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fluxo de caixa facil

É difícil preparar o fluxo de caixa?

Para as OSCs que têm os controles financeiros bem organizados, a preparação do fluxo de caixa é fácil. Entretanto, se a OSC ainda não tiver controles de forma organizada, é bastante provável que, nos três primeiros meses, o fluxo de caixa ainda não seja um documento confiável, porque algumas projeções ficarão superestimadas ou subestimadas, alguns custos ou despesas não terão sido previstos. Se isso acontecer na sua OSC, não fique frustrado: primeiro é preciso organizar-se para ter dados confiáveis.

A montagem da projeção do fluxo de caixa deve sempre levar em consideração os seguintes dados:

  • Saldo Inicial: é o valor apresentado no caixa no início do período considerado para a elaboração do Fluxo. É composto pelo dinheiro na “gaveta” mais os saldos bancários disponíveis para saque.
  • Entradas de Caixa: correspondem aos recebimentos das parcerias realizadas, bem como a outros recebimentos, tais como doações, contribuições voluntárias dos associados, prêmios, etc., disponíveis como “dinheiro” na respectiva data.
  • Saídas de Caixa: correspondem a pagamentos de fornecedores, aluguéis, taxas, folha de pagamento, água, luz, telefone e outros.
  • Saldo Operacional: representa o valor obtido de entradas menos as saídas de caixa na respectiva data. Possibilita analisar como se comportam seus recebimentos e gastos periodicamente, sem a influência dos saldos de caixa anteriores.
  • Saldo Final de Caixa: representa o valor obtido da soma do Saldo Inicial com o Saldo Operacional. Possibilita examinar a real sobra ou falta de dinheiro em seu negócio no período avaliado e passa a ser o Saldo Inicial do próximo período.

Ainda com dúvidas? Leia mais sobre fluxo de caixa para OSCs:

Etapas do Ciclo de Fluxo de Caixa

Fluxo de Caixa em Organizações da Sociedade Civil

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

mapa de um fluxo de caixa

Etapas do Ciclo de Fluxo de Caixa

Para organizações que estão começando, a má gestão do fluxo de caixa pode levar à falência rapidamente. Por isso, cabe ao gestor financeiro se familiarizar com o ciclo de fluxo de caixa para garantir equilíbrio do dinheiro que entra e sai.

Leia também: Fluxo de Caixa em Organizações da Sociedade Civil

MAPA DE UM FLUXO DE CAIXA

Etapa 1 – Receber pagamentos

Para a maioria dos gestores é muito familiar essa etapa, pois o caixa da organização é impulsionado pelo recebimento de contribuições e parcerias com os setores público e privado. Para que isso ocorra da forma mais abrangente possível, é fundamental que os pagamentos não sejam limitados por uma única forma de recebimento. Esteja aberto para todas as possibilidades que gerem renda, como eventos beneficentes, vendas de produtos ou serviços (respeitados os limites e permissões para fins fiscais e legais), além de doações em dinheiro, se for o caso. Ter mais de um modo de aceitar o pagamento oferece à OSC mais opções de ganho e, consequentemente, mais flexibilidade.

Etapa 2 – Gerenciar o dinheiro

Essa etapa representa o gerenciamento do dinheiro que acabou de entrar. Gerenciar as contas é diferente de ser superavitário. Não ter liquidez pode levar uma organização à falência, uma vez que é necessário armazenar dinheiro suficiente para arcar com o pagamento de fornecedores, o investimento em equipamentos e os custos operacionais. Garantir que as contas estão em ordem é essencial para descobrir quanto a organização realmente obteve de sustentabilidade no período. Quanto ao dinheiro excedente, ou saldo positivo, o ideal é aplicá-lo para render de uma forma estratégica e organizada.

Etapa 3 – Fazer pagamentos

“Pagar no tempo certo” não só ajuda a manter o fluxo de caixa organizado como é uma ótima forma de evitar problemas. Com a finalidade de facilitar, o cartão de débito permite agilidade nos pagamentos de despesas diárias. Dessa forma, é possível que a organização mantenha um bom histórico bancário organizacional.

Etapa 4 – Financiar compras

Para os pagamentos efetuados de forma parcelada, deve-se ter em mente como o financiamento vai acontecer: quais são os juros e quais as datas de pagamento, etc. Verifique se os valores do parcelamento estão dentro do orçamento mensal previsto. Mesmo que tenha em vista um recebimento maior no banco, subsídio do governo ou um investidor a bordo, seja fiel a sua organização financeira, para não sofrer com surpresas. Uma ferramenta de gestão financeira é adequada para controlar investimentos de médio e longo prazo, sem perder os pagamentos de vista.

Estas quatro etapas criam uma espécie de metodologia que auxilia o gestor na hora de pensar seu fluxo de caixa e torna esta ferramenta um poderoso guia financeiro da sua OSC!

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

FLUXO DE CAIXA

Fluxo de Caixa em Organizações da Sociedade Civil

O Fluxo de caixa é um instrumento de gestão financeira, que demonstra para todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da OSC, indicando como será o saldo de caixa para o período analisado.

Sua grande vantagem é permitir a visualização de sobras ou faltas de caixa antes mesmo que ocorram, possibilitando ao gestor planejar melhor suas ações. Na verdade, toda ação realizada por uma OSC resume-se a entrada ou saída de dinheiro! É nessa dinâmica que o Fluxo de Caixa comprova sua importância, pois nos ajuda a perceber bem antes quando vai faltar ou sobrar recurso.

Saiba mais sobre controles financeiros: Controle de Contas a Receber

Então, o que vem a ser o FLUXO DE CAIXA?

É uma ferramenta de gestão que tem por objetivo auxiliar o gestor a tomar decisões sobre a situação financeira da OSC. Consiste em um relatório gerencial que informa toda a movimentação de dinheiro (entradas e saídas), sempre considerando um período determinado, que pode ser uma semana, um mês, etc.

No caso das OSCs em geral, de “porte pequeno e médio” a projeção do fluxo de caixa para um período de seis a doze meses é tempo suficiente para a gestão da sustentabilidade; já para grandes organizações sem fins lucrativos, aconselha-se uma projeção entre dezoito e vinte e quatro meses, pelo menos. Ressaltamos que, quando falamos num período de seis a doze meses ou de dezoito a vinte e quatro meses, significa que, ao final de cada mês, projetam-se novamente os períodos seguintes, de modo que sempre teremos informações para um horizonte de quatro a seis meses.

Fluxo de Caixa PROJETADO é um Instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da organização, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. De fácil elaboração para as organizações que possuem os controles financeiros bem organizados, ele deve ser utilizado para controle e, principalmente, como instrumento na tomada de decisões.

O Fluxo de Caixa deve ser considerado como um instrumento flexível, no qual o gestor deve inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da organização.

Com as informações do Fluxo de Caixa, o gestor pode elaborar a Estrutura Gerencial de Resultados, a Análise de sustentabilidade, custos, despesas, necessidade de funcionários entre outras análises.

Quer saber mais sobre fluxo de caixa para OSCs? Continue acompanhando nosso blog. Amanhã vamos falar sobre as etapas do fluxo de caixa.

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

fife 2019

Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica (FIFE)

A Cidade Maravilhosa foi escolhida para sediar o Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica – FIFE 2019, maior evento sobre gestão de organizações sociais do Brasil. O evento acontecerá de 9 a 12 de abril do próximo ano, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro, e promete aumentar as discussões que permeiam o Terceiro Setor no País. O FIFE, que já se consolidou como principal encontro anual do setor, bateu recorde de inscritos na edição de 2018, ultrapassando 650 participantes. “O Terceiro Setor brasileiro vive um momento de profissionalização. Na última edição do FIFE, contamos com palestras sobre compliance, tecnologia, mudança na legislação, marketing, contabilidade, entre outros temas, com o objetivo de reafirmar que nossas causas não podem depender apenas de boa vontade. Precisamos de pessoas engajadas e profissionais”, afirma Márcio Zeppelini, presidente da Rede Filantropia.

Para Thaís Iannarelli, diretora executiva da Rede Filantropia, o evento é uma oportunidade única para que profissionais do segmento possam se capacitar, fazer networking e ainda conhecer uma das cidades mais lindas do Brasil. “Em nossa última edição, tivemos mais de 100 atividades ao longo de quatro dias. Do total dos participantes, apenas 100 eram de Recife e o restante era proveniente de outros Estados do Brasil, assim como do Exterior. Além de discutir sobre o Terceiro Setor, movimentamos a Economia e o Turismo local. O FIFE é um ponto de encontro para quem acredita em um Terceiro Setor cada vez mais profissional”, analisa a executiva.

Vale lembrar que o FIFE 2019 é um evento idealizado e realizado pela Rede Filantropia, uma plataforma de disseminação de conhecimento técnico para o Terceiro Setor, que busca profissionalizar a atuação das instituições por meio de treinamentos, publicações, palestras, debates, entre outras iniciativas. O FIFE já foi realizado em Foz do Iguaçu, Gramado, Natal, Fortaleza e Recife.

Para marcar o lançamento da nova cidade-sede do evento, a Rede Filantropia está oferecendo preços especiais para quem deseja participar do FIFE 2019. A partir de 5 vezes de R$ 159,80, o profissional do Terceiro Setor já pode garantir a sua presença no evento. “O nosso objetivo é reunir mais de 700 profissionais do Terceiro Setor no Rio de Janeiro. Nosso formato de palestras, debates e troca de experiências tem sido muito bem aceito e vamos manter o mesmo alto nível no ano que vem”, concluiu Márcio Zeppelini.

Para mais informações sobre o evento acesse o site.

SERVIÇO

Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica – FIFE 2019
Data: 9 a 12 de abril de 2019
Local: Centro de Convenções Sulamerica
Endereço: Rua Paulo de Frontin, 1 (Cidade Nova) – Acesso principal pela Rua Beatriz Larragoiti Lucas Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Inscrições: a partir de 5x R$ 159,80, pelo link
Mais informações no site

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Fonte: https://www.revistaeventos.com.br/Eventos/Maior-evento-sobre-Terceiro-Setor-sera-realizado-no-RJ-em-2019/44709

contas a receber

CONTROLE DE CONTAS A RECEBER

Tem por objetivo controlar os valores a receber, provenientes de termos de parceria, doações, eventos, entre outros.

É mais benéfico quando preparado para:

  • Fornecer informações sobre o total dos valores a receber;
  • Estimar quantias a receber que ingressarão no caixa da OSC, por prazos de vencimento, por exemplo, 5, 15, 30, 45, 60 e 90 dias;
  • Reconhecer o total das contas vencidas e os respectivos períodos de atraso, bem como adotar providências para a cobrança e o recebimento dos valores atrasados;
  • Fornecer informações para a elaboração do fluxo de caixa.

Para uma OSC, esse é um bom método de controlar os termos de parceria, bem como outras fontes de receita da instituição. As informações constantes nesse tipo de controle podem auxiliar no momento da construção do fluxo de caixa PROJETADO.

Administração das contas a receber

Realizar uma gestão eficaz das contas a receber é de fundamental importância para o caixa da OSC. Na gestão de contas a receber, dois fatores devem ser considerados:

Liquidez imediata: É de fundamental importância conhecer os prazos de recebimentos para determinar o montante de recursos investidos nas atividades fins da OSC.

Controle de contas a receber: Constitui a base de dados que gera diversas informações para a tomada de decisões no que se refere à continuação, diversificação e/ou aumento nas atividades ofertadas pela OSC.

Fique de olho!

Verifique as causas para aumento do montante de contas a receber (situação real x situação ideal projetada). As causas podem ser decorrentes de: Aumento de parcerias firmadas (então, a causa não é preocupante) ou atrasos nos repasses efetuados para a instituição. Isso pode obrigar a OSC a recorrer a empréstimos bancários, o que, para uma organização sem fins lucrativos pode representar um risco alto de arcar com despesas financeiras elevadas e, consequentemente, reduzir sua sustentabilidade.

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

historias de ongs de sucesso

História de uma ONG de sucesso!

Em agosto de 2017, a revista ÉPOCA e o Instituto Doar divulgaram a primeira edição da lista 100 Melhores ONGs do Brasil, e o grande destaque foi a Vocação. A instituição, que encabeçou a lista, trabalha com o desenvolvimento de pessoas da primeira infância até a colocação no mercado de trabalho.

Se a organização não parece familiar, talvez você a conheça pelo seu antigo nome: Ação Comunitária do Brasil – São Paulo. Fundada em 1967, a entidade sentiu que precisava se reinventar e, em 2015, passou a se chamar Vocação, “uma ONG moderna e atualizada às necessidades do Brasil contemporâneo”. Apesar desse “renascimento”, toda a experiência acumulada ao longo de meio século foi preservada, o que ajuda a explicar parte do sucesso da instituição.  

“Sempre trabalhamos com uma exigência muito alta em termos de governança, dando muita atenção à prestação de contas aos nossos parceiros e à transparência. Eles nos cobram isso. Durante cinco décadas, aprimoramos esses processos”, diz a gerente de mobilização de recursos da Vocação, Anadelli Soares.

Outro ponto de destaque é a relação umbilical que a organização mantém com o setor privado. A ONG foi fundada e é tocada por empresários, que ajudam também em questões do dia a dia. Além disso, seus principais apoiadores são pessoas jurídicas. “Tenho certeza absoluta de que a aproximação com o empresariado ajudou na profissionalização precoce da organização, pois ele tem um nível muito alto de formalização de processos”, comenta Anadelli — ela mesma uma egressa do mercado financeiro.

Foi a mistura de experiência, aproximação com o setor privado e, consequente profissionalização, que fez com que a Vocação pontuasse bem nos cinco critérios analisados na publicação — causa e estratégia de atuação; representação e responsabilidade; gestão e planejamento; estratégia de financiamento e comunicação e prestação de contas —, ficando em primeiro lugar entre 1.560 ONGs avaliadas.

Experiência compartilhada

Mas não é preciso ter décadas de existência ou uma relação próxima com empresários para atingir o mesmo nível de excelência da Vocação, e a ONG faz questão de compartilhar com o setor o que aprendeu ao longo dos anos. “Criamos um sistema de medição de impacto social, que está em um livro. A publicação pode ser baixada por qualquer pessoa. Ela ajuda, por exemplo, a mostrar tantos resultados quantitativos quanto qualitativos para auxiliar na conversa com patrocinadores”, ressalta a gerente de mobilização de recursos.

Para garantir a transparência, por sua vez, a Vocação “desenvolveu ferramentas internas de prestação de contas, cujas informações são acreditadas por uma auditoria e os resultados, publicados no site. Além disso, qualquer apoiador pode visitar nossos projetos quando quiserem”, conta Anadelli.

Uma das estratégias de ação da ONG, que trabalha em várias frentes, foi criar uma carteira com projetos de curto, médio e longo prazo, atendendo aos anseios de seus diversos apoiadores empresariais.

Anadelli também pontua a importância de haver especialistas tocando os programas da instituição: “Há organizações com pessoas ótimas e com tino social. Mas onde estão aquelas com tino administrativo? É preciso também contar com gente que possua prática de gestão de projetos. Nós temos 150 funcionários, somos como uma pequena empresa.”

Ela considera que todas as 100 ONGs do guia feito pelo Instituto Doar e ÉPOCA têm uma responsabilidade grande diante do terceiro setor brasileiro, composto por um universo de mais de 300 mil associações sem fins lucrativos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“O recado que essas instituições passam é sobre a importância da profissionalização. O desafio é multiplicar essa capacidade de gestão e ajudar as outras organizações a manterem a casa em ordem.” 

E você, tem algum case de sucesso? Compartilhe conosco! Envie um e-mail para marketing@thomazinassessoria.com.br contando a sua história. 

Fonte: http://captamos.org.br/news/7039/conhea-o-segredo-do-sucesso-da-melhor-ong-do-brasil

dificuldade na gestão financeira

MAIORES DIFICULDADES DA GESTÃO FINANCEIRA

Normalmente, os gestores das OSCs relatam duas grandes dificuldades em relação à gestão financeira de suas organizações. A primeira é uma forma clara de analisar seus indicadores.Pouquíssimas OSCs chegam no final do mês com relatórios e com uma planilha de gestão financeira completa.

Um segundo problema recorrente é a falta de detalhamento e entendimento do que acontece de fato.Normalmente esses gestores até conseguem saber o resultado final da organização, mas falham em entender coisas simples como:

  • Visão do regime de caixa contra regime de competência (fluxo de caixa x DRE);
  • Visão de formas de pagamento (quanto entra em débito, dinheiro, cheques,etc);
  • Visão de bancos (em casos da organização trabalhar com mais de uma conta bancária);
  • Visão de centros de custo (para entender quais áreas são mais lucrativas);
  • Visão de beneficiários e fornecedores (quais são os seus beneficiários mais assíduos e fornecedores mais baratos);

Toda essa falta de entendimento costuma ser a diferença entre boas tomadas de decisões e de queimar dinheiro com ações que nunca deveriam ter ido para frente se um conhecimento básico do negócio existisse.

Sintetizando

Manter o controle financeiro da sua OSC deve ser um hábito, especialmente em sua cultura interna, que, aliás deve ser sempre cultivada e disseminada.

É preciso criar e gerir processos de checar as contas, fazer provisão e pensar ações estratégicas para as finanças da OSC, ao menos uma vez por semana.

Gestão eficiente requer monitoramento, planejamento e disciplina. Atente-se para os erros que se deve impedir e adquira o hábito de fazer o que vai garantir o sucesso das suas finanças: o controle. Você está preparado para começar?

A Thomassin Assessoria pode ajudar sua OSC. Preencha o formulário clicando aqui e o mais breve possível entraremos em contato. 

Fonte: Educação Financeira para o Terceiro Setor – Manual do Participante – Outubro 2017

doação

11 Coisas que você precisa saber antes de fazer uma doação

Dados apresentados pela CPM – Centro de Pesquisa Motivacional, revelam, por exemplo, que 54% dos jovens brasileiros querem ser voluntários mas não sabem como começar. Os motivos são diversos. Em geral, as pessoas fazem doações ou contribuições por pressão do grupo, culpa, obrigação ou por prazer. Seja qual for o seu motivo, é preciso encarar o ato de caridade como um negócio, que envolve pesquisas prévias, definição de metas e acompanhamento dos resultados. Estas 11 dicas poderão te ajudar a fazer uma doação da melhor forma possível. 

Leiam também: Mudança de carreira: do mercado financeiro a uma revolução no terceiro setor

1) Aprenda com os erros dos outros

 

Se você não tem experiência no assunto, vá com calma. Afinal, ninguém quer ver seu dinheiro escorrer pelo ralo. Primeiro, aproxime-se de quem já está habituado a fazer doações, como amigos, vizinhos ou representantes da comunidade. Aprenda como essas pessoas executam as contribuições. Tire suas dúvidas, peça dicas, questione, discuta vantagens e desvantagens, “Esse primeiro contato é muito importante, porque, com ele, você poderá evitar enganos que já foram cometidos pelos outros”, afirma o especialista Léo Voigt.

2) Defina a área que mais precisa de sua ajuda

Você já pensou em ajudar crianças e adolescentes carentes? Ou, então, em contribuir com projetos de recuperação do meio ambiente? Que tal bancar parte do tratamento de doentes de câncer? Todas essas áreas precisam muito de ajuda, mas você deve escolher uma. Essa decisão é resultado de sua própria reflexão. Se optar por mais de uma área, tenha cuidado para não se perder em meio a vários projetos e objetivos diferentes.

3) Em que região deve estar localizada a entidade beneficiada?


O próximo passo é a escolha da área geográfica. Muitas pessoas preferem estar bem próximas das entidades que ajudam: a creche do bairro ou a entidade que abriga deficientes físicos da própria cidade. Nesse caso, há uma vantagem. Você poderá verificar no dia-a-dia, como suas contribuições serão aplicadas. Outras pessoas acreditam que projetos em outros estados, como as famílias atingidas pela seca no Nordeste ou a destruição da Floresta Amazônica, são mais importantes. Entidades locais ou não, a escolha é sua.

4) Monte uma lista das entidades candidatas à doação

Esta etapa é a mais trabalhosa. Apesar de já ter em mente o perfil da instituição que pretende apoiar, é preciso definir uma. Para isso, comece com um levantamento de todas as entidades que se enquadram nas características traçadas anteriormente. Consulte as registradas nos conselhos Municipal e Estadual. Estes últimos são órgãos, compostos por representantes do governo e pela população, que acompanham e auxiliam o trabalho de algumas entidades beneficentes.

Normalmente, eles têm um material amplo sobre as instituições e suas atividades. No caso de crianças, há o Conselho da Criança e do Adolescente, que poderá oferecer informações. As Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais podem ser uma referência para quem pretende ajudar esse grupo.

5) A visita às instituições pode ser fundamental para uma decisão correta

Depois da pesquisa, escolha duas ou três instituições que mais se adequam aos seus critérios e faça uma visita.  Descubra qual é a essência do trabalho desenvolvido. Por exemplo, numa creche, os dirigentes não devem apenas dizer quantas crianças abrigam, mas como o fazem, quais os projetos para incrementar as atividades ou as metas para ampliação do prédio onde está localizada. “O objetivo de uma instituição não lucrativa é melhorar a qualidade do seu serviço a cada dia”, afirma Allison Fine, diretora executiva da Innovation Network, uma consultoria de entidades beneficentes de Washington, Estados Unidos.

Peça também uma lista das pessoas que estão na linha de frente da entidade. Conheça melhor suas idéias e seus valores. Quanto mais você mantiver contato com essas pessoas, menos surpresas desagradáveis terá. Não tenha vergonha de pedir informações sobre as finanças da entidade. Pergunte se as contas são controladas por alguma auditoria periódica. Peça para dar uma olhada nos balanços. Se o trabalho for sério, a direção da entidade não terá problema algum em apresentar esses dados.

 

6) Desenvolva um trabalho em conjunto com a entidade



Definido o nome da instituição, é hora de você começar a trabalhar em parceria. Léo Voigt sugere que a entidade apresente um projeto por escrito para o qual seria destinada a doação. Um roteiro de como serão feitos os investimentos, qual o retorno que se espera do projeto, prazos etc. “Um dos principais erros cometidos atualmente pelas pessoas e empresas que fazem doações é que elas não se informam direito sobre o que será feito com o dinheiro e criam expectativas, muitas vezes, irrealistas. Acham que vão mudar o mundo”, afirma Voigt. Em alguns casos, quando se sabe qual será o projeto beneficiado, é possível organizar um calendário de doações. Elas podem até ser realizadas em etapas e não de uma só vez.
Além disso, ao ter em mãos um documento fica muito mais fácil cobrar depois.

 

7) Esteja atento aos resultados

Não pense que sua participação chegou ao fim. Se você desistir agora, pode pôr tudo a perder. Para qualquer doação ser eficaz, você precisa acompanhar os resultados. Para estar ligado, peça informes periódicos para a entidade. Dados como o número de pessoas beneficiadas pelo projeto, o que foi concluído e o que ainda falta. Dessa forma, você corre menos riscos de ver seu dinheiro aplicado em projetos ineficazes. “Se você faz uma doação para uma escola pobre, não quer ver seu dinheiro aplicado na reforma da sala do diretor, mas na compra de material didático para os alunos”, diz Voigt.

 

8) Você não é o dono da bola só porque fez uma contribuição à entidade

Tenha cuidado para não inverter os papéis. Não é porque você fez uma doação para determinada entidade que poderá entrar lá e comandar tudo do seu jeito. É preciso respeitar o trabalho da instituição e até ajudar com seu conhecimento ou experiência, mas sem mudar o que já é feito com eficiência.

9) Há Benefícios Financeiros?

Os benefícios financeiros de se fazer uma doação são irrisórios. Não há um programa eficaz de estímulo à filantropia no país. Uma das exceções é a cultura. Qualquer pessoa pode ajudar o financiamento de um projeto cultural e ter esse valor deduzido até 6% (pessoa física) e 4% (pessoa jurídica) do imposto a pagar. No caso dos filmes, a dedução é de até 3%. Quem ultrapassa esses limites não tem restituição sobre o excedente. Além da cultura, as doações ao fundo da Criança e do Adolescente também contam com benefício fiscal. O limite da dedução do imposto é de 6% para pessoa física e 1% para pessoa jurídica.

10) Talvez você possa ser um sócio-contribuinte


Você não tem tempo para fazer tudo isso. Sua carga horária no trabalho e com as atividades em casa está totalmente tomada. Você não tem condições de acompanhar os resultados do projeto e nem manter um contato mais próximo com a entidade. Há ainda uma última saída. Você pode tornar-se sócio-contribuinte. Nesse caso, você escolhe a entidade e faz doações periódicas. Nos fundos dos conselhos municipais e estaduais ou da Criança e do Adolescente, por exemplo, a própria comunidade realiza a fiscalização periódica sobre o destino das verbas recebidas. Não há necessidade de um acompanhamento mais intenso.

11) Seja voluntário

Você pode ainda contribuir com entidades beneficentes sem fazer doações em dinheiro. Seja um voluntário. Para isso, aproveite seu conhecimento ou experiência em determinada atividade e ponha isso em prática. “O voluntário de hoje pode ser o doador de amanhã”, afirma Stephen Kanitz, organizador do Prêmio Bem Eficiente. Se você não souber por onde começar, na Internet (www.voluntarios.com.br) há uma lista de mais de 4 850 entidades que precisam de seu trabalho. É só dar um clique no seu mouse e pôr a mão na massa.

Fonte: Adaptado de http://www.filantropia.org/11CoisasAntesDeDoar.htm

gestao e planejamento no terceiro setor

Terceiro Setor: GESTÃO E PLANEJAMENTO – UMA DUPLA INSEPARÁVEL

Quem atua na Sociedade civil desenvolve um trabalho por amor à causa, mas engana-se quem pensa que essa é uma tarefa fácil.

Podemos destacar o trabalho por um bem maior, conhecer pessoas que nos mostram o significado da palavra solidariedade, grandes desafios e uma oportunidade imensa de crescimento profissional e pessoal.

O controle financeiro de uma organização é a principal ferramenta de que se deve fazer uso para atingir o objetivo final de todo o “empreendimento”, a sustentabilidade. Entretanto, apesar de tratar-se de uma constatação simples e quase óbvia, analistas apontam o descontrole financeiro como uma das principais causas do fechamento precoce da maioria das organizações que funcionam no Brasil.

Os gestores querem o crescimento das suas organizações, e, motivados unicamente pelo sonho, investem nesta empreitada, sem o menor preparo, nem planejamento financeiro. E aí é que mora o perigo, ignorar exatamente a espinha dorsal de uma gestão bem-sucedida: o controle financeiro.

Seja fazendo o uso de um caderno de controles, de planilhas financeiras ou recorrendo a softwares de gestão mais sofisticados, o importante é que esse controle seja feito! O método fica a seu critério, mas opte por aquele que satisfizer melhor às necessidades da sua organização.

Não é necessário que todas as organizações controlem todas essas funções. A verdade é que o nível de gestão financeira vai depender das características e tamanho da OSC em questão. De toda forma, se você não está alinhado com alguns ou todos esses pontos, talvez precise repensar como as finanças da sua organização estão acontecendo.

Após essa breve reflexão, vamos alertá-lo quanto aos maiores inimigos da boa gestão financeira. Aqueles que, com o passar do tempo, podem fazer seu sonho virar seu maior pesadelo!

Leia também: AFINAL, O QUE É GESTÃO FINANCEIRA?

Estabelecer um sistema de gerenciamento inefetivo

Antes de ingressarmos nos detalhes, é importante dizer que toda organização deve manter um sistema de gerenciamento – vale dizer que não se trata de um software avançado, mas sim de controle – em funcionamento constante para que se possa desenvolver um controle financeiro eficiente. Todas as operações envolvidas na sua OSC devem ser conhecidas e bem gerenciadas, caso contrário, isso refletirá negativamente na sua saúde financeira. Se sua organização ainda não tem estabelecido esse sistema, a hora de implantá-lo é agora, antes que possíveis erros tomem proporções tão grandes que possam comprometer as finanças de sua organização de maneira irreversível.

Haver descontrole do fluxo de caixa   

Manter o controle do fluxo de caixa vai muito além de somente acompanhar entradas e saídas de dinheiro. Sim, é importante registrar essa movimentação corretamente, sem dúvida. Mas a importância de se controlar o fluxo de caixa é muito maior. O fluxo de caixa serve para planejar o futuro financeiro da OSC, e planejamento é a chave para o sucesso. É a garantia de não ser pego de surpresa, de ficar inesperadamente no vermelho e sem capital de giro para se manter de pé.

Mas para que seu planejamento seja eficiente, você deve ser capaz de fazer projeções realistas, que reflitam tudo que for financeiramente relevante para a sua organização. Isso por que é com base nessas projeções que se tem tempo de pensar nas providências necessárias, seja renegociando pagamentos para evitar que seu caixa fique no vermelho ou barganhado descontos para pagamentos antecipados, toda movimentação financeira da organização deve ser condizente com as projeções do seu fluxo de caixa. Pense também nos seus prazos e como eles influenciarão sobre as suas decisões.

Perder de mão esse controle é contar com a sorte; é ter que pagar multas desnecessárias quando seu saldo estiver inesperadamente descoberto; é correr o risco de quebrar podendo ter a oportunidade de manter-se sólido.

Uma boa dica é especificar um horário semanal para fazer a atualização do seu fluxo até que seu sistema esteja totalmente sob controle. A tendência é que esse comportamento se torne automático, isto é, faça parte das suas funções rotineiras.

Portanto, faça a manutenção do controle financeiro e preze pela saúde financeira da sua organização. Se for o caso, utilize uma ferramenta de gestão para garantir que você não se perca nas finanças da instituição.

Desconhecer seu custo

O objetivo financeiro de toda a OSC é a sustentabilidade, portanto, garantir a sustentabilidade deve ser o objetivo final de toda organização. Mas para que se possa alcançá-la e garantir que ela exista, é fundamental que sejam conhecidos os custos dos serviços ofertados, assim, pode-se calcular o valor real da operação, por isso inclua a margem de sustentabilidade desejada.

Misturar finanças pessoais com as da organização

Eis aqui um dos pecados mais recorrentes cometidos nas organizações, principalmente nas pequenas. É muito comum que os parceiros/associados utilizem dinheiro próprio para pagar despesas da organização e vice-versa, o que não é nada bom para a saúde financeira da organização.

Para começar, a confusão de despesas e mistura de caixas interfere no cálculo dos custos fixos que, como já vimos, são importantes para se calcular precisamente a sustentabilidade da organização. Portanto, não manter a separação de gastos pode dar ao gestor da OSC a falsa ilusão de que sua organização está mantendo um bom nível de sustentabilidade quando, de fato, não está.

Essa falta de controle do que é pessoal ou não pode parecer banal, mas é um dos erros que mais contribuem para o fim das atividades de muitas organizações.

Ignorar o controle de estoque

Não controlar o estoque da sua organização pode afetar seu negócio de várias maneiras bastante prejudiciais, inclusive para a reputação da sua OSC. Por conta disso, você pode acabar não sabendo exatamente quanto você deveria ter/usar de material e o quanto, de fato, usa. Fora isso, você ainda pode correr o risco de acabar usando produtos vencidos ou com a qualidade comprometida; pode ter gastos extras por estocar produtos desnecessariamente; você corre o risco de acabar estocando demais o que é usado de menos; enfim, no final das contas, pode acabar tendo que arcar com custos extras que, como já vimos, afetam a margem de sustentabilidade da sua organização. E quando o descontrole é em grande escala, é provável que o déficit também o seja!

Esquecer de registrar todas as operações

Toda e qualquer operação financeira que ocorre dentro da sua organização deve ser registrada, independentemente do valor. É um erro muito comum que as organizações subestimem o registro de algumas operações, principalmente quando envolvem valores baixos. O que acontece é que, em um primeiro momento, dificilmente isso aparece com relevância no diagnóstico financeiro da organização, porém pequenos gastos ao fim de um longo período tendem a se transformar em um gasto grande, e esse sim tem o poder de afetar a saúde da OSC, às vezes, até de maneira definitiva. Portanto, não subestime pequenos gastos, registre todos, eles também devem fazer parte do que se chama controle financeiro.

Ignorar despesas ocultas

Por mais programado e organizado que se seja, é impossível prever todas as despesas que possam existir. Sempre surgem aquelas, com as quais não se contava, por mais preparo e planejamento que haja. Pode ser um imprevisto, um acidente no trabalho, enfim, há sempre algo que não foi imaginado, mas que pode acarretar danos consideráveis.

Para se prevenir contra essas possibilidades, é sempre importante fazer uma reserva mensal, destinada justamente para garantir esses tipos de despesas ocultas. Essa medida é muito benéfica para que sua OSC não corra o risco de ficar no vermelho caso tenha que arcar com despesas imprevistas, altas o suficiente para comprometer sua saúde financeira.

Acredito que o sentimento de diversos gestores de instituições foi: “E agora?”. Felizmente, para você que perdeu o fio da meada, seja bem-vindo ao clube. Neste curso vamos aprender alguns métodos de controle e planejamento financeiro. Verdade seja dita, essa fase não tem embalagem, nem rótulo para nos dizer sua validade. Então, está em tempo de você replanejar sua organização! Sem sombra de dúvidas essa ação se torna fundamental para sua OSC, visto que muitos não se preocuparam em prever ou antecipar suas receitas, despesas e ações.

Convoque seus colaboradores e parceiros para uma conversa, um diálogo participativo. Coloque na ponta do lápis quais os gastos que podem ser diminuídos para manter a estrutura funcionando, as ações que são mais importantes e projetos futuros.  E não se mantenha na inércia, coloque o projeto de baixo do braço e vá à luta. O fato de estar passando por uma crise não é desculpa para abandonar a causa.

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

 

carreira em impacto social

Como seguir carreira em impacto social

Em 1997, Denis Mizne ainda era um estudante de Direito na Universidade de São Paulo quando se envolveu com impacto social. Ele fez parte do grupo do Centro Acadêmico XI de Agosto que criou a campanha Sou da Paz, mais tarde estruturada como o instituto de mesmo nome.
Entre maio de 2000 e 2011, Mizne foi diretor executivo da ONG, onde ainda atua como presidente do conselho. Em seguida, tornou-se diretor executivo da Fundação Lemann, onde está até hoje.
Em uma conversa com Rafael Carvalho, jornalista responsável pelo site NaPrática.org , ele falou não só sobre sua própria trajetória profissional em impacto social, mas também sobre o que mudou nos últimos vinte anos.
“Nunca tivemos tantos recursos para ter impacto social como temos hoje, independente da idade”, afirma. “Há muita coisa gratuita em termos de mobilização, engajamento e acesso a outros jovens. Tem muita possibilidade para fazer a diferença.”
Para ilustrar seu ponto, ele resgatou um acontecimento dos tempos de USP. Quando surgiram interessados em criar núcleos da instituição em outras cidades, os jovens do Sou da Paz criaram um kit para iniciantes e um 0800 para receber ligações, que eram gratuitas para quem as fazia.
“Tivemos que fechar o número porque não tínhamos mais dinheiro para tanta ligação telefônica”, lembra.
Para quem pensa em começar uma organização, ele indica que, antes de fazer uso das inúmeras ferramentas online, seu foco esteja bem claro.
“Hoje em dia as bandeiras são muito amplas e genéricas. Quanto mais clara for a sua, mais chance você tem de atrair pessoas e mostrar resultado”, resume. “O que não falta é problema.”
Leia também: Como criar um plano de captação de recursos para sua ONG

Impacto social: onde atuar?

Se no passado trabalhar com impacto social significava optar por uma vida de abnegações e complicações, hoje o cenário é outro.
“É possível atuar no terceiro setor, em startups, no governo”, exemplifica Mizne. “O privilégio de não questionar se algo que você está fazendo é realmente útil não tem preço.”

Setor público

Ainda no começo dos anos 2000, trabalhou por um no Ministério da Justiça, onde ganhou insights sobre o funcionamento do setor público. Sua experiência ali comprovou os benefícios de entender como o governo funciona por dentro.
Para quem pensa em uma experiência mais imediata, ele indica o Vetor Brasil, ONG apoiada pela Lemann que seleciona jovens de qualquer área para atuar por um ano como trainees na gestão pública. 
Outra opção é o Ensina Brasil, um programa de desenvolvimento de lideranças que também seleciona jovens de qualquer área para atuar como professores em escolas públicas por dois anos.
“Mesmo que você tenha outra carreira depois, conhecer melhor o Brasil é bom para todo mundo”, afirma Mizne.
Além disso, é importante lembrar que grande parte do impacto social virá, necessariamente, do estado – e quanto mais conhecimento sobre seus meandros, melhor. “O governo vai fazer boa parte da diferença e conhecê-lo vale muito a pena.”
Leia mais: Tributação do Terceiro Setor: guia prático para doações de pessoas jurídicas

Empreendedorismo social

Para quem deseja criar algo novo, seja uma ONG ou uma startup, Mizne recomenda logo colocar a mão na massa.
“É ótimo estudar, mas você não precisa esperar ser um super especialista para fazer algo. O melhor jeito de aprender é fazendo”, garante.
Começar auxiliando organizações que você admira é um bom caminho. Uma vez que tenha tomado sua decisão, no entanto, pouco adianta ficar esperando a hora certa: não existe cenário ideal.
O que existe, cada vez mais, são fundos de impacto como o Vox Capital e entidades como as ONGs Ashoka e Artemísia e a própria Lemann que financiam e ajudam novas ideias a se desenvolverem. Aproveite o que já existe!
Veja também: Empreendedorismo Social: A transformação social por meio do design

Terceiro setor

A estrutura de uma ONG ou negócio social também não é mais a mesma. Há um número crescente de organizações que aliam gestão e impacto social.
Na Fundação Lemann e na Fundação Estudar, por exemplo, o modelo de gestão empregado alia foco no resultado, preocupação com métrica e desenvolvimento de pessoas com impacto escalável.
Em resumo, as opções para quem quer impactar a sociedade são inúmeras. Cabe a cada um descobrir seu perfil, suas motivações e o que é necessário para tirar sua ideia do papel e ajudar na transformação do país.
“O Brasil não precisa só de boas intenções, mas de capacidade para encontrar soluções. Não vamos resolver as coisas dando só uma demão de tinta. Quanto mais gente nesse barco, melhor”, conclui.
Fonte: https://www.napratica.org.br/as-carreiras-em-impacto-social-segundo-o-diretor-executivo-da-fundacao-lemann/