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fontes captação de recursos paz e amor

Captação de Recursos: Fontes de Financiamento Diversificadas

” É curioso como ainda vejo em minhas aulas muita gente que vem em busca de dicas e técnicas para conseguir recursos somente com empresas. Querem saber quais as leis de incentivo, qual a “dica quente” (como ouvi faz poucas semanas de um aluno), como elaborar um projeto vencedor.

Bem, eu tenho a dica quente, tenho o projeto vencedor, tenho até a lei pra você. Mas não basta. De que adianta você conseguir um milhão de reais com a coca-­cola se daqui a dois anos esse dinheiro acabou e a coca-­ cola resolveu mudar de estratégia de patrocínio? Vamos sim buscar recursos com empresas, mas não só. Nós precisamos, para manter a sobrevivência da entidade, que nenhuma das fontes de recursos seja maior que um terço de nossa receita.

Existem milhares de entidades, principalmente as que têm convênios com o governo, que tem uma dependência de 70, às vezes 90 por cento do governo. É verdade que estamos em uma democracia representativa consolidando-­se, mas “e se”? E se muda tudo, entra alguém e corta as
verbas? Fechar as portas, isso que resta.

A dica é buscar idealmente três terços de fontes diferentes de recursos, cada fonte não representando mais de 35 por cento dos recursos da entidade.

Não adianta dizer: “Ah! Eu tenho três empresas que me patrocinam, cada uma dando um terço da minha receita”. Pois não serve. Pois se vem uma crise as três fecham a torneira. Quando eu me refiro a três terços é de fontes diferentes: um terço de empresas, um terço de indivíduos e um terço
de governos, por exemplo. Ou um terço de uma fundação internacional, um
terço de eventos e um terço de empresas. Faça suas contas, planeje essa mudança para sua entidade. Claro que isso é um ideal. O alarme deve soar quando você vê que alguma fonte está chegando a 50 por cento de sua renda. É hora de agir.

Lembre-­‐se desse desenho abaixo. É fácil memorizar, lembra-­‐se do símbolo paz e amor dos hippies? É isso mesmo. Coincidentemente é o que precisamos para a sustentabilidade de nossa organização. Paz e amor.”

Crédito:  Marcelo Estraviz, Um Dia de Captador.



Diversificar fontes dá trabalho, mas garante nossa sobrevivência e autonomia. Se perdemos uma fonte, apertamos o cinto e ainda sobrevivemos até encontrarmos outra.

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Fonte: Adaptado de Marcelo Estraviz, Um Dia de Captador.

como criar uma ong

Reflexões para quem pensa em criar uma ONG

Antes de tomar a iniciativa de constituir uma ONG, Organização Não Governamental sem fins lucrativos, o autor da ideia deve se perguntar: será que já não existe uma ONG constituída que lute por este mesmo ideal social em que acredito a que eu possa me aliar e contribuir nos seus projetos? Ou é de fato necessária a criação de uma outra entidade?


Caso a reflexão demonstre a necessidade de uma nova ONG, o segundo
passo é conhecer o percurso a percorrer:


1º) encontrar outras pessoas com os mesmos ideais para que fique
caracterizada a associação;


2º) redigir o estatuto social e registrá-lo em cartório e na Receita Federal;


3º) realizar o diagnóstico do problema social a ser tratado;


4º) entrevistar o público-alvo, conhecê-lo e convidá-lo a participar do planejamento e das ações da entidade;


5º) montar uma estrutura mínima para a operação (local de encontro e realização de atividades, telefone, equipe com definição de competências);

6º) legalizar a organização para que ela se torne apta a captar recursos: obter o alvará de funcionamento e inscrever a entidade nos Conselhos relacionados ao público-alvo e aos objetivos da entidade;


7º) elaborar, por escrito, o projeto social a ser desenvolvido;


8º) promover a captação de recursos.

Leia também:Captação de Recursos: Busca de Aliados para sua Causa.


O terceiro passo é refletir na seguinte linha: se não estou preparado para realizar os 8 passos iniciais, me restam duas alternativas: voltar à primeira consideração ou participar de ações de controle social, atuando no acompanhamento e fiscalização das políticas públicas que envolvam o tema como, por exemplo, participando dos Conselhos Municipais.

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Fonte: Social em foco: ONGs – orientações legais e práticas / Ana Cláudia
P. Simões; Vitória: A Gazeta, 2014.


captação de recursos

Captação de Recursos: Busca de Aliados para sua Causa.

Na Europa e nos EUA assim que se cria uma nova iniciativa criam-­‐se dois grupos. Um para atuar diretamente na causa: Trabalhar com refugiados, lidar de velhinhos, defender o tamanduá amarelo (existe?), cuidar de crianças com câncer,etc. Aqui no Brasil fazemos isso muito bem também.
Mas diferentemente de outros países, não constituímos o segundo grupo: os que buscarão novos aliados. Em qualquer lugar (menos no Brasil) se pensa sobre as causas de forma a encontrarmos mais gente que também acredita nelas. Isso é um princípio, não uma consequência.

No Brasil muitas ONGs tem um excelente quadro técnico, uma ideia super criativa de atuar em defesa de determinada causa, mas esquecem de buscar novos aliados. Acham isso difícil, às vezes acham isso impossível ou até desnecessário. Pois serei duro aqui: Se sua entidade não tem aliados é porque a causa só é importante pra você. E se é só importante pra você (e uns quantos funcionários seus) é porque a sociedade não precisa dela. E se é assim, por favor, feche as portas. Vá aliar-­‐se a causas mais importantes.

Você se ofendeu agora? Ótimo. Significa que você acredita que sua entidade e sua causa são importantes, certo? Ótimo. Pois busque aliados. E
mostre-­‐nos que sua entidade é legítima, importante para nossa sociedade.
Convença-­‐me de que devo apoiá-­‐la, convença sua prima e seu vizinho.
Convença o empresário, não somente para ele te doar 100 mil reais hoje, mas pra ser teu parceiro pelo resto da vida. Busquemos aliados.

Em minhas aulas conto sempre o exemplo a seguir: Vamos supor que exista (e existe) o Mico Leão Dourado e o Tamanduá Amarelo (será que existe ou existiu? Vamos supor que sim). Pois vamos supor também que no início dos anos 90 tenham sido criadas duas ONGs, cada uma para defender um desses animais. Imagino que você já tenha ouvido falar de Mico Leão Dourado. Talvez até já tenha ouvido falar da ONG (que realmente existe) que defende o Mico Leão Dourado. Mas vejamos a ONG do Tamanduá: Ela não existe. Será que existiu? Será que houve um tamanduá amarelo? O que sim posso garantir é que se existiu, ele foi extinto. Já o Mico Leão continua aí, vivinho e procriando.

Quero ilustrar com isso que caso houvesse existido uma ONG que defendesse o tamanduá, não só ela estaria extinta como também, e isso é o mais grave, o próprio tamanduá. Ninguém conseguiu convencer outras pessoas de que o tamanduá é importante e por isso morreu a ONG e a causa
da ONG. Então imagine sua entidade e sua causa. Quantos aliados ela tem hoje? Quem mais defende as mesmas causas que você? Como esses aliados estão aliados a você? Uma contribuição mensal? Um mailing de gente que participa de eventos? Não conte os tapinhas nas costas. Eu me refiro a contribuições concretas, atos voluntários, mexer no bolso, aliados que se dedicam a ligar para buscar mais aliados. Quantos são? Menos de mil? É
pouco.

Imagine agora uma entidade que nos anos 70 e 80 fez trabalhos fantásticos de alfabetização de adultos com o método Paulo Freire. Receberam desde aquela época recursos internacionais de fundações canadenses e holandesas e realmente fizeram um trabalho incrível. Mas pecaram em não buscar aliados à causa da alfabetização de adultos. Os recursos foram
minguando. Os dirigentes envelhecendo. Eu conheço uma entidade assim.
Sabemos, e eu disse a eles isso, que a entidade vai morrer. E com ela todos
os ideais maravilhosos da pedagogia de Paulo Freire para a alfabetização
de adultos. Sim, há outras entidades fazendo isso, mas esta que citei vai
morrer. E se essa fosse a sua?

Sim, hoje em dia existem programas governamentais que realizam alfabetização de adultos e isso não existia antes. Mas então porque a entidade não se reinventou? Porque eles acreditavam que estavam
fazendo a coisa certa. E estavam, mas faltava a outra metade: buscar aliados. E com eles renovar-­‐se sempre, oxigenando a entidade com novas
cabeças. Defendendo sempre uma causa atual e necessária. E ao mesmo tempo angariando aliados para essa causa. Se pensassem em buscar aliados, já teriam criado o departamento de captação de recursos.

Buscar aliados é a base da captação de recursos. Os recursos mais importantes são os nossos aliados. O dinheiro é consequência disso.

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Fonte: Marcelo Estraviz, Um Dia de Captador.

Principais Normas da Contabilidade referentes ao Terceiro Setor

Anteriormente falamos sobre o papel da Contabilidade na Gestão Financeira da Sociedade Civil. Hoje vamos falar sobre as principais Normas da Contabilidade referentes ao Terceiro Setor.

Mesmo se inserindo em um setor sem fins lucrativos, estas organizações precisam de organização contábil. Benefícios como doações, serviços voluntários e isenção de tributos podem se transformar em grandes problemas quando não há uma correta administração contábil e financeira. Mas alguns administradores ainda acreditam que não é necessária a assessoria contábil, quando, ao contrário, esta é fundamental para manutenção e desenvolvimento dessas entidades. Com relação à transparência exigida atualmente, percebe-se a necessidade de evolução da Contabilidade, uma vez que, as instituições sem fins lucrativos, em nosso país, elaboram suas demonstrações contábeis com base em modelos desenvolvidos para atender às necessidades de usuários ligados a instituições com fins lucrativos.

Abaixo listamos as principais Normas da Contabilidade referentes ao Terceiro Setor:

  • NORMAS BRASILEIRAS APLICÁVEIS AO TERCEIRO SETOR:

De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, as entidades do Terceiro Setor são aquelas em que o resultado positivo não é destinado aos detentores do patrimônio líquido e o lucro ou prejuízo são denominados, respectivamente, de superávit ou déficit. A contabilidade das Entidades do Terceiro Setor sofre algumas adaptações comparadas as do Segundo Setor. Mudanças estas, também, quanto a nomenclatura das Demonstrações Contábeis determinadas pela NBC T 3 (Norma que determina as Demonstrações Contábeis que devem ser elaboradas pelas Entidades).

  • APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As Entidades do Terceiro Setor seguirão a mesma composição e forma de apresentação da Lei N. º 6.404/76, obedecendo às devidas adaptações feitas à luz das Normas Brasileiras de Contabilidade 10.14, 10.16, 10.18 e 10.19. Entretanto, alguns termos devem variar no caso da contabilidade do terceiro setor. O conceito básico de Patrimônio Líquido é o mesmo tanto nas OSCs quanto no terceiro setor. A equação patrimonial clássica não se altera, continua sendo o ativo menos o passivo. O que altera é a nomenclatura, ao invés de Patrimônio Líquido, é chamada de Patrimônio Social.

  • BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que representa a situação estática do Patrimônio da Entidade, destinada a evidenciar quantitativa e qualitativamente, num determinado período, a adequada interpretação da posição patrimonial e financeira. O Patrimônio Líquido, conforme a regra, “compreende os recursos próprios da entidade e o seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo, que pode ser positivo, nulo ou negativo”. A norma determina ainda, a substituição da conta Capital Social das organizações com finalidade de superávits pela expressão ‘Patrimônio Social’.

  • DEMONSTRAÇÃO DE SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO

A Norma que trata das demonstrações contábeis para o Terceiro Setor, determina a alteração da nomenclatura de “superávit ou déficit do exercício” para ‘superávit ou déficit do exercício’. Esta demonstração tem por objetivo principal, nas entidades sem fins lucrativos, evidenciar todas as atividades desenvolvidas pelos gestores relativas a um determinado período de tempo, denominado de “Exercício”. Quanto às despesas e receitas, é de suma importância a orientação dada pela por normativo específico, para a adequada elaboração da Demonstração do Superávit ou Déficit.

  • DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SOCIAL

De acordo com a norma vigente, a “Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Social é a demonstração contábil destinada a evidenciar em um determinado período, as mutações nos resultados acumulados da entidade”. Na verdade, as informações contidas nesta, irá completar os demais dados constantes no Balanço e na Demonstração do Superávit ou Déficit. Explicando como e porque as Contas do Patrimônio Social modificaram-se durante determinado período.

  • NOTAS EXPLICATIVAS

As Notas Explicativas formam um complemento às Demonstrações Contábeis, tornando-se parte integrante destas, acrescentando informações que por algum motivo não foram evidenciadas nas Demonstrações Contábeis.

  • COMENTÁRIOS DO AUDITOR

Embora, o parecer, tenha características voltadas para o controle e a fiscalização, este seria, também, uma fonte adicional de proporcionar uma maior segurança ao usuário. O conteúdo do Parecer compõe-se basicamente de três parágrafos, um que referencie as demonstrações consultadas, um outro parágrafo relatando a natureza e extensão dos trabalhos realizados e finalmente a opinião do auditor sobre os demonstrativos e relatórios estudados.

Diante destas normas, vemos que a contabilidade tem um papel relevante no Terceiro Setor, pois ela irá nos demonstrar com clareza e precisão os fatos e atividades operacionais das entidades que compõem este importante setor. Os voluntários, doadores, parceiros e o governo esperam que os recursos alocados sejam efetivamente destinados à sua finalidade principal, e por isso a transparência é vital nessas organizações.

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Fonte: Educação Financeira para o Terceiro Setor – Manual do Participante Outubro/2017

contabilidade na gestão financeira de uma OSC

Qual é o papel da Contabilidade na Gestão Financeira da Sociedade Civil?

A contabilidade vem ganhando cada vez mais espaço não somente para cumprimento de normas legais, mas desempenhando relevante papel no âmbito da gestão organizacional, fornecendo informações acerca dos orçamentos, finanças e patrimônio, preparando os gestores, assim, para a tomada de decisões.

Leia também:

Terceiro Setor: Principais Obrigações Acessórias.

Imunidade tributária de entidades do Terceiro Setor.

A relevância da contabilidade fica cada vez mais evidente quando diz respeito às organizações da Sociedade Civil, grupo formado pelas associações e fundações de direito privado, sem fins lucrativos, que buscam, dentre suas finalidades, o alcance do bem estar social.

Leia mais:

Quais são os tipos de ONGs no Brasil?

Qual a diferença entre ONG e OSCIP?

Grande parte das organizações da Sociedade Civil obtém de imunidade ou isenção tributária, sendo necessário, para tanto, o atendimento a pré-requisitos previstos na Constituição Federal, no Código Tributário Nacional, e em leis específicas. Uma das exigências para a obtenção do benefício fiscal é justamente a manutenção da escrituração das receitas e despesas em livros contábeis, o que significa aderência às normas brasileiras de contabilidade, em especial à Interpretação Técnica Geral nº 2002 – Entidade sem Fins de Superávit, aprovada pela Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 1.409/2012.

Veja mais:

OSCs x Contabilidade: Até que morte os separe

Orçamento de uma OSC.

Nos próximos posts do blog vamos fala sobre as principais Normas da Contabilidade referentes ao Terceiro Setor . Para não perder nenhuma notícia assine nossa newsletter e nos acompanhe nas redes sociais.

Saiba mais:

Tenho que escolher entre gestão financeira e contabilidade?

Orçamento de uma OSC

Fluxo de Caixa em Organizações da Sociedade Civil

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Fonte: Educação Financeira para o Terceiro Setor – Manual do Participante Outubro/2017

gestão financeira ou contabilidade

Tenho que escolher entre gestão financeira e contabilidade?

Embora funcionem como peças complementares e estejam intimamente ligadas aos números da OSC, a gestão financeira e a contabilidade são funções diferentes. É preciso tomar decisões sobre o capital ou fornecer os dados para a Autoridade Tributária? A sua necessidade é fazer um balanço patrimonial ou decidir quanto dinheiro será investido?

Leia também: Fases de elaboração do orçamento e a integração entre as contribuições de todos os setores.

Então, tenho que escolher entre gestão financeira e contabilidade?

Calma, você não deve fazer esta escolha. O contabilista é um profissional indispensável para que as organizações mantenham o controle sobre seus números, transações bancárias e obrigações com a Autoridade Financeira. Já a gestão de financeira também é essencial, por que vai analisar se o seu desempenho financeiro atual é favorável, além de mostrar como a sua OSC deve proceder para um bom manejo financeiro. Por isso, a escolha deve ser por trabalhar com as duas áreas em parceria.

Leia mais: GESTÃO FINANCEIRA E O USO DE PLANILHAS ELETRÔNICAS: 5 DICAS.

No entanto, muitas vezes, o gestor está atento e preocupado com essas questões, mas a estrutura da sua OSC é pequena e não há verba para contratar profissionais especializados. Nesse contexto, ele precisa acumular a função de gestor financeiro com a responsabilidade de enviar as informações financeiras para o contador. Para essa OSC, recorrer à tecnologia de baixo custo para controlar estes processos também é uma atitude estratégica. Sendo assim, quando as diferenças entre as duas áreas são compreendidas, a OSC gerencia melhor suas receitas, prevê e evita com mais facilidade os problemas vindos de imprevistos financeiros, o que pode proporcionar às instituições um grande diferencial na hora de realizar a captação de recursos.

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Fonte: Educação Financeira para o Terceiro Setor – Manual do Participante Outubro/2017

fases da elaboração de um orçamento

Fases de elaboração do orçamento e a integração entre as contribuições de todos os setores

Anteriormente falamos sobre os 3 principais papéis do orçamento de uma OSC e 6 boas práticas para começar o montar o da sua organização. Hoje vamos abordar as 6 principais fases da elaboração do orçamento de uma OSC.

São elas:

1 – Planejamento;

2- Coleta de dados e indicadores estatísticos;

3 – Discussão envolvendo todos os departamentos,

4- Consolidação

5 – Implantação

6- Controle.

Por exemplo, durante a fase de discussão, cada departamento irá apresentar sua estimativa de receitas e despesas, que será ajustada posteriormente pela alta cúpula da organização. Assim:

  • O departamento administrativo irá apresentar sua previsão de volume de receitas e de despesas operacionais, estimativa de honorários e custas processuais com ações em curso, indenizações a receber, etc.;
  • O departamento pedagógico irá delinear a estimativa de custos para a elaboração das atividades dos projetos da organização, ações específicas, além de conciliar isso com o calendário previsto da organização;

Por falar nisso, o que sua OSC leva em consideração para elaborar seu orçamento OSC? A organização possui um sistema de gestão que subsidie o fornecimento de dados? Se ainda não possui, este é o momento ideal para reunir a equipe e colocar em prática os passos mencionados acima para garantir que a sua OSC continuará realizando suas atividades de modo pleno e satisfatório.

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Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

orçamento osc

Orçamento de uma OSC

De forma simples, podemos dizer que o orçamento de uma OSC tem 3 papéis básicos:

  • Preparar a organização para os desafios do futuro (adequando-a para receber novos investimentos);
  • Corrigir falhas no processo de alocação de recursos ou;
  • Reduzir despesas para o próximo exercício (o mais comum).

O problema é que a maioria das OSCs enxerga o orçamento apenas sob a perspectiva de remediação emergencial e não de prevenção.

A prática do orçamento é uma das técnicas administrativas mais utilizadas pelas instituições e tem se tornado cada vez mais presente na administração de OSCs de pequeno e médio porte.

Sem a realização do orçamento de médio e longo prazo, trabalha-se pensando somente no mês (receitas e subvenções) e não é muito raro as equipes de gerentes e supervisores, não conhecerem os objetivos e as metas da OSC, o que leva a um desalinhamento estratégico, onde cada um faz o que “entende como melhor para a instituição”, desta forma não contribuindo para que organização alcance seus objetivos sociais e estratégicos.

Isto ocorre ainda mais em pequenas organizações, que por imaginarem que isso não faz parte da sua realidade, têm resistência em utilizar o orçamento como forma de gerir e prever resultados futuros. E nestas OSCs, pela sua estrutura organizacional e pela forma como são dirigidas, acabam ficando muito vulneráveis às mudanças do ambiente e, por isso, precisam desenvolver ferramentas de planejamento que possibilitem otimizar as decisões.

Mas não basta apenas realizar o planejamento estratégico e o orçamento e depois guardá-lo em uma “gaveta”.

É necessário realizar o seu acompanhamento mensalmente, ou seja, comparando o que foi previsto com o realmente está sendo realizado, corrigindo e redirecionando as ações a fim de assegurar o cumprimento das metas e objetivos estratégicos definidos.

Além disto, os ganhos de motivação e envolvimento da equipe são fantásticos, uma vez tendo participado da confecção do orçamento, todos passam a conhecer as metas e os objetivos da OSC, no mínimo para um ano e passam a buscar de forma sinérgica cumprir seus propósitos sociais.

Mas como podemos montar um orçamento?

Para responder a esta pergunta, vamos listar algumas boas práticas que facilitarão o entendimento e a aplicabilidade dessa ferramenta na sua organização:

1) Formato: lembre-se de que, diferentemente de um fluxo de caixa, o orçamento é uma previsão de receitas e despesas. Dessa forma, o formato de uma DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício) é adequado, fixando, na horizontal (linhas), as fontes de receitas e os elementos de despesa e na vertical (colunas), os valores estimados e valores reais (é desse confronto que serão feitos os ajustes ao longo do período).

2) O que deve ser incluído: o documento deve trazer dados como Receita Operacional Bruta (parcerias firmadas); Despesas Operacionais (despesas administrativas, despesas com pessoal), Despesas Financeiras Líquidas, Pagamento de Tributos, Investimentos, entre outros registros, a depender da natureza da OSC.

3) Referências: Conforme já citado, os dados serão estimados com base em levantamentos da performance da OSC ao longo dos últimos períodos, bem como em fatores externos macroeconômicos e mudanças legais. Dados de benchmarking também podem ser usados para garantir a adequação dos dados previstos.

4) Necessidade de diálogo: Se sua OSC é dividida em departamentos, os números que irão compor o orçamento devem ser construídos a partir de um amplo diálogo com todas as equipes envolvidas. Um orçamento feito de cima para baixo, de forma autoritária, tende a se tornar irreal, o que só deixará pior a situação financeira da organização.

5) Caráter incremental de um bom orçamento: O orçamento deve ser dinâmico e, portanto, ajustável ao longo do período, a depender de frustração de receitas ou elevação de despesas não previstas no início do processo. Não faça dessa ferramenta de gestão financeira um documento estático e utópico.

6) A OSC deve trabalhar com foco em 2 orçamentos: Um para o próximo exercício e outro para o médio/longo prazo (5 anos, por exemplo). A segunda deve ajudar a nortear a composição da primeira, semelhante ao que ocorre com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orgânica de Orçamento (LOA), no setor público.

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

planilhas eletronicas

GESTÃO FINANCEIRA E O USO DE PLANILHAS ELETRÔNICAS: 5 DICAS

Ao pensar em gerenciamento financeiro e registro de dados financeiros, logo pensamos em planilhas cheias de números e fórmulas. Mas você já parou para pensar se elas são mesmo a melhor solução para a sua OSC? Elas oferecem mais benefícios ou complicações?

Por um lado, se você está pensando em controlar de alguma forma as finanças da sua organização, já é um excelente ponto de partida! Isso demonstra que você já entendeu que só com o conhecimento das finanças, uma organização consegue alcançar seus objetivos, ainda mais quando esta pertence ao terceiro setor.

Veja também: Fluxo de Caixa em Organizações da Sociedade Civil

Além disso, quanto antes um software específico de gestão for utilizado, maior será seu controle financeiro da OSC, aumentando as chances de sua instituição crescer de forma saudável e escalável.

Saiba mais: Etapas do Ciclo de Fluxo de Caixa

Planilhas são soluções genéricas para variados tipos de necessidades; são um “faz tudo” do mundo digital. Para torná-las uma boa ferramenta de gerenciamento financeiro é necessário investir algum tempo de trabalho.

Leia mais: É difícil preparar o fluxo de caixa?

Então, se você não confia suas necessidades diárias a um profissional genérico, por que confiaria algo de primeira importância como o gerenciamento financeiro da instituição na qual você trabalha a uma solução tecnológica genérica?

Leia também: Controles Financeiros: Apuração de Resultados

Vamos ver alguns motivos pelos quais recomendamos o uso de planilhas eletrônicas para fazer o gerenciamento financeiro de uma instituição, salientando o cuidado que a OSC deve investir nessa construção. Listamos 5 itens relevantes que devem ser observados pela OSC, caso ela opte pelo gerenciamento financeiro em planilhas eletrônicas:

  1. PLANILHAS PRECISAM SER PLANEJADAS:

Para um uso sadio dessa ferramenta, é muito importante entender que usar uma planilha não significa apenas abrir o arquivo e sair usando. Para obter um material com foco no seu objeto e que atenda satisfatoriamente às necessidades da instituição, é preciso investir algum tempo nesse trabalho.

É muito importante que a pessoa escolhida para realizar essa tarefa, tenha conhecimentos sólidos para tal; isso também interfere em outro ponto: além de precisar formatar o visual da planilha, pense que ainda é necessário criar as fórmulas matemáticas que atendam às demandas da sua organização, o que exige conhecimentos ainda mais avançados da ferramenta.

Imagine o cenário: você ou quem cuida da parte financeira da organização não têm conhecimentos aprofundados em planilhas, mas mesmo assim decidem arriscar. Logo no início compreendem que não é tão fácil criar um fluxo completo de todas as atividades que realizam, também não conseguem obter os resultados desejados porque não têm conhecimento sobre como funcionam as fórmulas que fazem os cálculos nesses programas.

Por isso, se sua OSC optar por trabalhar com planilhas, que sem dúvidas, trará um belo custo x benefício ao longo do tempo, entenda que vocês são responsáveis, não só por inserir os dados da instituição, mas também por entender o seu correto funcionamento bem como disseminar esse conhecimento. Certamente, passada a fase de implantação do uso da planilha, depois, conforme for usando outras funcionalidades que ela proporciona, como orçamentos e cobranças, os dados são inseridos automaticamente. Para ter ainda mais tranquilidade de que a solução é a ideal para sua instituição, invista um tempo considerável na montagem dos seus dados gerenciais.

2.PLANILHAS ESTÃO MAIS PROPENSAS A ERROS:

Ao lidar com dinheiro, sobretudo dinheiro no terceiro setor, o que menos queremos é detectar falhas em operações financeiras. Isso por que a reputação e a confiabilidade para uma OSC são fundamentais para que os recursos continuem entrando e a saúde financeira se mantenha estável.

Quando se usa planilhas, é preciso inserir dados manualmente e muitas vezes inserir os mesmos dados em mais de uma planilha. Esse tipo de processo exige muita atenção, pois essa transição do conteúdo entre arquivos também pode gerar equívocos até mesmo por engano do operador ou desconhecimento de processos de trabalho.

Além de falhas de digitação ou ao copiar e colar dados de um arquivo para outro, corre-se também o risco de erros serem cometidos também nas fórmulas que fazem os cálculos. Imagine o cenário: você ou quem cuida da parte financeira da organização têm de inserir os mesmos dados em diferentes planilhas de controle repetidamente.

O fluxo de trabalho é o seguinte: na primeira planilha, os dados são digitados. Da segunda em diante, eles são copiados. Acontece que na terceira planilha o editor descobre que desde a primeira está replicando um erro de digitação. Não resta outra solução que não voltar à primeira, recomeçar o trabalho e perder tudo o que já havia sido feito. Esse ainda é um bom cenário, pois se descobriu o erro em tempo hábil de ser corrigido sem que tenha gerado prejuízo. Seria ainda pior descobrir tardiamente, por exemplo, que os cálculos estão equivocados. Portanto, é fundamental estar muito atento no momento do preenchimento dos dados.

3.INFORMAÇÕES MAIS PRECISAS:

O controle financeiro pode ser bastante complexo, uma vez que diversos dados precisam ser coletados. Com o auxílio de uma planilha, as informações não ficam espalhadas em diversos locais podendo causar erros.

Por outro lado, utilizar uma boa planilha proporciona um processo consistente de entrada dos dados financeiros, bem como organiza todas as informações em um só local. Assim, o gestor da OSC consegue ter uma visão ampla rapidamente, obtendo projeções precisas.

4.CONTROLE DE ACESSOS A DADOS GERENCIAIS:

Segurança da informação é um tema sério e delicado, sabemos disso. Medidas de segurança são fundamentais para qualquer organização que trabalhe com arquivos digitais e que não queira ver seus dados espalhados pela internet ou em mãos erradas, por exemplo. Isso por que, por mais públicos e transparentes que devam ser os dados de uma organização do terceiro setor, esse tipo de empreendimento ainda lida diariamente com informações sensíveis, como dados de doadores, fornecedores, beneficiários, cuja divulgação pode desencadear consequências sérias. Em termos práticos, quando se usa planilhas financeiras, é possível bloquear os dados para que fiquem seguros e restritos a quem de fato são pertinentes,

5.SUA ORGANIZAÇÃO TEM PODER DE ESCALABILIDADE:

Tudo o que uma organização quer e precisa é crescer para poder atender mais pessoas e gerar mais benefícios para a sociedade como um todo, certo? Porém, se não tivermos noção das movimentações financeiras da instituição, dificilmente ela conseguirá alcançar seus objetivos.

Por sua viabilidade econômica – a maioria das OSCs possuem acesso -, as planilhas eletrônicas acabam sendo boas (e baratas) soluções de longo prazo para organizações que pretendem se voltar ao crescimento para levar seus benefícios a mais pessoas.

Além disso, quanto mais a organização cresce, maiores são também as complexidades acrescentadas aos seus processos. Mesmo em menor escala, quando se sai de uma operação de três pessoas para uma de cinco pessoas, por exemplo, a diferença já é notada. Os softwares de gestão são pensados exatamente para suprir as necessidades de gestão desde as pequenas organizações até as grandes instituições, pois trabalham com o conceito de escalabilidade. Esta é uma característica simples, mas poderosa pela capacidade de absorver o impacto gerado pelo crescimento das operações feitas por seu usuário. A vantagem em se adotar desde o início um software de gerenciamento financeiro, especialmente para o terceiro setor, é a organização que este proporciona ao mesmo tempo que oferece os insights certos para posicionamento estratégico dentro do próprio setor.

Como vimos, são muitos benefícios que podemos obter a partir do uso de planilhas eletrônicas para fazer o gerenciamento financeiro de uma organização, desde que haja um bom planejamento, comprometimento e atenção na hora de alimentar os dados da instituição.

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

apuração de resultados

Controles Financeiros: Apuração de Resultados

Durante as últimas semanas, temos falado sobre a importância dos controles financeiros nas entidades do Terceiro Setor. Além de explicar o por que da relevância dos controles financeiros, também falamos sobre cada um deles: controle diário de caixa, controle bancário, controle de contas a receber, controle de contas a pagar, controle mensal de despesas e falamos muito sobre Fluxo de Caixa.

Leia também: Etapas do Ciclo de Fluxo de Caixa e É difícil preparar o fluxo de caixa?

Após realizar todos os controles financeiros é preciso apurar os resultados.

APURAÇÃO DE RESULTADOS

A apuração de resultados é um instrumento de gestão econômica que possibilita ao gestor conhecer os resultados de seu negócio, no fim de determinado período, como por exemplo, no fim cada mês, de cada trimestre, de cada semestre ou de cada ano.

A apuração de resultados representa a diferença entre as receitas totais e os e as despesas totais (do período que se pretende apurar). Considerando que você já mantém os controles financeiros organizados e atualizados, então sua OSC tem as informações necessárias para fazer a apuração de resultados mensais.

Recomenda-se que este controle seja feito trimestralmente para que a organização consiga estabelecer um processo consistente para recebimento da informação e sua posterior análise.

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017