações ao governo. Apenas 9% disseram estar preparados para usar a ferramenta.
Segundo o governo informou ao G1, várias ações estão em curso para levar informações aos empregadores da 2ª etapa, como uma central de atendimento por telefone (0800-730888). O governo também informou que está reformulando sua página na internet, além de fazer eventos de orientação pelo país.
Embora o prazo para ingressar no eSocial para micro e pequenas e MEIs com um empregado tenha sido estendido para novembro, não é vantajoso esperar até lá, já que a entrega está sendo feita de forma cumulativa, acredita a gerente de conteúdo regulatório jurídico da Sage Brasil, Milena Santos.
“As pequenas empresas que não têm contador terão que se conscientizar de que vão precisar de estrutura para suprir essa necessidade. “Terão que ter alguém que entenda a lei trabalhista ou que saiba encaminhar as informações corretas ao contador”, explica.
As empresas que têm até 1 empregado e MEIs com até 7 empregados vão ter acesso à plataforma digital igual à do doméstico. “Para eles o problema vai ser menor”, diz Milena.
O governo estima que a implantação do eSocial pode aumentar a arrecadação em R$ 20 bilhões por ano só por eliminação de erros, que levam as empresas a pagarem menos que o devido.
Veja abaixo as respotas da Receita Federal aos questionamentos do G1sobre o eSocial:
O que pode acontecer com as empresas que não conseguirem processar todas as informações da folha de pagamento no prazo? Elas já estão sendo multadas?
Resposta: Não estão sendo aplicadas penalidades por descumprimento dos prazos intermediários durante o processo de implantação. Como se trata de uma etapa de ajustes e acertos entre os sistemas das empresas e o ambiente nacional do eSocial, o Comitê Gestor publicou recentemente uma nota explicando que está orientando os órgãos que integram o eSocial a somente considerarem como omissos aqueles empregadores que não concluírem o processo de implantação no final do prazo. No caso do 1º grupo de empresas, elas terão até o final do mês de agosto para fazerem os acertos necessários e fecharem a folha de pagamentos até o dia 07/09.
As empresas têm reclamado que o sistema trava quando há qualquer inconsistência de informações, como número duplicado de PIS e mudança de nome no cadastro. Há alguma medida para resolver essa dificuldade?
Resposta: O Comitê Gestor do eSocial possui uma equipe técnica dedicada a realizar todos os ajustes que se mostrarem necessários para que todos os empregadores consigam concluir o processo. Muitas flexibilizações nas validações estão sendo implementadas. A Nota Técnica nº 08, publicada recentemente na página do eSocial e apresenta uma série de alterações nas regras de validação. Estas alterações estão sendo implantadas hoje, dia 01/08. Cabe apenas lembrar que as alterações que estão sendo implantadas hoje não são problemas ou erros no sistema, são exigencias legais que estão em vigor, mas que, no intuito de facilitar o ingresso das empresas no eSocial, estão sendo flexibilizadas num primeiro momento.
Haverá diferenças na exigência de informações para microempresas e MEIs em relação às maiores?
Resposta: Sim, os MEIs utilizarão um ambiente muito mais simplificado, semelhante ao do empregador doméstico. O sistema já está pronto, mas a exigência para esses contribuintes somente se torna obrigatória a partir de novembro/2018. As micro e pequenas empresas podem se utilizar do Portal do eSocial, caso não disponham de um sistema de controle de folha de pagamento. No portal, as informações são inseridas diretamente na internet. Porém, como as regras trabalhistas são as mesmas para os pequenos e os grande empregadores, ainda não foi possível disponibilizar uma forma mais simplificada para as empresas menores ingressarem no eSocial.
O governo já está conseguindo processar todo o volume de informações enviadas pelas empresas?
Resposta: Sim, o ambiente do eSocial está respondendo muito bem a demanda. Não existem riscos neste processo, até porque o eSocial integra o SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, onde já estão hospedadas outras 5 escriturações semelhantes.
Um dos fatores que pode ser decisivo para o sucesso da sua organização é a independência das empresas. Parece difícil imaginar uma forma de captar recursos sem a ajuda delas, mas é uma realidade bem diferente do que parece.
Realizar a captação com pessoa física é o maior refúgio que uma OSC pode ter, levando as doações de empresas como segundo plano no cotidiano da organização. Isso é necessário, pois caso haja algum desafio difícil de ser superado, como uma empresa simplesmente parar de ajudar, você tem um auxílio muito maior vindo de pessoas que acreditam no seu trabalho e que podem transformar o mundo com você.
Só quem capta recursos com pessoa jurídica sabe a complicação que é conseguir convencer as marcas a ajudarem nos projetos.O que torna isso tudo ainda mais complicado é o fato de que você passa muito mais tempo planejando e desenvolvendo maneiras de abordar os empresários, diminuindo o tempo hábil para se dedicar profundamente em seus projetos.
Nesse texto, quero ajudar você a entender melhor como funciona a captação com pessoa física e entregar para você algumas ideias legais para não precisar ficar dependendo de grandes empresas para fazer seu projeto funcionar.
Leia também: OSCs x Contabilidade: Até que morte os separe
Como a captação de recursos com indivíduos pode ajudar a OSC?
Uma modalidade de captação que está em constante crescimento e pode ser a chave da resolução das suas necessidades é a captação com indivíduos, ou pessoa física. Isso porque a filantropia é um assunto que vem crescendo nos últimos tempos, basta olhar as discussões que surgem e as batalhas que as pessoas estão travando atualmente em defesa de diversas causas.
Essa informação ajuda a entender que a população está mais engajada socialmente e busca meios de ajudar a transformar o mundo, nem que sejam em discussões na internet em defesa daquilo em que acreditam.
Por isso, a captação com indivíduos pode ser uma carta na manga para a sua organização, já que tem o potencial de melhorar a receita e aumentar o impacto dos seus projetos. Além disso, é possível que o seu trabalho gere fãs, que consecutivamente trarão novos doadores e ajudarão no compartilhamento das informações que você passar.
Tudo isso demonstra que, como dito anteriormente, você não precise depender da boa vontade de empresas para continuar realizando o seu trabalho. Ainda mais se pensarmos no fato de que muitas organizações vivem desse meio, o que gera uma grande concorrência relacionada a qual OSC uma empresa prestará auxílio.
A captação com indivíduos atinge as pessoas que estão preocupadas com as mesmas situações que você, o que diminui a ideia de concorrência, já que os doadores estão engajados com a sua causa e não precisam selecionar entre diversas organizações de diferentes ideias para ajudar.
Como funciona a captação de recursos com indivíduos?
Existem inúmeras formas de impactar as pessoas com a sua causa e sua campanha, desde abordagens pessoais nas ruas até meios online de fazer as suas ideias chegarem no público certo. Grandes organizações realizam trabalhos na internet atualmente, mas infelizmente são poucos atuantes do terceiro setor que realmente trabalho nesse meio.
A captação com indivíduos consiste em levar as informações até as pessoas, a fim de interessá-las sobre seus projetos, OSC e ideais, convencendo o seu público a decidir realizar a doação e fornecendo uma experiência incrível para aqueles que o fizerem.
Sendo assim, você pode levar seus doadores a ajudarem com um valor mínimo mensalmente, facilitando o seu trabalho e ajudando a manter o foco nos projetos que está desenvolvendo.
Vou explicar para você o funcionamento disso através de um exemplo, pois assim fica mais didático e fácil de entender:
Uma organização preocupada com o meio ambiente está prestes a fazer um projeto de redução de lixos em espaços de área verde na cidade. A ideia é reunir algumas pessoas e fazer a limpeza do local, unido à uma ação para impedir o retorno desses dejetos futuramente. A OSC precisa de materiais para a limpeza e comprar estruturas para realizar a ação, porém não tem dinheiro suficiente para isso.
A ação dessa organização está prevista para daqui a dois meses, então eles se inscreveram em alguns editais de auxílio e estão buscando empresas que possam ajudá-los, mas isso demanda um tempo maior e o retorno desse trabalho de captação não está aparecendo ainda.
A organização então começa a pedir para as pessoas, divulgando toda a ideia do projeto e falando do que precisam para tocar ele. Isso comove um público que possui a motivação parecida com a da organização e começam a realizar doações e se voluntariar para o evento.
Dois meses depois, a OSC consegue reunir o necessário para tornar o projeto realidade junto de voluntários engajados que se tornam mais próximos da organização e a seguem nos eventos futuros.
Como fazer a captação com indivíduos?
Como disse anteriormente, há diversas maneiras de realizar a captação com indivíduos e você pode usar todos os recursos que tiver para fazer isso. Vou falar aqui sobre o que mais vem crescendo atualmente: captação online.
A internet atualmente é utilizada pela maior parte da população, sendo que um estudo demonstrou que o Brasil possui cerca de 276 milhões de celulares conectados, o que supera até mesmo a população do país, estimada em 204 milhões de pessoas. Além disso, essa mesma pesquisa destacou que as pessoas passam, em média, mais de 9 horas por dia dentro da internet.
Já pensou no impacto que você pode ter nesse meio? Quantas pessoas preocupadas com a causa que você depende estão, nesse momento, utilizando alguma mídia online, como redes sociais, blogs, buscadores e outros sites? Por esse tipo de situação é que é um grande erro as organizações não estarem inseridas na internet.
Crie uma página nas redes sociais, um site e um blog para transmitir informações relevantes a poder fornecer uma ótima experiência aos seus doadores, bem como tornar a sua OSC mais conhecida. Pense em si mesmo: quando você vai buscar alguma informação antes de tomar uma decisão de compra, por exemplo, qual meio utiliza para saber sobre a empresa e o produto? Provavelmente acessa à internet, assim como a maior parte da população brasileira.
Dessa forma acontece o processo de doação do seu público. Eles vão pesquisar sobre a causa, querer saber mais sobre instituições que batalham em defesa dela e, se você tiver um site, vai impactar essas pessoas mostrando o que você faz e quais os seus projetos.
Com um blog, você ainda pode mostrar o quão autoridade é nesse meio e educar as pessoas a abrirem ainda mais a cabeça para as situações que você defende. Você ainda pode adicionar páginas de doação no seu site e blog, como as que a Trackmob fornece, facilitando o processo de doação, o tornando mais rápido e eficaz e proporcionando uma experiência incrível para o doador. Além disso, capta as formas de contato com essas pessoas e pode manter uma proximidade com elas, o que é ainda mais legal, pois elas começam a ter um sentimento cada vez maior pela sua OSC.
Já nas ruas, você pode realizar a captação com o face to face, abordando os indivíduos e explicando o que a sua organização faz e para qual projeto está captando recursos. Esse processo fica mais fácil com o uso de coletes, flyers e tablets com aplicativos de pagamento e cadastro de doadores. Dessa forma, mesmo que a pessoa não ajude, mas se mostre interessada, você não perde o contato e pode solicitar o auxílio posteriormente.
Concluíndo
Você não precisa parar de pedir o auxílio das empresas e se inscrever em editais, muito pelo contrário, essa prática é muito boa e costuma ajudar muitas organizações. A questão é que não é necessário ficar dependente disso, sendo que existem muitas pessoas dispostas a ajudar você a mudar o mundo.
Vá atrás do seu público, faça que conheçam a sua organização, peça a ajuda deles e construam juntos um lugar melhor. Pense que quanto maior o número de pessoas atingidas com suas ideias, projetos e pensamentos, maior a chance de você estimular que elas se disponham a lutar pela causa que você defende.