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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PODE SER APLICADO NAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR?

planejamento estratégico terceiro setor

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PODE SER APLICADO NAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR?

Quando falamos em planejamento estratégico logo voltamos nosso pensa- mento para empresas de grande porte, não é verdade? Mas o que vem a ser esse tal planejamento estratégico?

De uma forma bastante sintética, podemos dizer que se trata de um processo sistemático e contínuo de definir estratégias para alcançar, da melhor forma possível, metas estabelecidas com base na realidade atual da organização e no conhecimento que se tem do que possa vir a acontecer no futuro.

E esse processo é composto por etapas. Entenda que as organizações do Terceiro Setor também podem, e devem, se utilizar do famoso Planejamento Estratégico.

1 – A primeira etapa consiste no autoconhecimento da instituição, através do processo onde são identificadas sua missão e sua visão, e estabelecidos os valores que serão utilizados como pilares para a definição do “negócio” da entidade e o alcance dos seus objetivos.

2 – A segunda etapa corresponde à análise dos fatores internos e externos que de alguma forma possam vir a interferir direta ou indiretamente na gestão da organização. Este levantamento tem o objetivo de identificar os pontos fortes (forças e oportunidades) para que sejam explorados e potencializados, e também os pontos fracos (fraquezas e ameaças) a fim de que sejam minimizados ou até mesmo eliminados.

3 – A etapa seguinte trata da definição das estratégias para alcançar as metas previstas, tanto a longo quanto a curto prazo, estabelecendo-se as prioridades, sempre voltadas para o futuro da organização, mas sem perder o foco no presente. Nesta fase, as estratégias precisam estar em total consonância com etapas anteriores (missão, visão, negócio e ambiente organizacional interno e externo).

4 – A etapa final corresponde à implementação do que foi previsto, ao acompanhamento e controle de sua realização. Neste momento, ferramentas como o orçamento e plano de ação são bastante úteis, visto que contribuem no planejamento e definição das estratégias, bem como auxiliam no monitoramento da execução do que foi traçado, permitindo os devidos ajustes, quando necessários.

Como pode ser observado, o planejamento estratégico é um processo gerencial utilizado para a formulação de objetivos e estratégias, que envolverá todos os níveis da organização, desde a diretoria, passando pelos gerentes/coordenadores/chefes, até chegar aos colaboradores. Ou seja, necessita da participação e colaboração dos níveis estratégico, tático e operacional.

No entanto, vale ressaltar que, ao ser realizado pelas associações e fundações privadas sem fins lucrativos, o planejamento estratégico também terá como foco a gestão e a sustentabilidade organizacional. Porém, é muito importante manter a preocupação em não causar interferências na principal característica das organizações do Terceiro Setor: o alcance dos fins sociais.

Trabalhar com os chamados OKRs – metodologia de gestão de metas da organização – podem ajudar no planejamento estratégico.

E agora, você acha que cabe a realização do Planejamento Estratégico na sua organização? A Thomazin Assessoria pode ajudar! Clique aqui para nos enviar uma mensagem e o mais rápido possível entraremos em contato.

Fonte: Gestão para Organizações do Terceiro Setor, Nailton Cazumbá + NOSSA CAUSA.

burocracia x burocratização

Burocracia e burocratização no Terceiro Setor

Grande parte da população não conhece as exigências legais para constituição de uma ONG. E mesmo entre os que conhecem, muitos chamam tais exigências de “listagem burocrática de documentos” pois não conseguem entender a razão de tantas normas. Muitas vezes o problema está na falta de informação, compreensão e bom senso das partes envolvidas. Creio que, muitas vezes, estão errados tanto o órgão público que faz a exigência como a ONG que não a cumpre.

A documentação exigida tem a intenção de garantir uma segurança mínima à população, seja com relação à integridade física dos beneficiários e o uso correto do recurso público investido, seja quanto à idoneidade dos proponentes do projeto social.

Para ficar legalmente autorizada a realizar as suas atividades práticas (após outros registros) a ONG precisa obter a autorização para funcionamento na Prefeitura Municipal. A Prefeitura irá exigir previamente a vistoria do Corpo de Bombeiros para atestar as condições físicas do local que irá receber o público-alvo do projeto. Exigir piso antiderrapante ou corrimão não é simples burocracia, é assegurar segurança e dignidade, é responsabilidade social.

Pensando no público-alvo dos projetos, o governo, as ONGs e os financiadores devem adotar estratégias paralelas e complementares, pois se pensarem e agirem de forma isolada, a burocracia não cumprirá a sua função social e se transformará em burocratização. Por isso, o governo não deve simplesmente exigir, mas sim explicar os motivos da exigência, facilitar os trâmites de legalização das áreas urbanas irregulares, ter previsão orçamentária para financiar reformas estruturais social- mente impactantes, colaborando assim para fomentar o atendimento à legislação.

Não cabe à ONG simplesmente se negar a cumprir as obrigações legais diante das dificuldades. Cabe a ela planejar ações para buscar soluções que permitam atendê-las, articular com parceiros públicos e privados a implementação e negociar forma e prazo para cumprimento da lei, quando cabível tal negociação.

A Thomazin Assessoria é especialista em Terceiro Setor. Precisa de ajuda? Clique aqui para nos enviar uma mensagem e o mais rápido possível entraremos em contato.

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Fonte: Social em foco: ONGs – orientações legais e práticas / Ana Cláudia
P. Simões; Vitória: A Gazeta, 2014.

consultoria de desenvolvomento institucional

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL não é exatamente um nome padrão nem muito menos consolidado. Mas nestes últimos anos podemos chamar de algo legitimamente brasileiro, como as Havaianas. Esse tipo de consultoria foi criado em função das características das ONGs brasileiras e o constante dilema que muitas vivem: Como montar um departamento de captação se eu não tenho dinheiro para pagar? Bem, se você não tem dinheiro pra pagar, então é porque ainda não está pronto. Falta desenvolver sua instituição.

Esse tipo de consultoria serve para outro momento: A entidade reservou uma pequena verba para montar o departamento, mas sente-­se insegura de que o dinheiro acabe e não consigam resultados satisfatórios. Nessas circunstâncias uma consultoria pode contribuir auxiliando a entidade a estruturar o departamento e a selecionar o profissional com o perfil adequado para ocupar esse espaço. A maioria das vezes ocorre de selecionarmos alguém da própria equipe que pretende capacitar-­se para essa função ou até selecionamos algum jovem profissional, recém formado, que tem o sincero desejo de crescer junto com a entidade. Em todos os casos posso confirmar que há êxito. É função da consultoria adequar e repassar seu conhecimento para a entidade que a contratou.

Para ONGs que já tem seu departamento de captação, a contratação de uma consultoria pode ser útil para trazer novas idéias, trabalhar com novas fontes ou até mesmo para criar um mote para uma nova campanha.

Nos outros países observamos que não existe esse tipo de consultoria mas sim milhares de agências especializadas em trabalhar a comunicação da
entidade para fins de arrecadação. Eu acredito fortemente que esse é o novo patamar da captação de recursos no Brasil: Entidades contratando agências de comunicação especializadas em Fundraising. Mas para isso ainda falta massa crítica de ONGs com essas necessidades e principalmente agências que se especializem nisso. Acho que a década de 2010 verá esse crescimento ocorrer.

Uma coisa é muito importante aqui e cabe destacar: Uma consultoria de desenvolvimento institucional não capta recursos. Vou repetir: Uma consultoria não capta recursos. Preciso repetir? Não capta.

Essa idéia de terceirizarmos a captação é um enorme equívoco que estamos conseguindo sanar nestes últimos anos. Isso é outra herança maldita, desta vez da área cultural. Coincidiu da maioria das ONGs terem sido criadas a partir da década de 90. Este foi também o período que as leis de incentivo fiscal para projetos culturais foram criadas. Muitas pessoas, cansadas de atuar no mundo corporativo (eu inclusive),  migraram para uma dessas áreas: cultura ou ONGs. Algumas até hoje atuam nas duas frentes. Posso afirmar que atuam mal. E sei que com isso alguns amigos vão torcer a cara pra mim. Afirmo que atuam mal porque são modelos diferentes e por mais que a pessoa seja uma estudiosa das duas áreas, ela não será uma brilhante em ambas. Existem consultorias que atuam em ambas. Nesse caso não vejo problema, pois pode haver departamentos especializados. Mas se você encontrar um profissional que capta recursos para projetos culturais e também atua como consultor para ONGs, acredite: ele não é o melhor profissional pra você. Pronto, aqueles amigos que torceram a cara pra mim acabam de me tirar da lista para sua festa de aniversário…

Deixa eu me explicar. Vou fazer um exemplo concreto, da minha realidade. Eu mesmo, que atuo principalmente como professor em oficinas sobre captação e faço algumas consultorias, tenho também um projeto cultural que é meu xodó, um Festival de Documentários Musicais. E capto recursos para ele. Mas eu sou sócio desse projeto. E ainda assim, mesmo sendo sócio e principal interessado, eu não tenho a última informação da alteração da lei ou mesmo os dados atualizados dos outros festivais similares ao meu. Para isso, conto com os amigos que se especializaram nisso. Então, se você está entre essas duas águas (ONGs e cultura), escolha uma para chamar de sua. Continue, se quiser, atuando nas duas, mas especialize-­‐se em uma. É melhor pra você e para seus clientes. E é melhor para as ONGs.

Mas preciso novamente reforçar nossa tese de que uma consultoria não capta recursos. E agora vou inverter a lógica, para esclarecer de vez. Vamos supor que você contratou uma consultoria que capta recursos e você pagou uma comissão por esse trabalho. E eles captaram com umas três empresas, duas delas por edital. E captaram com uma fundação internacional. E passou um ano. E essa tal consultoria, que adora estar sempre captando e o que vier é lucro, propõe bolar um novo projeto envolvendo a terceira idade porque descobriu que uma fundação no sul está apoiando projetos de terceira idade…

Qual a motivação de uma empresa dessas? O lucro. Qual a sua motivação de estar à frente de uma entidade? O lucro? Percebe que são motivações diferentes? Percebe que para a empresa o objetivo é ir cavando oportunidades de ganhar dinheiro? Percebe que estar atento a oportunidades e editais é função sua e você não precisa pagar alguém
para isso? E por último, a defesa matadora: Percebe que o que eles fizeram você também faria? Buscar editais? Oras, isso qualquer estagiário craque de web pode estar atento gastando 15 minutos por dia.

Agora o mais grave desse modelo terceirizado de captação é que essas pessoas não estão interessadas no convívio com o doador, pois isso não dá dinheiro no curto prazo. Eles querem novas doações, sempre, a qualquer custo. Mesmo que isso envolva fazer um projeto para a terceira idade e sua ONG trabalha com crianças moradoras de rua…

Então, como tudo na vida, existem dois lados. Procure uma consultoria que tem o desejo sincero de apoiar o desenvolvimento das entidades. Essas estão do nosso lado.

Como está o desenvolvimento da sua OSC? A Thomazin Assessoria pode ajudar! Clique aqui para nos enviar uma mensagem e o mais rápido possível entraremos em contato.

Fonte: Adaptado de Marcelo Estraviz, Um Dia de Captador.

GESTÃO PROFISSIONAL TERCEIRO SETOR

ONG PROFISSIONAL

Em posts anteriores falamos sobre a importância da autossustentabilidade, ou sustentabilidade econômica, para as organizações do Terceiro Setor. E nessa busca incansável pela tão almejada estabilidade financeira, outro fator que pode contribuir consideravelmente para o sucesso na gestão das organizações sociais é a profissionalização da equipe que vai desenvolver as tarefas operacionais, e também daqueles que vão administrar a instituição.

Apenas coragem e boa vontade não são suficientes para manter uma organização no mercado por muito tempo.

As chances de sucesso na gestão são bem maiores quando a entidade consegue contar com pessoas que estejam em condições de administrá-la bem. No entanto, essa administração não cabe apenas aos gestores. É imprescindível também contar com profissionais competentes e com conhecimentos técnicos suficientes para exercer suas funções satisfatoriamente.

Desta forma, a profissionalização tende a gerar reflexos positivos desde a captação de recursos até a prestação de contas dos valores e responsabilidades recebidos, passando pelas áreas administrativa, de pessoal, financeira e contábil, dentre outras. Isso não significa que as organizações obrigatoriamente precisam ter em seu quadro de pessoal, de forma permanente, todos os profissionais de que necessitam. No entanto, é óbvio que os aspectos jurídicos devem ser tratados por advogados, os contábeis, por contadores, e da mesma forma com relação a assistentes sociais, professores, médicos, etc.

Além da formação técnica e acadêmica, é possível alcançar um satisfatório grau de profissionalização através da participação de colaboradores e gestores em cursos e treinamentos relativos à sua área de atuação, e também naqueles voltados para o Terceiro Setor, visando a qualificação do corpo funcional e administrativo das organizações. Mas é preciso haver planejamento e coerência para que as pessoas certas façam as capacitações certas, no momento certo, a fim de otimizar tempo e dinheiro.

Até mesmo para operacionalizar um sistema integrado de gestão empresarial, o famoso ERP (Enterprise Resource Planning), é necessário que existam pessoas habilitadas e capacitadas para utilizar a ferramenta, que é de grande utilidade quando a instituição gerencia ao mesmo tempo recursos com finalidades específicas, advindos de fontes distintas.

Ressaltamos que a busca pela profissionalização não deve, de maneira alguma, ofuscar o objeto social da organização. Ela continuará sendo uma entidade sem objetivo de lucro, voltada para fins sociais. Porém, não pode esquecer que também é uma pessoa jurídica, que precisa cumprir obrigações contábeis, trabalhistas, administrativas e tributárias. Deve lembrar, ainda, que outras organizações de mesma natureza estarão concorrendo pelos escassos recursos disponibilizados para a execução das mesmas atividades sociais.

É importante compreender que, da mesma forma como acontece na área empresarial, as organizações do Terceiro Setor necessitam exercer uma gestão de qualidade, buscando eficiência e transparência, principalmente quando administra recursos de terceiros. Nesse sentido, a profissionalização do seu corpo gerencial e profissional não pode ser considerada como uma despesa, mas sim como um investimento.

Evidente que, além de capacitação profissional e operacional, as pessoas envolvidas precisam estar estimuladas e dispostas a trabalhar no Terceiro Setor. Caso contrário, de pouco adiantará investir em capacitação e profissionalização se a missão institucional não estiver incorporada nas pessoas.

Sua organização tem o apoio de profissionais de contabilidade? A Thomazin Assessoria pode ajudar! Clique aqui para nos enviar uma mensagem e o mais rápido possível entraremos em contato.

Fonte: Gestão para Organizações do Terceiro Setor, Nailton Cazumbá + NOSSA CAUSA.

ong nao tem dono

ONG séria não tem dono

Iniciando uma abordagem sobre legalização de uma ONG, trataremos
hoje do Estatuto Social, tentando desmistificar alguns equívocos de
interpretação que muitos cometem sobre ele. Uma ONG é a reunião de
pessoas que adotam uma mesma ideologia social de transformação,
visando à melhoria da sociedade e cujos objetivos estão definidos num
instrumento jurídico: o Estatuto Social.

Leia também: Reflexões para quem pensa em criar uma ONG

Uma ONG não tem proprietário; por isso é necessária cautela quando
uma entidade é conhecida como “a ONG de Fulano”. “Fulano” deveria ser, no máximo, o presidente, o representante legal de um grupo juridicamente constituído para lutar por objetivos sociais. O presidente, ou qualquer outro membro da diretoria, deve representar a vontade deste grupo que é uma parcela da sociedade que precisa ser ouvida, ter chances de opinar e de colaborar na construção das soluções propostas.

Por esse motivo, a Lei 10.406/2002 define cláusulas mínimas, obrigatórias,
que devem constar dos estatutos sociais das entidades sem fins lucrativos. Não se trata de mera burocracia, mas de exigências que visam a assegurar que a ideologia da ONG seja preservada.

São diversas as expressões utilizadas quando se refere a uma entidade do terceiro setor: ONG, instituto, associação, fundação, OSCIP, entidade filantrópica, etc. Todas essas expressões se incluem em dois tipos jurídicos: associações ou fundações. As entidades sem fins lucrativos estão enquadradas em uma dessas duas classificações.

Depois de registradas em cartório, dependendo do atendimento a vários
requisitos, as entidades podem pleitear aos órgãos competentes certificações diversas: as de Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), OS (Organização Social), Entidade de Utilidade Pública (municipal, estadual ou federal) e Entidade Beneficente de Assistência Social.

Saiba mais: Quais são os tipos de ONGs no Brasil?

O importante é que é preciso ter clareza que entidade sem fins lucrativos não tem proprietário e que tudo o que ela possui deve ser revertido e aplicado no seu objetivo social, coletivo ou público, de acordo com o que dispõe o seu estatuto. É por esse motivo que obrigatoriamente deve existir (e isso deve constar do estatuto) um órgão chamado Conselho Fiscal, que tem o objetivo de fiscalizar a forma de atuação da entidade. Este Conselho será responsabilizado civilmente caso ocorram problemas na gestão dos recursos e do patrimônio da ONG, seja por desconhecimento (imperícia), por omissão (negligência) ou por excesso (imprudência).

Para garantir à sociedade que haverá um bom uso dos recursos investidos
nas ONGs existe a obrigatoriedade de realização de uma Assembleia Geral Ordinária Anual, em que todos os associados devem ter assegurado o direito de voto para aprovar ou não as contas apresentadas. E, caso haja desvio de finalidade, todos (diretoria, associados e demais envolvidos) podem ser responsabilizados, de acordo com Artigo 50 do novo Código Civil Brasileiro. Elaborar atas de assembleias fictícias, as chamadas “pró-forma”, é um ato que implica em responsabilização de todos os integrantes da diretoria e dos associados, por ação ou omissão, nos casos previstos na legislação.

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Fonte: Social em foco: ONGs – orientações legais e práticas / Ana Cláudia
P. Simões; Vitória: A Gazeta, 2014.

plano de captação anual

PLANO ANUAL DE CAPTAÇÃO

Antes de começarmos a falar sobre o plano de captação, é importante destacar que não se trata de um planejamento estratégico da entidade. São duas coisas diferentes e uma não substitui a outra. Ao contrário, não se faz um plano de captação bem feito se não há um planejamento estratégico prévio. Este artigo não trata de planejamento estratégico, mas existem muitos bons materiais por aí. Para resumir, vamos dizer que um planejamento da entidade diz ao menos onde se quer chegar, por quê se quer chegar aí e de que forma se vai chegar nisso.

Também para encurtar, digamos que uma entidade como a sua tem metas de ampliação de atendimento ou mesmo de manutenção do que realiza. Em qualquer dos casos existem necessidades financeiras a serem cobertas e para isso se faz então um plano de captação cujo objetivo é fazer com que a entidade tenha os recursos suficientes para realizar seus objetivos.

Se não há um objetivo claro, não há uma captação clara. Brinco com meus
alunos que existem muitas entidades como a do diálogo abaixo:


– Quanto vocês estão captando?
-­ Ah, o que vier é lucro né? (…)
-­ E quando termina a campanha?
-­ Nunca né? Estamos sempre captando…

Então um plano começa com algo bem simples: Quanto se quer captar e até
quando faremos isso. Parece óbvio não é? Pois você não tem ideia da quantidade de entidades que travaram comigo um diálogo similar ao daí de
cima. E ainda achavam que estavam corretos…

Vejamos a primeira pergunta: QUANTO? Obviamente a resposta a essa pergunta deve estar atrelada aos objetivos estratégicos que a entidade se propôs. Vamos supor que a ONG quer manter o que realizou este ano, mas
com melhores condições de trabalho (estrutura administrativa ou equipamentos, por exemplo). Ou quer simplesmente aumentar os atendimentos em 20 por cento. Ou ainda pretende criar um novo serviço que atenda os usuários também à noite. Em qualquer dos casos é muito provável que os gestores da entidade tenham orçado os custos dessas alterações em relação ao ano em curso. Pois então a resposta ao nosso “QUANTO” é esse valor financeiro.

Mas um detalhe importante aqui: Não se trata de captar o acréscimo e sim o total do orçamento anual. Por que isso? Por um truque mental simples. Perceba a diferença nas duas sentenças:

“-­ Olá, estamos precisando de 10 mil reais para nossa ONG”.

“-­ Olá, nossa entidade tem um orçamento anual de 110 mil reais e só nos
falta complementar 10 mil reais. Podemos contar com você?”

Além do truque mental existe uma realidade aí. De fato a entidade tem um orçamento previsto de 110 mil. De fato só faltam 10 mil. Mas a responsabilidade do captador é pelo conjunto dos recursos e não somente sobre os 10 mil novos. Em geral os custos anuais estão cobertos por outras fontes e por isso cometemos o erro de pensar somente nos acréscimos. Acontece que quando uma dessas fontes nos falta é que nos lembramos do
captador para apagar o incêndio.

Como captador não é bombeiro, consideremos um plano anual como o conjunto de recursos necessários para cobrir o orçamento anual da entidade. Desta forma todos sabem que tão importante quanto buscar recursos novos é manter os existentes.E isso é função tanto do captador como de todos os gestores da entidade.

Outro motivo para nos dedicarmos a planejar uma campanha incluindo todo o orçamento anual é que existe uma enorme confusão entre projeto,
programa, plano…

As pessoas tem o costume de dizer: “Tenho um projetinho aqui…” ou “Este ano temos um projeto novo de captação…” ou ainda “Estou captando recursos para um projeto da entidade, mas esse projetos nunca cobrem os
custos administrativos…”

Bem, vamos por partes. Projeto não é plano. E um plano não necessariamente envolve captar para projetos somente. Essa ideia de projeto é herança das fundações internacionais. Antigamente só se aprovavam projetos e por isso as ONGs estavam já adestradas a escrever projetos. E tentavam embutir os tais custos administrativos dentro dos projetos, mas quando as fundações percebiam, cortavam sem dó. Por que
faziam isso? Porque tinham a coerência de imaginar que tratava-­‐se de mais um projeto da entidade e não o único.

Essa confusão conceitual gerou filhotes até hoje. Milhares de entidades estão neste exato momento buscando recursos para um projeto. E esperam
com isso sobreviver. Nada mais equivocado. Vamos fazer um exemplo prático: eu tenho um projeto que é o de pintarmos os muros da vila que eu
moro, junto com minha vizinhança. Aí eu corro atrás de um financiamento para que pague esse projeto e também o aluguel da minha casa… Percebe a
incongruência?

Desta forma, uma entidade pode ter ene projetos e pode-­‐se até pensar que,
somados, estes garantam os custos da ONG. Mas um projeto não paga uma ONG e se paga, está errado.

Um programa é algo mais avançado e interessante. Trata de agrupar projetos que tenham um mesmo tema. Vamos supor que uma entidade tem
o programa de atuação na Mata Atlântica, com diversos projetos; e outro programa de atuação na represa Guarapiranga, também com diversos projetos. Uma ONG consolidada pensa e age assim.

Já um plano, neste caso o de captação pode ou não conter projetos e programas. Lembra-­‐se que falei da sustentabilidade institucional através dos 3 terços? Pois essa é a preocupação do captador profissional. Garantir
que existam recursos para a entidade de forma harmônica. É tão responsável pela obtenção de recursos para o projeto xis como para o pagamento dos funcionários através de outros mecanismos de arrecadação.

Então o plano anual trata do orçamento anual, ok? E além de garantir que os atuais mantenedores continuem mantendo a entidade, devemos buscar, claro, novos apoios. Mas fica a pergunta que faltou responder lá em cima: QUANDO?

Na verdade a pergunta é “até quando?”. Se eu não defino um prazo, como poderei avaliar se fui ou não capaz? Então vamos supor que vamos iniciar a
campanha de captação para o ano que vem. Neste ano que corre, devemos trabalhar aproximadamente de julho a outubro, intensamente. Desta forma, no início de novembro podemos passar as coordenadas para os gestores da entidade quanto ao detalhamento das ações para o ano que vem. E se fomos felizes na meta quantitativa e no prazo, podemos dizer um tranqüilo: Sigam em frente. Mas caso não tenhamos conseguido, os gestores
poderão avaliar a tempo o que se fará no detalhamento das contingências para o ano seguinte.

Você deve estar se perguntando: Mas se o trabalho é de quatro meses, o que se faz nos outros? Nada! Vamos pra praia! Brincadeira. O que fazemos é algo sagrado na mobilização de recursos: convívio. O convívio com os atuais, com os novos e com os futuros apoiadores. É esse convívio que garante fluxo contínuo e recursos para a entidade. Um captador não é
somente uma pessoa que pede, é antes de tudo, uma pessoa que oferece. Oferece um convite para um evento, oferece um café para uma visita às
instalações da entidade, oferece um cartão de natal um telefonema
de feliz aniversário, oferece um elogio quando soube que o empresário
teve um filho… Oferece principalmente a oportunidade do sujeito aliar-­se
a uma causa, a nossa.

Mas, quero aqui voltar ao plano anual. Outra dúvida comum é me perguntarem: “Mas é pra conseguir todo o dinheiro nesses quatro meses?” Não. É pra conseguir os compromissos e certo detalhamento dos recursos futuros. Parte desses recursos virá no decorrer do ano. Das pessoas por exemplo. Dos eventos. Do convênio com o governo. Das parcelas do patrocínio obtido com uma empresa. Mas no prazo de 4 meses há uma quase certeza do que está por vir. Há compromissos assumidos.

Se no plano de captação há uma previsão de dois grandes leilões de arte por
exemplo, realiza-se um leilão dentro desse prazo de quatro meses. E se captamos com ele 30 mil reais, podemos contar com esse valor aproximado quando o próximo leilão ocorrer.

Se existe uma campanha de novos associados e isso tem gerado um crescimento consistente de 5 por cento ao mês nos últimos 12 meses, podemos prever esses valores em nossa receita.

Existem casos incríveis nos EUA, meca do Fundraising e grande referência
para todos nós captadores. Há poucos meses me contaram de uma entidade que tem uma forte arrecadação com heranças. É um trabalho de longo prazo, mas que gera retornos significativos. Convencer famílias para que quando algum membro da família morrer, essa pessoa tenha informações detalhadas em sua herança para doar parte ou todos os seus bens para determinada causa. Pois bem, isso em si já é fantástico e aqui no Brasil
estamos engatinhando no assunto. Mas o que me surpreendeu de fato é
que a entidade que citei acima tinha um cálculo aproximado de quanto
teriam de receita com heranças para o ano que vem, em função de estatísticas muito precisas que geravam um erro de uns poucos milhares
de dólares. Fiquei de queixo caído. A entidade sabia que no ano que vem
morreriam aproximadamente xis pessoas e isso geraria uma média de tantos mil dólares por cada falecido. Tétrico e fascinante.

Sem querer ser tão especialista assim, podemos atuar de forma singela,
porém efetiva, nesse suposto plano anual de captação para nossa entidade.
Devemos definir então quanto devemos captar, até quando e, agora sim:
quanto de cada fonte e de que forma.

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Fonte: Adaptado de Marcelo Estraviz, Um Dia de Captador.

sustentabilidade terceiro setor

TERCEIRO SETOR E SUSTENTABILIDADE

Neste artigo vamos abordar a questão da sustentabilidade econômica das organizações do Terceiro Setor. Considerado como o grande desafio das entidades, a busca pela estabilidade e segurança financeira é motivo de grande e permanente preocupação por parte dos gestores e colaboradores. Para conseguir a almejada autossustentabilidade, o melhor caminho pode ser a ampliação das fontes de recursos, priorizando a atração, manutenção e fidelização dos doadores e financiadores.

Autossustentabilidade

Quando se fala em sustentabilidade, a primeira ideia que surge é o conceito relativo à capacidade de suprir as demandas atuais, sem comprometer o atendimento das necessidades de gerações futuras. Este é o senso de responsabilidade social que deve ser praticado por nós (pessoas físicas) e também pelas organizações, sejam elas com fins lucrativos ou não.

Leia também: Documentos Indispensáveis para Captar Recursos

No entanto, o que pretendemos abordar aqui é a questão da autossustentabilidade das organizações do Terceiro Setor. Também conhecida como sustentabilidade econômica, ela diz respeito à capacidade das instituições conseguirem angariar recursos suficientes para realizar o pagamento de suas despesas, quitar suas obrigações e cumprir a missão estabelecida no Estatuto Social.

Veja mais: Captação de Recursos: Fontes de Financiamento Diversificadas

Alcançar uma situação de tranquilidade financeira sempre foi a grande preocupação das organizações da sociedade civil. Essas entidades, em sua maioria, enfrentam diariamente a árdua e exaustiva tarefa de ajustar amplos programas, projetos e ações a limitadas receitas, quase sempre oriundas de doações privadas, de benefícios governamentais e de acordos firmados com o poder público.

Fontes de Recurso

Infelizmente, não há uma fórmula mágica para fazer com que as instituições se transformem em empreendimentos autossustentáveis.Porém, na busca pela sustentabilidade é importante investir na captação, diversificação e ampliação das fontes de recursos.

Apesar de não ser tarefa fácil, é necessário aceitar o desafio e direcionar esforços para conseguir ter vários doadores ou financiadores, permanentes ou de longo prazo, ao mesmo tempo.

Saiba mais: Captação de Recursos: Busca de Aliados para sua Causa.

Essa diversificação pode garantir a manutenção da entidade no caso de perda de um ou alguns de seus mantenedores. Pois, quando se tem poucas ou uma só fonte, o afastamento desse(s) financiador(es) pode até mesmo levar a instituição à encerrar suas atividades.

Dentre as principais fontes de recursos, destacam-se:


• doações espontâneas
• patrocínios
• subvenções sociais
• auxílios
• incentivos fiscais
• transferências voluntárias por parte do Poder Público (convênios, Contratos de Patrocínio, Termos de Parceria, Contratos de Repasse,
Contratos de Gestão)

Além de atrair novos doadores e financiadores, é importante também a manutenção e fidelização dos já existentes. Isto vai depender muito de como e onde estão sendo aplicados os valores doados e transferidos. É importante informar a esses investidores, por exemplo, as atividades que foram realizadas, quais metas foram alcançadas e quantos beneficiários foram atendidos.

Portanto, a prestação de contas elaborada e apresentada de forma tempestiva e coerente, mesmo quando não exigida, demonstra transparência e gera pontos positivos para a instituição. É através dessa demonstração dos gastos realizados e sua correlação com as atividades desenvolvidas, que o doador/ financiador poderá voltar a investir recursos, já que consegue visualizar os resultados alcançados.


Quanto aos novos investidores, estes têm buscado identificar características como honestidade, responsabilidade, capacidade técnica, experiência e, principalmente, transparência para decidir em quais entidades irão depositar sua confiança e seus recursos.

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Fonte: Gestão para Organizações do Terceiro Setor, Nailton Cazumbá + NOSSA CAUSA.

documentação captação de recursos

Documentos Indispensáveis para Captar Recursos

Trabalhos sociais essenciais são desenvolvidos por ONGs. Apesar de quase sempre existir a necessidade de algum ajuste técnico ou gerencial, é indiscutível a importância da atuação destas entidades. Basta ouvir os relatos do público atendido para que esta realidade seja constatada.


Para que possam desenvolver os seus trabalhos de maneira cada vez mais profissional, com maior abrangência e qualidade, estas parceiras sociais precisam de recursos financeiros. A falta de regularidade documental é um impeditivo cada vez mais frequente para que haja o acesso aos recursos. Por isso, é tempo de refletir, quebrar paradigmas, vencer resistências conceituais e aceitar esta realidade para modificá-la.


A grande carência da população atendida pelas ONGs não deixa outra alternativa: é preciso muito recurso, muitos parceiros e, portanto, as entidades precisam otimizar as suas chances de captação de recursos. Para estar regular com as determinações legais existe um caminho a percorrer:


1º) conhecê-las;

2º) compreendê-las;

3º) mobilizar-se para atendê-las.


A seguir, estão listados os documentos mínimos exigidos pela legislação brasileira para que uma ONG seja considerada regular e sem pendências que impeçam a captação de recursos:

  • Estatuto Social registrado em Cartório;
  • CNPJ;
  • Alvará de Corpo de Bombeiros;
  • Alvará de licença e funcionamento
  • Prefeitura Municipal;
  • Inscrição Municipal;
  • Inscrição no Conselho da Criança e Adolescente (se trabalhar com
    este público);
  • Inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social (se tiver esta atividade).

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Fonte: Social em foco: ONGs – orientações legais e práticas / Ana Cláudia
P. Simões; Vitória: A Gazeta, 2014.

fontes captação de recursos paz e amor

Captação de Recursos: Fontes de Financiamento Diversificadas

” É curioso como ainda vejo em minhas aulas muita gente que vem em busca de dicas e técnicas para conseguir recursos somente com empresas. Querem saber quais as leis de incentivo, qual a “dica quente” (como ouvi faz poucas semanas de um aluno), como elaborar um projeto vencedor.

Bem, eu tenho a dica quente, tenho o projeto vencedor, tenho até a lei pra você. Mas não basta. De que adianta você conseguir um milhão de reais com a coca-­cola se daqui a dois anos esse dinheiro acabou e a coca-­ cola resolveu mudar de estratégia de patrocínio? Vamos sim buscar recursos com empresas, mas não só. Nós precisamos, para manter a sobrevivência da entidade, que nenhuma das fontes de recursos seja maior que um terço de nossa receita.

Existem milhares de entidades, principalmente as que têm convênios com o governo, que tem uma dependência de 70, às vezes 90 por cento do governo. É verdade que estamos em uma democracia representativa consolidando-­se, mas “e se”? E se muda tudo, entra alguém e corta as
verbas? Fechar as portas, isso que resta.

A dica é buscar idealmente três terços de fontes diferentes de recursos, cada fonte não representando mais de 35 por cento dos recursos da entidade.

Não adianta dizer: “Ah! Eu tenho três empresas que me patrocinam, cada uma dando um terço da minha receita”. Pois não serve. Pois se vem uma crise as três fecham a torneira. Quando eu me refiro a três terços é de fontes diferentes: um terço de empresas, um terço de indivíduos e um terço
de governos, por exemplo. Ou um terço de uma fundação internacional, um
terço de eventos e um terço de empresas. Faça suas contas, planeje essa mudança para sua entidade. Claro que isso é um ideal. O alarme deve soar quando você vê que alguma fonte está chegando a 50 por cento de sua renda. É hora de agir.

Lembre-­‐se desse desenho abaixo. É fácil memorizar, lembra-­‐se do símbolo paz e amor dos hippies? É isso mesmo. Coincidentemente é o que precisamos para a sustentabilidade de nossa organização. Paz e amor.”

Crédito:  Marcelo Estraviz, Um Dia de Captador.



Diversificar fontes dá trabalho, mas garante nossa sobrevivência e autonomia. Se perdemos uma fonte, apertamos o cinto e ainda sobrevivemos até encontrarmos outra.

As fontes da sua OSC são diversificadas? A Thomazin Assessoria pode ajudar! Clique aqui para nos enviar uma mensagem e o mais rápido possível entraremos em contato.

Fonte: Adaptado de Marcelo Estraviz, Um Dia de Captador.

dia da contabilidade

Dia da Contabilidade 2019 – 5 Tendências para o segmento

O ano de 2019 parece bastante promissor para o segmento de Contabilidade. Há algumas tendências para o segmento, que vêm trazendo resultados significativos e que devem se popularizar na Contabilidade 2019. Muitas delas são oriundas do uso de tecnologias, que expandem o atendimento do contador. Veja a seguir algumas dessas novidades!

1) Contabilidade digital
A contabilidade digital é uma novidade da chamada transformação digital – um momento de transição que deve acentuar ainda mais o uso das tecnologias digitais na produção e prestação de serviços. Estas mudanças já ocorrem em todos os segmentos e na vida privada das pessoas – e com a Contabilidade não seria diferente.
Aplicados ao atendimento contábeis está a computação na nuvem, os sistemas integrados e plataformas online de contabilidade – principalmente aquelas que dialogam com os sistemas do cliente e portais fiscais do governo – a machine learning, a migração de dados, a Internet das Coisas e uma série de outras novidades, que já são utilizadas e devem se aprofundar.
Tecnologias que lidam com o grande fluxo de informações das empresas e que garantam a segurança de dados é uma necessidade dos escritórios contábeis. A integração destas informações devem também ser uma das prioridades dos contadores, uma vez que isso implica em maior agilidade dos serviços, informações em tempo real para gestores e órgãos públicos, que permitem a tomada de decisão mais estratégica.
Tudo isso não é necessariamente uma novidade, pois já faz parte da rotina das empresas contábeis. No entanto, as oportunidades geradas pela contabilidade digital podem ser bastante amplas e serão uma novidade, pois ampliam a possibilidade de serviços contábeis e até mesmo o desenvolvimento das empresas clientes.

2) Contabilidade 2019 e os trabalhos especializados
Como a contabilidade 2019 promete ampliar as suas fronteiras, inclusive físicas, com o uso amplo de novas tecnologias, outra tendência são os trabalhos especializados de contabilidades: serviços diferenciados e trabalhos específicos, como o atendimento consultivo de contabilidade para startups, por exemplo.

3) Contabilidade sob demanda
Há uma tendência muito interessante, que já vem ocorrendo em muitas partes do mundo, é a chamada contabilidade express, ou seja, o relacionamento com certos clientes não será caracterizado por relacionamentos duradouros, mas por atendimentos bem pontuais e eventuais. A isso damos o nome de contabilidade sob demanda.

4) Contabilidade colaborativa
Outra forte tendência que deve se ampliar no Brasil em 2019 no segmento de contabilidade é a contabilidade colaborativa. Este conceito também faz parte das tecnologias para implementar um novo tipo de atendimento e suprir demandas modernas. A Contabilidade Colaborativa tem como objetivo reduzir custos e transpor barreiras entre processos e entregas. É uma forma das empresas se tornarem mais competitivas e de equilibrarem a carga de trabalho ao longo do ano vigente, aumentar a produtividade e flexibilidade e aumento da receita mensal e de se diferenciarem no mercado. Através de recursos digitais, o atendimento visa integrar em uma nova abordagem o escritório de contabilidade (são mais de 62 mil em todo o país), as empresas e os órgãos fiscalizadores.

5) Contabilidade consultiva
Este é um caminho sem volta para a contabilidade: a contabilidade consultiva é uma necessidade para empresas que desejam crescer de forma constante ou ter resultados positivos mais rápido. Mais que demandas burocráticas, o perfil do cliente mudou e deseja o atendimento funcional, com acesso a novos conhecimentos, aprendizados e oportunidades de negócios. A tendência para a contabilidade 2019 é deixar as demandas técnicas e operacionais em segundo plano, como um atendimento contínuo (como já ocorre), e focar na inovação de serviços consultivos e inovadores.

Precisa de soluções contábeis modernas e descomplicadas? A Thomazin Assessoria pode ajudar! Clique aqui para nos enviar uma mensagem e o mais rápido possível entraremos em contato.

Fonte: Adaptado de Contabilidade na TV