Neste artigo vamos abordar a questão da sustentabilidade econômica das organizações do Terceiro Setor. Considerado como o grande desafio das entidades, a busca pela estabilidade e segurança financeira é motivo de grande e permanente preocupação por parte dos gestores e colaboradores. Para conseguir a almejada autossustentabilidade, o melhor caminho pode ser a ampliação das fontes de recursos, priorizando a atração, manutenção e fidelização dos doadores e financiadores.
Quando se fala em sustentabilidade, a primeira ideia que surge é o conceito relativo à capacidade de suprir as demandas atuais, sem comprometer o atendimento das necessidades de gerações futuras. Este é o senso de responsabilidade social que deve ser praticado por nós (pessoas físicas) e também pelas organizações, sejam elas com fins lucrativos ou não.
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No entanto, o que pretendemos abordar aqui é a questão da autossustentabilidade das organizações do Terceiro Setor. Também conhecida como sustentabilidade econômica, ela diz respeito à capacidade das instituições conseguirem angariar recursos suficientes para realizar o pagamento de suas despesas, quitar suas obrigações e cumprir a missão estabelecida no Estatuto Social.
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Alcançar uma situação de tranquilidade financeira sempre foi a grande preocupação das organizações da sociedade civil. Essas entidades, em sua maioria, enfrentam diariamente a árdua e exaustiva tarefa de ajustar amplos programas, projetos e ações a limitadas receitas, quase sempre oriundas de doações privadas, de benefícios governamentais e de acordos firmados com o poder público.
Infelizmente, não há uma fórmula mágica para fazer com que as instituições se transformem em empreendimentos autossustentáveis.Porém, na busca pela sustentabilidade é importante investir na captação, diversificação e ampliação das fontes de recursos.
Apesar de não ser tarefa fácil, é necessário aceitar o desafio e direcionar esforços para conseguir ter vários doadores ou financiadores, permanentes ou de longo prazo, ao mesmo tempo.
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Essa diversificação pode garantir a manutenção da entidade no caso de perda de um ou alguns de seus mantenedores. Pois, quando se tem poucas ou uma só fonte, o afastamento desse(s) financiador(es) pode até mesmo levar a instituição à encerrar suas atividades.
Dentre as principais fontes de recursos, destacam-se:
• doações espontâneas
• patrocínios
• subvenções sociais
• auxílios
• incentivos fiscais
• transferências voluntárias por parte do Poder Público (convênios, Contratos de Patrocínio, Termos de Parceria, Contratos de Repasse,
Contratos de Gestão)
Além de atrair novos doadores e financiadores, é importante também a manutenção e fidelização dos já existentes. Isto vai depender muito de como e onde estão sendo aplicados os valores doados e transferidos. É importante informar a esses investidores, por exemplo, as atividades que foram realizadas, quais metas foram alcançadas e quantos beneficiários foram atendidos.
Portanto, a prestação de contas elaborada e apresentada de forma tempestiva e coerente, mesmo quando não exigida, demonstra transparência e gera pontos positivos para a instituição. É através dessa demonstração dos gastos realizados e sua correlação com as atividades desenvolvidas, que o doador/ financiador poderá voltar a investir recursos, já que consegue visualizar os resultados alcançados.
Quanto aos novos investidores, estes têm buscado identificar características como honestidade, responsabilidade, capacidade técnica, experiência e, principalmente, transparência para decidir em quais entidades irão depositar sua confiança e seus recursos.
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Fonte: Gestão para Organizações do Terceiro Setor, Nailton Cazumbá + NOSSA CAUSA.
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