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11 Coisas que você precisa saber antes de fazer uma doação

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11 Coisas que você precisa saber antes de fazer uma doação

Dados apresentados pela CPM – Centro de Pesquisa Motivacional, revelam, por exemplo, que 54% dos jovens brasileiros querem ser voluntários mas não sabem como começar. Os motivos são diversos. Em geral, as pessoas fazem doações ou contribuições por pressão do grupo, culpa, obrigação ou por prazer. Seja qual for o seu motivo, é preciso encarar o ato de caridade como um negócio, que envolve pesquisas prévias, definição de metas e acompanhamento dos resultados. Estas 11 dicas poderão te ajudar a fazer uma doação da melhor forma possível. 

Leiam também: Mudança de carreira: do mercado financeiro a uma revolução no terceiro setor

1) Aprenda com os erros dos outros

 

Se você não tem experiência no assunto, vá com calma. Afinal, ninguém quer ver seu dinheiro escorrer pelo ralo. Primeiro, aproxime-se de quem já está habituado a fazer doações, como amigos, vizinhos ou representantes da comunidade. Aprenda como essas pessoas executam as contribuições. Tire suas dúvidas, peça dicas, questione, discuta vantagens e desvantagens, “Esse primeiro contato é muito importante, porque, com ele, você poderá evitar enganos que já foram cometidos pelos outros”, afirma o especialista Léo Voigt.

2) Defina a área que mais precisa de sua ajuda

Você já pensou em ajudar crianças e adolescentes carentes? Ou, então, em contribuir com projetos de recuperação do meio ambiente? Que tal bancar parte do tratamento de doentes de câncer? Todas essas áreas precisam muito de ajuda, mas você deve escolher uma. Essa decisão é resultado de sua própria reflexão. Se optar por mais de uma área, tenha cuidado para não se perder em meio a vários projetos e objetivos diferentes.

3) Em que região deve estar localizada a entidade beneficiada?


O próximo passo é a escolha da área geográfica. Muitas pessoas preferem estar bem próximas das entidades que ajudam: a creche do bairro ou a entidade que abriga deficientes físicos da própria cidade. Nesse caso, há uma vantagem. Você poderá verificar no dia-a-dia, como suas contribuições serão aplicadas. Outras pessoas acreditam que projetos em outros estados, como as famílias atingidas pela seca no Nordeste ou a destruição da Floresta Amazônica, são mais importantes. Entidades locais ou não, a escolha é sua.

4) Monte uma lista das entidades candidatas à doação

Esta etapa é a mais trabalhosa. Apesar de já ter em mente o perfil da instituição que pretende apoiar, é preciso definir uma. Para isso, comece com um levantamento de todas as entidades que se enquadram nas características traçadas anteriormente. Consulte as registradas nos conselhos Municipal e Estadual. Estes últimos são órgãos, compostos por representantes do governo e pela população, que acompanham e auxiliam o trabalho de algumas entidades beneficentes.

Normalmente, eles têm um material amplo sobre as instituições e suas atividades. No caso de crianças, há o Conselho da Criança e do Adolescente, que poderá oferecer informações. As Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais podem ser uma referência para quem pretende ajudar esse grupo.

5) A visita às instituições pode ser fundamental para uma decisão correta

Depois da pesquisa, escolha duas ou três instituições que mais se adequam aos seus critérios e faça uma visita.  Descubra qual é a essência do trabalho desenvolvido. Por exemplo, numa creche, os dirigentes não devem apenas dizer quantas crianças abrigam, mas como o fazem, quais os projetos para incrementar as atividades ou as metas para ampliação do prédio onde está localizada. “O objetivo de uma instituição não lucrativa é melhorar a qualidade do seu serviço a cada dia”, afirma Allison Fine, diretora executiva da Innovation Network, uma consultoria de entidades beneficentes de Washington, Estados Unidos.

Peça também uma lista das pessoas que estão na linha de frente da entidade. Conheça melhor suas idéias e seus valores. Quanto mais você mantiver contato com essas pessoas, menos surpresas desagradáveis terá. Não tenha vergonha de pedir informações sobre as finanças da entidade. Pergunte se as contas são controladas por alguma auditoria periódica. Peça para dar uma olhada nos balanços. Se o trabalho for sério, a direção da entidade não terá problema algum em apresentar esses dados.

 

6) Desenvolva um trabalho em conjunto com a entidade



Definido o nome da instituição, é hora de você começar a trabalhar em parceria. Léo Voigt sugere que a entidade apresente um projeto por escrito para o qual seria destinada a doação. Um roteiro de como serão feitos os investimentos, qual o retorno que se espera do projeto, prazos etc. “Um dos principais erros cometidos atualmente pelas pessoas e empresas que fazem doações é que elas não se informam direito sobre o que será feito com o dinheiro e criam expectativas, muitas vezes, irrealistas. Acham que vão mudar o mundo”, afirma Voigt. Em alguns casos, quando se sabe qual será o projeto beneficiado, é possível organizar um calendário de doações. Elas podem até ser realizadas em etapas e não de uma só vez.
Além disso, ao ter em mãos um documento fica muito mais fácil cobrar depois.

 

7) Esteja atento aos resultados

Não pense que sua participação chegou ao fim. Se você desistir agora, pode pôr tudo a perder. Para qualquer doação ser eficaz, você precisa acompanhar os resultados. Para estar ligado, peça informes periódicos para a entidade. Dados como o número de pessoas beneficiadas pelo projeto, o que foi concluído e o que ainda falta. Dessa forma, você corre menos riscos de ver seu dinheiro aplicado em projetos ineficazes. “Se você faz uma doação para uma escola pobre, não quer ver seu dinheiro aplicado na reforma da sala do diretor, mas na compra de material didático para os alunos”, diz Voigt.

 

8) Você não é o dono da bola só porque fez uma contribuição à entidade

Tenha cuidado para não inverter os papéis. Não é porque você fez uma doação para determinada entidade que poderá entrar lá e comandar tudo do seu jeito. É preciso respeitar o trabalho da instituição e até ajudar com seu conhecimento ou experiência, mas sem mudar o que já é feito com eficiência.

9) Há Benefícios Financeiros?

Os benefícios financeiros de se fazer uma doação são irrisórios. Não há um programa eficaz de estímulo à filantropia no país. Uma das exceções é a cultura. Qualquer pessoa pode ajudar o financiamento de um projeto cultural e ter esse valor deduzido até 6% (pessoa física) e 4% (pessoa jurídica) do imposto a pagar. No caso dos filmes, a dedução é de até 3%. Quem ultrapassa esses limites não tem restituição sobre o excedente. Além da cultura, as doações ao fundo da Criança e do Adolescente também contam com benefício fiscal. O limite da dedução do imposto é de 6% para pessoa física e 1% para pessoa jurídica.

10) Talvez você possa ser um sócio-contribuinte


Você não tem tempo para fazer tudo isso. Sua carga horária no trabalho e com as atividades em casa está totalmente tomada. Você não tem condições de acompanhar os resultados do projeto e nem manter um contato mais próximo com a entidade. Há ainda uma última saída. Você pode tornar-se sócio-contribuinte. Nesse caso, você escolhe a entidade e faz doações periódicas. Nos fundos dos conselhos municipais e estaduais ou da Criança e do Adolescente, por exemplo, a própria comunidade realiza a fiscalização periódica sobre o destino das verbas recebidas. Não há necessidade de um acompanhamento mais intenso.

11) Seja voluntário

Você pode ainda contribuir com entidades beneficentes sem fazer doações em dinheiro. Seja um voluntário. Para isso, aproveite seu conhecimento ou experiência em determinada atividade e ponha isso em prática. “O voluntário de hoje pode ser o doador de amanhã”, afirma Stephen Kanitz, organizador do Prêmio Bem Eficiente. Se você não souber por onde começar, na Internet (www.voluntarios.com.br) há uma lista de mais de 4 850 entidades que precisam de seu trabalho. É só dar um clique no seu mouse e pôr a mão na massa.

Fonte: Adaptado de http://www.filantropia.org/11CoisasAntesDeDoar.htm

gestao e planejamento no terceiro setor

Terceiro Setor: GESTÃO E PLANEJAMENTO – UMA DUPLA INSEPARÁVEL

Quem atua na Sociedade civil desenvolve um trabalho por amor à causa, mas engana-se quem pensa que essa é uma tarefa fácil.

Podemos destacar o trabalho por um bem maior, conhecer pessoas que nos mostram o significado da palavra solidariedade, grandes desafios e uma oportunidade imensa de crescimento profissional e pessoal.

O controle financeiro de uma organização é a principal ferramenta de que se deve fazer uso para atingir o objetivo final de todo o “empreendimento”, a sustentabilidade. Entretanto, apesar de tratar-se de uma constatação simples e quase óbvia, analistas apontam o descontrole financeiro como uma das principais causas do fechamento precoce da maioria das organizações que funcionam no Brasil.

Os gestores querem o crescimento das suas organizações, e, motivados unicamente pelo sonho, investem nesta empreitada, sem o menor preparo, nem planejamento financeiro. E aí é que mora o perigo, ignorar exatamente a espinha dorsal de uma gestão bem-sucedida: o controle financeiro.

Seja fazendo o uso de um caderno de controles, de planilhas financeiras ou recorrendo a softwares de gestão mais sofisticados, o importante é que esse controle seja feito! O método fica a seu critério, mas opte por aquele que satisfizer melhor às necessidades da sua organização.

Não é necessário que todas as organizações controlem todas essas funções. A verdade é que o nível de gestão financeira vai depender das características e tamanho da OSC em questão. De toda forma, se você não está alinhado com alguns ou todos esses pontos, talvez precise repensar como as finanças da sua organização estão acontecendo.

Após essa breve reflexão, vamos alertá-lo quanto aos maiores inimigos da boa gestão financeira. Aqueles que, com o passar do tempo, podem fazer seu sonho virar seu maior pesadelo!

Leia também: AFINAL, O QUE É GESTÃO FINANCEIRA?

Estabelecer um sistema de gerenciamento inefetivo

Antes de ingressarmos nos detalhes, é importante dizer que toda organização deve manter um sistema de gerenciamento – vale dizer que não se trata de um software avançado, mas sim de controle – em funcionamento constante para que se possa desenvolver um controle financeiro eficiente. Todas as operações envolvidas na sua OSC devem ser conhecidas e bem gerenciadas, caso contrário, isso refletirá negativamente na sua saúde financeira. Se sua organização ainda não tem estabelecido esse sistema, a hora de implantá-lo é agora, antes que possíveis erros tomem proporções tão grandes que possam comprometer as finanças de sua organização de maneira irreversível.

Haver descontrole do fluxo de caixa   

Manter o controle do fluxo de caixa vai muito além de somente acompanhar entradas e saídas de dinheiro. Sim, é importante registrar essa movimentação corretamente, sem dúvida. Mas a importância de se controlar o fluxo de caixa é muito maior. O fluxo de caixa serve para planejar o futuro financeiro da OSC, e planejamento é a chave para o sucesso. É a garantia de não ser pego de surpresa, de ficar inesperadamente no vermelho e sem capital de giro para se manter de pé.

Mas para que seu planejamento seja eficiente, você deve ser capaz de fazer projeções realistas, que reflitam tudo que for financeiramente relevante para a sua organização. Isso por que é com base nessas projeções que se tem tempo de pensar nas providências necessárias, seja renegociando pagamentos para evitar que seu caixa fique no vermelho ou barganhado descontos para pagamentos antecipados, toda movimentação financeira da organização deve ser condizente com as projeções do seu fluxo de caixa. Pense também nos seus prazos e como eles influenciarão sobre as suas decisões.

Perder de mão esse controle é contar com a sorte; é ter que pagar multas desnecessárias quando seu saldo estiver inesperadamente descoberto; é correr o risco de quebrar podendo ter a oportunidade de manter-se sólido.

Uma boa dica é especificar um horário semanal para fazer a atualização do seu fluxo até que seu sistema esteja totalmente sob controle. A tendência é que esse comportamento se torne automático, isto é, faça parte das suas funções rotineiras.

Portanto, faça a manutenção do controle financeiro e preze pela saúde financeira da sua organização. Se for o caso, utilize uma ferramenta de gestão para garantir que você não se perca nas finanças da instituição.

Desconhecer seu custo

O objetivo financeiro de toda a OSC é a sustentabilidade, portanto, garantir a sustentabilidade deve ser o objetivo final de toda organização. Mas para que se possa alcançá-la e garantir que ela exista, é fundamental que sejam conhecidos os custos dos serviços ofertados, assim, pode-se calcular o valor real da operação, por isso inclua a margem de sustentabilidade desejada.

Misturar finanças pessoais com as da organização

Eis aqui um dos pecados mais recorrentes cometidos nas organizações, principalmente nas pequenas. É muito comum que os parceiros/associados utilizem dinheiro próprio para pagar despesas da organização e vice-versa, o que não é nada bom para a saúde financeira da organização.

Para começar, a confusão de despesas e mistura de caixas interfere no cálculo dos custos fixos que, como já vimos, são importantes para se calcular precisamente a sustentabilidade da organização. Portanto, não manter a separação de gastos pode dar ao gestor da OSC a falsa ilusão de que sua organização está mantendo um bom nível de sustentabilidade quando, de fato, não está.

Essa falta de controle do que é pessoal ou não pode parecer banal, mas é um dos erros que mais contribuem para o fim das atividades de muitas organizações.

Ignorar o controle de estoque

Não controlar o estoque da sua organização pode afetar seu negócio de várias maneiras bastante prejudiciais, inclusive para a reputação da sua OSC. Por conta disso, você pode acabar não sabendo exatamente quanto você deveria ter/usar de material e o quanto, de fato, usa. Fora isso, você ainda pode correr o risco de acabar usando produtos vencidos ou com a qualidade comprometida; pode ter gastos extras por estocar produtos desnecessariamente; você corre o risco de acabar estocando demais o que é usado de menos; enfim, no final das contas, pode acabar tendo que arcar com custos extras que, como já vimos, afetam a margem de sustentabilidade da sua organização. E quando o descontrole é em grande escala, é provável que o déficit também o seja!

Esquecer de registrar todas as operações

Toda e qualquer operação financeira que ocorre dentro da sua organização deve ser registrada, independentemente do valor. É um erro muito comum que as organizações subestimem o registro de algumas operações, principalmente quando envolvem valores baixos. O que acontece é que, em um primeiro momento, dificilmente isso aparece com relevância no diagnóstico financeiro da organização, porém pequenos gastos ao fim de um longo período tendem a se transformar em um gasto grande, e esse sim tem o poder de afetar a saúde da OSC, às vezes, até de maneira definitiva. Portanto, não subestime pequenos gastos, registre todos, eles também devem fazer parte do que se chama controle financeiro.

Ignorar despesas ocultas

Por mais programado e organizado que se seja, é impossível prever todas as despesas que possam existir. Sempre surgem aquelas, com as quais não se contava, por mais preparo e planejamento que haja. Pode ser um imprevisto, um acidente no trabalho, enfim, há sempre algo que não foi imaginado, mas que pode acarretar danos consideráveis.

Para se prevenir contra essas possibilidades, é sempre importante fazer uma reserva mensal, destinada justamente para garantir esses tipos de despesas ocultas. Essa medida é muito benéfica para que sua OSC não corra o risco de ficar no vermelho caso tenha que arcar com despesas imprevistas, altas o suficiente para comprometer sua saúde financeira.

Acredito que o sentimento de diversos gestores de instituições foi: “E agora?”. Felizmente, para você que perdeu o fio da meada, seja bem-vindo ao clube. Neste curso vamos aprender alguns métodos de controle e planejamento financeiro. Verdade seja dita, essa fase não tem embalagem, nem rótulo para nos dizer sua validade. Então, está em tempo de você replanejar sua organização! Sem sombra de dúvidas essa ação se torna fundamental para sua OSC, visto que muitos não se preocuparam em prever ou antecipar suas receitas, despesas e ações.

Convoque seus colaboradores e parceiros para uma conversa, um diálogo participativo. Coloque na ponta do lápis quais os gastos que podem ser diminuídos para manter a estrutura funcionando, as ações que são mais importantes e projetos futuros.  E não se mantenha na inércia, coloque o projeto de baixo do braço e vá à luta. O fato de estar passando por uma crise não é desculpa para abandonar a causa.

Fonte:

Educação Financeira para o Terceiro Setor

Manual do Participante Outubro/2017

 

como realizar transição de carreira para o terceiro setor

Mudança de carreira: do mercado financeiro a uma revolução no terceiro setor

Ela disse um sonoro não ao abonadíssimo mercado financeiro de Londres para começar do zero no incerto mundo das ONGs. Daniela Barone Soares, 40 anos, havia decidido que não correria mais atrás do primeiro milhão, do segundo… A virada aconteceu em 2004, exigiu a troca de apartamento e o corte de alguns mimos e fricotes, mas lhe caiu muito bem. Essa mineira de Belo Horizonte – aluna AAA do curso de economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e pós-graduada na meca dos administradores, a escola de negócios de Harvard com bolsa da Fundação Estudar – é um dos nomes mais respeitados do terceiro setor na Inglaterra.

Já foi chamada de “anjo dos negócios” pelo jornal The Guardian e, em 2009, entrou para o ranking das 100 personalidades “que fazem o Reino Unido mais feliz”, do jornal The Independent. Foi dessa maneira que a revista Claudia apresentou Daniela em uma matéria de destaque em 2010. Aquele foi um período de muita visibilidade da carreira de Daniela, que naquele momento recebia o reconhecimento pela mudança radical de carreira feita anos antes.

Leia também: Como seguir carreira em impacto social

Mudança de carreira

Daniela teve uma carreira muito bem-sucedida no mercado financeiro antes de entrar no terceiro setor, onde há mais de dez anos lidera a ONG Impetus. A organização arrecada doações para entidades filantrópicas e ensina a elas gerenciamento, administração e formas de obter financiamentos, uma área de trabalho recente, baseada no know-how do mercado financeiro.

A convite da ImpulsoBeta, Daniela aceitou compartilhar um pouco de sua jornada profissional e inspirar pessoas em movimentos ousados de carreira em busca de seus sonhos. Fiquem com a Daniela:

O que você planejava para a carreira na época da faculdade?

Na época, eu sabia que queria fazer a diferença, mas não sabia ainda como. Tinha pensado em seguir carreira política, brevemente, mas na área social não via muitas alternativas que tivessem o meu perfil. Fui trabalhar no setor financeiro, combinando meu interesse na área com a visão de que a experiência no setor abriria portas futuramente.

Com menos de 30 anos você já era vice-presidente do BancBoston Capital. Como foi esse momento da sua carreira, estando na liderança tão cedo?

O BancBoston Capital na Inglaterra tinha uma estrutura super flat, a hierarquia era muito pouca. Era um escritório pequeno, cobrindo toda a Europa, então era muito empreendedor. Eu focava mais nos países Ibéricos e Itália — desde construir relacionamentos para co-investimento até efetuá-los e integrar o conselho. Era uma mistura de estratégia, análise, finanças e empreendedorismo, pois estávamos apenas começando a fazer investimentos em private equity nas empresas desses países.

Acho que em private equity, em geral, é necessário bastante thick skin (pele grossa). Time pequeno, muita viagem, o tempo todo, trabalho bem intenso, num ambiente quase exclusivamente masculino. E bom humor unido a competência é essencial.

Em que momento você começou a decidiu mudar seus rumos profissionais?

Eu gostei da minha experiência de private equity e venture capital. Mas encontrei algo que faz muito mais sentido pra mim. Na verdade, sempre fiz voluntariado, geralmente diretamente com as pessoas carentes. Quando estava trabalhando em private equity, tive a oportunidade de ajudar uma CEO de uma ONG a fazer um plano de negócios, a estruturar a organização, a pensar mais estrategicamente. Esse foi meu grande ‘insight’: ver que as habilidades que adquiri no meu MBA e na carreira em private equity e venture capital, onde se tem uma visão mais abrangente de negócios, eram muito relevantes para o terceiro setor. Então veio a determinação de combinar essas habilidades de negócios, gerenciamento e empreendedorismo com algo onde eu pudesse fazer uma diferença social maior e mais significativa.

E como foi a adaptação para o terceiro setor?

A adaptação foi fácil e difícil. Fácil pois foi imensamente gratificante. Difícil pois no ano seguinte recebi menos de salario do que tinha pago de imposto no ano anterior. Fácil porque realmente escolhi uma posição onde minhas habilidades eram incrivelmente úteis e em demanda. Difícil porque tinha muito o que aprender em relação ao setor, à dinâmicas do setor e o constante malabarismo de fazer ‘mais com menos’, pois recursos são sempre escassos em relação ao problema social que se quer resolver.

Quais são para você suas principais realizações profissionais e pessoais?

Estou há quase 10 anos no comando da Impetus. Nesse período, a organização passou de uma startup de duas pessoas full-time para uma organização de excelente reputação e reconhecimento na Inglaterra, dez vezes maior em receita, com 45 funcionários e tendo investido e escalonado mais de 50 instituições, alcançando mais de 250 mil pessoas no ano passado. Ter dado forma a essa organização incrível foi um grande privilegio.

Pessoalmente, construí uma carreira onde tenho participação ativa em todos os três setores da economia e adoro isso. No terceiro setor como CEO da Impetus, no setor corporativo como Diretora Não-Executiva dos Conselhos de Administracao da Evora S.A. holding no Brasil e da Halma Plc na Inglaterra, e no setor publico como co-fundadora do Education Endowment Foundation, um fundo de £140m (R$ 630 milhões) do Departamento da Educção da Inglaterra, alem de participação ativa em duas grandes iniciativas do Primeiro Ministro David Cameron: Big Society Capital (o primeiro banco de investimentos sociais no mundo) e, mais recentemente, o G8 Social Impact Investment Taskforce, onde participei como chair de uma das iniciativas, sendo homenageada pelo Chanceller, George Osbourne.

Que dicas você dariam para mulheres que estão passando por uma transição de carreira?

Bem, depende muito da carreira e da trajetória de cada um. Em geral, pela minha experiencia, eu diria:

♦ Busque se autoconhecer, veja profundamente o que motiva você.

♦ Traduza suas motivações em pré-requisitos para o que você busca.

♦ Converse com muita gente que já fez este percurso que você quer fazer e veja o que se aplica a você.

♦ Se tiver oportunidade, experimente! Teste o campo onde quer atuar, sem compromissos de longo prazo (engaje-se em projetos, voluntariado, etc). Teste suas hipóteses na prática.

♦ Ainda que seu primeiro emprego na nova área não seja o que você sonhou, persista. Sua determinação e amor ao que faz criarão oportunidades dentro ou fora dessa primeira posição.

E para mulheres que aspiram chegar a uma posição de alta liderança, qual o conselho?

A história de cada pessoa é diferente, então não existem caminhos predefinidos. Importante em qualquer caminho é o autoconhecimento e autoaprimoramento. Saber como contribuir em cada situação, saber onde investir seu tempo e habilidades, saber o que se quer e aonde se quer chegar. Definir, por si própria, o que sucesso significa – e avaliar-se de acordo, honestamente. Entender profundamente o que motiva e energiza você e então ir atrás de uma carreira coerente com isso. Para mim, liderança natural é aquela que combina paixão com competência e disciplina na implementação.

Fonte: https://www.napratica.org.br/do-mercado-financeiro-a-uma-revolucao-no-terceiro-setor/

 

gestão financeira

AFINAL, O QUE É GESTÃO FINANCEIRA?

Por que a gestão financeira é uma parte tão importante no desenvolvimento da minha OSC?

Você sabia que o desenvolvimento financeiro de uma OSC nasce com o planejamento? Pois essa origem é bem óbvia, se você parar para pensar, afinal, para se colocar um negócio em funcionamento, é preciso investir capital, adquirir insumos, contratar funcionários e uma infinidade de quesitos que parecem não ter fim.

Como a entrada e a saída de dinheiro da OSC são constantes, aí se tem a importância da gestão financeira. Sem saber como gerenciar adequadamente o dinheiro, a entidade pode vir a esgotar sua fonte de recursos em pouco tempo. E a falência não é exatamente o destino que uma OSC deseja para si, não é mesmo?

Ao mesmo tempo, tão importante quanto o controle pontual das entradas e saídas é a saúde financeira no desenvolvimento institucional como um todo, já que faz parte do crescimento ideal da organização a sustentabilidade para a OSC.

É claramente perceptível que a gestão financeira deve ser levada com a seriedade que merece, uma vez que sua negligência pode comprometer seriamente a saúde da OSC. E foi pensando nisso que resolvemos selecionar aqui alguns dos motivos pelos quais a importância das finanças deve ser levada a sério. Ficou curioso? Então acompanhe:

A gestão financeira lida com a maximização de resultados, sendo responsável pela utilização consciente de recursos e pela melhoria de processos e procedimentos que podem potencializar os resultados da OSC, reduzindo desperdícios e aumentando, assim, as receitas. Esse é um ponto primordial da no desenvolvimento organizacional, pois a instituição só poderá se desenvolver se tiver recursos para tal.

Se o assunto é a importância da gestão financeira, é preciso tratar de suas possibilidades de melhoria, de modo que se possa investir cada vez mais em recursos e ferramentas que otimizem o trabalho e os resultados da OSC.

O primeiro passo para focar sua gestão no desenvolvimento institucional é ter uma equipe devidamente qualificada para conduzir os processos financeiros. Sabemos, por exemplo, que profissionais com conhecimentos em finanças têm mais habilidades para gerir, controlar e analisar o financeiro de uma OSC, enquanto profissionais com menos conhecimentos e experiências na área podem não compreender a importância da organização das finanças para o todo.

Vale ressaltar que, mesmo com processos definidos e uma equipe preparada, é recomendável manter um constante acompanhamento de todos os relatórios financeiros da OSC. Por fim, avalie seus resultados periodicamente, afinal, para saber como está a saúde financeira da OSC, só mesmo monitorando com muito cuidado os efeitos das ações.

Uma correta administração financeira permite que se visualize a atual situação da entidade. Registros adequados permitem análises e colaboram com o planejamento para otimizar resultados.

Leia também: 6 filmes sobre voluntariado e solidariedade para você se inspirar

A falta da administração financeira adequada pode causar muitos problemas, entre eles:

  • Obter as informações incorretas sobre saldo do caixa, valor das contas a receber e das contas a pagar, volume das despesas fixas e financeiras. Isso ocorre porque não é feito o registro adequado das transações realizadas;
  • Desconhecimento sobre a OSC estar tendo superávit ou déficit em suas atividades operacionais, devido a não elaboração do demonstrativo de resultados (DRE);
  • Desconhecer o volume e a origem dos recebimentos, bem como o volume e o destino dos pagamentos, porque não é elaborado um fluxo de caixa, um controle do movimento diário do caixa;
  • Administrar de forma inadequada o capital da entidade, porque o ciclo financeiro de suas operações não é conhecido;
  • Muitas vezes, as atividades são iniciadas com pequena dimensão e, conforme as atividades se desenvolvem, a administração financeira não acompanha o crescimento da OSC porque os gestores não têm conhecimentos necessários nesta área de gestão e se envolvem excessivamente com a atividade fim da organização.

Então, observe as principais funções da gestão financeira:

  • Análise e planejamento financeiro: analisar os resultados financeiros e planejar ações necessárias para obter melhorias;
  • A boa utilização dos recursos financeiros: analisar e negociar a captação dos recursos financeiros necessários, bem como a aplicação dos recursos financeiros disponíveis;
  • Caixa: efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de caixa;

Por isso, as primeiras providências que a OSC deve tomar em relação às finanças são:

  • Organizar os registros e conferir se todos os documentos estão sendo devidamente controlados.
  • Acompanhar as contas a pagar e a receber, montando um fluxo de pagamentos e recebimentos.
  • Controlar o movimento de caixa e os controles bancários.
  • Classificar custos e despesas em fixos e variáveis.
  • Fazer previsão de fluxo de caixa.

    Como está a gestão financeira da sua OSC? Precisa de ajuda? Preencha o formulário de contato clicando aqui e o mais breve possível entraremos em contato.

    Fonte: Educação Financeira para o Terceiro Setor – Manual do Participante Outubro/2017

carreira em impacto social

Como seguir carreira em impacto social

Em 1997, Denis Mizne ainda era um estudante de Direito na Universidade de São Paulo quando se envolveu com impacto social. Ele fez parte do grupo do Centro Acadêmico XI de Agosto que criou a campanha Sou da Paz, mais tarde estruturada como o instituto de mesmo nome.
Entre maio de 2000 e 2011, Mizne foi diretor executivo da ONG, onde ainda atua como presidente do conselho. Em seguida, tornou-se diretor executivo da Fundação Lemann, onde está até hoje.
Em uma conversa com Rafael Carvalho, jornalista responsável pelo site NaPrática.org , ele falou não só sobre sua própria trajetória profissional em impacto social, mas também sobre o que mudou nos últimos vinte anos.
“Nunca tivemos tantos recursos para ter impacto social como temos hoje, independente da idade”, afirma. “Há muita coisa gratuita em termos de mobilização, engajamento e acesso a outros jovens. Tem muita possibilidade para fazer a diferença.”
Para ilustrar seu ponto, ele resgatou um acontecimento dos tempos de USP. Quando surgiram interessados em criar núcleos da instituição em outras cidades, os jovens do Sou da Paz criaram um kit para iniciantes e um 0800 para receber ligações, que eram gratuitas para quem as fazia.
“Tivemos que fechar o número porque não tínhamos mais dinheiro para tanta ligação telefônica”, lembra.
Para quem pensa em começar uma organização, ele indica que, antes de fazer uso das inúmeras ferramentas online, seu foco esteja bem claro.
“Hoje em dia as bandeiras são muito amplas e genéricas. Quanto mais clara for a sua, mais chance você tem de atrair pessoas e mostrar resultado”, resume. “O que não falta é problema.”
Leia também: Como criar um plano de captação de recursos para sua ONG

Impacto social: onde atuar?

Se no passado trabalhar com impacto social significava optar por uma vida de abnegações e complicações, hoje o cenário é outro.
“É possível atuar no terceiro setor, em startups, no governo”, exemplifica Mizne. “O privilégio de não questionar se algo que você está fazendo é realmente útil não tem preço.”

Setor público

Ainda no começo dos anos 2000, trabalhou por um no Ministério da Justiça, onde ganhou insights sobre o funcionamento do setor público. Sua experiência ali comprovou os benefícios de entender como o governo funciona por dentro.
Para quem pensa em uma experiência mais imediata, ele indica o Vetor Brasil, ONG apoiada pela Lemann que seleciona jovens de qualquer área para atuar por um ano como trainees na gestão pública. 
Outra opção é o Ensina Brasil, um programa de desenvolvimento de lideranças que também seleciona jovens de qualquer área para atuar como professores em escolas públicas por dois anos.
“Mesmo que você tenha outra carreira depois, conhecer melhor o Brasil é bom para todo mundo”, afirma Mizne.
Além disso, é importante lembrar que grande parte do impacto social virá, necessariamente, do estado – e quanto mais conhecimento sobre seus meandros, melhor. “O governo vai fazer boa parte da diferença e conhecê-lo vale muito a pena.”
Leia mais: Tributação do Terceiro Setor: guia prático para doações de pessoas jurídicas

Empreendedorismo social

Para quem deseja criar algo novo, seja uma ONG ou uma startup, Mizne recomenda logo colocar a mão na massa.
“É ótimo estudar, mas você não precisa esperar ser um super especialista para fazer algo. O melhor jeito de aprender é fazendo”, garante.
Começar auxiliando organizações que você admira é um bom caminho. Uma vez que tenha tomado sua decisão, no entanto, pouco adianta ficar esperando a hora certa: não existe cenário ideal.
O que existe, cada vez mais, são fundos de impacto como o Vox Capital e entidades como as ONGs Ashoka e Artemísia e a própria Lemann que financiam e ajudam novas ideias a se desenvolverem. Aproveite o que já existe!
Veja também: Empreendedorismo Social: A transformação social por meio do design

Terceiro setor

A estrutura de uma ONG ou negócio social também não é mais a mesma. Há um número crescente de organizações que aliam gestão e impacto social.
Na Fundação Lemann e na Fundação Estudar, por exemplo, o modelo de gestão empregado alia foco no resultado, preocupação com métrica e desenvolvimento de pessoas com impacto escalável.
Em resumo, as opções para quem quer impactar a sociedade são inúmeras. Cabe a cada um descobrir seu perfil, suas motivações e o que é necessário para tirar sua ideia do papel e ajudar na transformação do país.
“O Brasil não precisa só de boas intenções, mas de capacidade para encontrar soluções. Não vamos resolver as coisas dando só uma demão de tinta. Quanto mais gente nesse barco, melhor”, conclui.
Fonte: https://www.napratica.org.br/as-carreiras-em-impacto-social-segundo-o-diretor-executivo-da-fundacao-lemann/
como criar um plano de captação de recursos

Como criar um plano de captação de recursos para sua ONG

 

O plano estratégico é o que sua ONG faz, como faz e onde ela quer chegar. Dentro dele também deve ter um plano de captação de recursos, que é o ponto principal de uma angariação de fundos bem-sucedida (afinal, as ONGs precisam de verba para realizar suas ações).
O plano de captação de recursos envolve qualquer ação que a organização pode tomar para arrecadar verba para se manter ativa, e uma das formas mais profissionais de captar recursos hoje é através de uma campanha de financiamento coletivo , também chamado de crowdfunding.
Através da  plataforma de financiamento coletivo  é possível:
• receber e registrar as contribuições;
• contabilizar a quantidade já arrecadada e estimar quanto ainda falta para alcançar o objetivo financeiro;
• algumas, como a Kickante , oferecem dicas e estratégias de divulgação;
• registrar os dados dos apoiadores da causa para o seu controle e para, eventualmente, ao final das arrecadações, retribuir quem doou com recompensas simbólicas.
E mais, com financiamento coletivo, a ONG pode captar doações antes do período de maturação exigido pelo Governo que é de 2 anos (afinal, as ONGs possuem necessidades imediatas, não podem esperar 2 anos!).
Separamos algumas dicas a considerar quando sua organização for criar o plano de captação de recursos!
Leia também: 6 filmes sobre voluntariado e solidariedade para você se inspirar

O SEU PLANO DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS DEVE SER ENRAIZADO EM SEU PLANO ESTRATÉGICO

O plano estratégico define a direção que sua organização deve seguir e o plano de captação de recursos vai arrecadar os fundos necessário para realizar o plano estratégico. Seu plano de captação de recursos deve incluir informações como: quanto dinheiro você precisa para que a ONG continue realizando seu trabalho, como os fundos arrecadados serão utilizados, e qual o impacto que a captação de recursos vai causar no futuro.
Se o seu plano estratégico não envolve projeções financeiras, coloque tudo isso agora no papel. Em uma campanha de crowdfunding você deve definir uma necessidade atual e arrecadar fundos para que a mesma seja suprida.
A ONG Cão sem Dono, por exemplo, recentemente se viu em uma situação triste – a falta de espaço não permitia que resgatassem novos animais. Então, criaram uma campanha de financiamento coletivo a fim de arrecadar verba para construir mais canis e melhorar o serviço prestado aos animais resgatados. Assim, os contribuidores vão ajudá-los a suprir essa necessidade e, em troca, podem até batizar uma ala do canil com um nome de sua escolha!

CONTE SUA HISTÓRIA

A sua história e trajetória da ONG serão um dos pontos principais do seu plano de captação de recursos. Use as projeções e informações acima mencionadas de forma clara e concisa para explicar para os possíveis contribuidores porque você precisa do dinheiro agora. Fatos, números e muita emoção vão incentivá-los a apoiar sua causa.
Existem milhares de ONGs ativas no Brasil hoje, mas a sua história é só sua. Por que sua organização é diferente? Por que eles devem contribuir com você e não com a outra?

DEFINA AS FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES DE CADA MEMBRO

Qualquer campanha de arrecadação de fundos traz mais retorno quando tem várias pessoas envolvidas. Tome como exemplo seus voluntários: eles conhecem bem a organização, apoiam sua causa e serão as melhores pessoas para fazer a divulgação da campanha. Separe-os em grupos e designe a cada grupo uma ação de divulgação. Vale de tudo, redes sociais, e-mail marketing e também as ações off-line.

CRIE UM CRONOGRAMA

Antes de começar sua campanha de arrecadação de fundos, é importante ter um plano para seguir ao longo da campanha. Estipule metas pessoais para serem atingidas em cada semana. Responda perguntas como: Como vou divulgar minha campanha? Quantas vezes vou postar por dia? Em quais redes sociais? Com quais veículos de imprensa vou tentar contato? Quem são os influenciadores do meu tema? É mais fácil seguir um plano já feito do que perder tempo pensando nisso enquanto a campanha já está rolando!

LEMBRE-SE DE TODAS AS PESSOAS QUE JÁ CONTRIBUÍRAM COM SUA ONG DE ALGUMA FORMA

É um fato que as ONGs sempre vão precisar de contribuições para continuar funcionando. Por isso, é necessário manter contato com aqueles que já contribuíram para que se tornem contribuidores recorrentes . Hoje, já é possível transformar sua campanha de financiamento coletivo em um Clube de Contribuição Mensal .
Sua ONG precisa de fundos para se manter ativa e defendendo sua causa? Criando uma campanha de arrecadação você pode captar recursos da maneira mais simples, rápida e desburocratizada.
Precisa de ajuda para criar o plano de captação de recursos de sua ONG? Fale com a Thomazin Assessoria! Preencha o formulário de contato clicando aqui e o mais breve possível entraremos em contato.
Fonte: adaptado de https://exame.abril.com.br/negocios/dino/como-criar-um-plano-de-captacao-de-recursos-para-sua-ong-dino89089083131/
ontabilidade para entidades religiosas

Contabilidade para entidades religiosas

O Brasil é um dos países com mais pluralidade religiosa no mundo, com mais de 80 mil entidades religiosas espalhadas por todo território nacional.
Todos esses espaços, ainda que sem fins lucrativos, ou seja, integrantes do terceiro setor, devem estar em conformidade com as exigências fiscais. Contar com um contador capaz de encaminhar desde a abertura dos templos até seu fechamento, passando por obrigações acessórias, é cada vez mais necessário já que o cerco vem se fechando sobre pessoas físicas e empresas. Todos devem estar dentro do que o Fisco exige, alertam especialistas.
Embora os católicos continuem sendo maioria no País, somando mais de 123 milhões de brasileiros, os dados do Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência, divulgado em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma grande diversidade religiosa entre a população brasileira.
Na última década, além dos evangélicos, grupo que mais cresceu no período, passando de 15,4% para 22,2% e totalizando 42,3 milhões de pessoas no País, também tiveram expansão os espíritas, que passaram de 1,3% para 2% e somaram 3,8 milhões em 2010; os que se declararam sem religião, que subiram de 7,4% para 8%, ultrapassando os 15 milhões; e o conjunto pertencente a outras religiosidades, que cresceu de 1,8% para 2,7%, totalizando pouco mais de 5 milhões de brasileiros. Os adeptos da umbanda e do candomblé mantiveram-se em 0,3% ao longo da década, representando quase 590 mil pessoas.
Conforme pesquisa de 2010 elaborada pelo IBGE com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong) e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), havia, até aquele ano, 82,853 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos da Categoria Religião. Atualmente, esse número deve ser ainda maior tendo em vista que houve um boom de locais do segmento, principalmente de templos evangélicos e casas espíritas, umbanda e candomblé.

Quais os impostos isentos para o setor

Segundo o artigo 150 da CF, os templos de qualquer culto são imunes de impostos federais, estaduais e municipais, conforme a referida legislação:
  1. Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza (IR);
  2. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
  3. Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);
  4. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
  5. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
  6. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS);
  7. Imposto Territorial Rural (ITR);
  8. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e Direitos (ITCD)
  9. Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI);
  10. Imposto sobre Importação (II);
  11. Imposto sobre Exportação (IE).
No Rio Grande do Sul, a Lei nº 14.223, sancionada em 2013, concede isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas contas relativas à prestação de serviços de telefonia e ao fornecimento de energia elétrica destinados aos templos de qualquer culto do Rio Grande do Sul.

CFC regulamenta as obrigações fiscais

As obrigações fiscais das entidades religiosas estão regulamentadas em normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) relacionadas ao terceiro setor. As exigências são basicamente as mesmas, ainda que as entidades regularizadas contem com isenção em certos impostos, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto de Renda e não precise recolher o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) quando prestar serviços – quando contrata, a entidade precisa fazer a retenção.
A imunidade tributária é garantida pela Constituição Federal, a qual estabelece o impedimento dos poderes tributadores de instituir tributos em relação a certos entes ou em determinadas situações, ou seja, inexiste o fato gerador do tributo. Conforme o artigo 150 da Constituição Federal, “sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre (…) templos de qualquer culto”.
No Rio Grande do Sul, uma lei de abrangência estadual retira a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e de Serviços (ICMS) da conta de energia elétrica e de telefonia. Normalmente a instituição precisa conhecer a legislação e exigir o desconto. É necessária a notificação da empresa de energia e a comprovação, através de cópia do registro da entidade feito junto ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas e Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) emitido junto à Receita Federal.
Dentre as obrigações acessórias, as entidades religiosas estão obrigadas a emitir a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) no mês em que for gerada receita acima de R$ 10 mil. Além disso, deve ser recolhido o PIS/Pasep sobre a folha de pagamento, deve ser feita a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), a Escrituração Fiscal Digital (EFD) Contribuições e a Escrituração Contábil Digital (ECD), também conhecida como Sped Contábil.
A ECD substitui o livro diário, comumente encontrado naquelas entidades religiosas mais antigas. Essa é uma das práticas que terá de ser modernizada, assim como a prestação de todas as informações trabalhistas e previdenciárias com a entrada em vigor do eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas).

 eSocial

A partir de 2018 todo o processo de contratação de um colaborador, alterações posteriores de cargos, afastamentos, até as saídas de férias, atestados de saúde ocupacional, rescisões de contrato, ações trabalhistas e dissídios e contratação de prestadores de serviços (pessoas físicas e jurídicas), devem ser transmitidos regularmente ao sistema.
Caberá aos gestores dessas organizações, na maior parte das vezes a própria liderança religiosa, responder pela gestão dessas informações.

Principais obrigações trabalhistas e previdenciárias:

  1. Relação Anual de Informações Sociais (Rais)
  2. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
  3. Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS (Sefip) e Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP)

Principais obrigações fiscais acessórias:

  1. Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)
  2. Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF)

Principais obrigações contábeis:

  1. Livro Diário;
  2. Livro razão;
  3. Livro de Inventário de bens;
  4. Livro inventário de estoque
  5. Livros auxiliares.
  6. Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) Escrituração Fiscal Digital (EFD) – Contribuições
  7. Escrituração Contábil Fiscal (ECF)
  8. Escrituração Contábil Digital (ECD)

Principais obrigações específicas de organizações do terceiro setor

Sistema de Cadastro e Prestação de Contas (Sicap). Essa obrigação é relativa especificamente para as fundações privadas, as quais são fiscalizadas pelo Ministério Público Estadual, conforme visto na forma de constituição das fundações.

Contabilidade pode auxiliar na melhor gestão das entidades

Investir na organização dos documentos, estejam eles em papel ou já em ambiente digital, pode ser uma boa forma de dar mais tranquilidades às fundações religiosas. Esses locais normalmente contam com parcos recursos para a realização de cultos e outras manifestações culturais e religiosas. Muitas instituições realizam importante trabalho de fortalecimento comunitário, assistência social e fomento às causas das periferias, da população negra, das mulheres e outras minorias.
Todas essas ações podem constar na contabilidade da entidade religiosas, exceto nos casos em que a entidade religiosa passe à categoria de entidade filantrópica.
A consultoria de um profissional contábil vale para também para as pequenas organizações. Estar em conformidade com o Fisco permite a captação de recursos junto aos órgãos públicos e a empresas privadas para o sustento das ações. Além disso, permite a melhor gestão dos recursos. É muito comum que o contador responsável pela organização das informações e documentos das entidades do setor preste um serviço de consultoria para a administração dos recursos.
Fonte: adaptado de http://www.mercadocontabil.com/2017/01/3-setor-entidades-religiosas-buscam.html
filantropia e responsabilidade social

QUAL A DIFERENÇA ENTRE FILANTROPIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL?

O conceito de responsabilidade social e filantropia são, muitas vezes, confundidos, pois a primeira se originou das ações filantrópicas que os empresários praticavam, retribuindo à sociedade parte dos ganhos adquiridos. A filantropia não está diretamente relacionada aos negócios da empresa, sendo mais comum estar vinculada a alguma causa que os empresários ou gestores se identificam e através de ações sociais, executam projetos no intuito de suprir determinada demanda da sociedade. Apesar de contribuir na aquisição de fundos para serem utilizados em causas de caridade, cultura, educação e sociais, tais iniciativas não interferem nos impactos causados pela organização.
Na filantropia não há planejamento e monitoramento das ações, tampouco estabelecimento de objetivos. Ela não busca obter retorno, seja financeiro, social ou ambiental. Sua intenção é apenas o de proporcionar um bem estar moral de quem a pratica. Já a responsabilidade social é considerada uma ação estratégica da empresa que tem por finalidade incorporar aos seus negócios as demandas do público com quem se relaciona, transformando a realidade social. Além disso, a RSC busca retorno social, tributário e institucional dos seus investimentos
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Embora as ações sociais praticadas pelas empresas sejam importantes, principalmente em sociedades cujas demandas sociais são grandes, elas não são suficientes para afirmar que uma corporação é ou não socialmente responsável, pois o fato dela investir altos valores em projetos sociais ou proporcionar mudanças positivas na vida de algumas famílias não significa que ela está isenta de agir de forma ética e honesta com todos os seus stakeholders, atender à legislação trabalhista  e vender produtos e serviços de qualidade aos seus consumidores.
É importante também estar atento às empresas que realizam ações sociais com o objetivo maior de fazer marketing e gerar nos consumidores a imagem de que são socialmente responsáveis, pois essa postura é, na verdade, o oposto do que se conceitua a responsabilidade social, já que esta está diretamente relacionada à preocupação e a responsabilidade que a empresa assume em cada atitude praticada, principalmente no que diz respeito às mensagens passadas para a sociedade, que devem ser coerentes e, acima de tudo, verdadeiras.
Tanto a filantropia como a responsabilidade social trazem benefícios à sociedade, porém é preciso desmistificá-las entendendo que, a primeira tem caráter pontual, assistencialista e voluntário enquanto a segunda faz parte da estratégia de gestão do negócio e deve durar o tempo em que a empresa existir.
Fonte: https://www.dialogusconsultoria.com.br/entenda-a-diferenca-entre-filantropia-e-responsabilidade-social/
tributação terceiro setor

Tributação do Terceiro Setor: guia prático para doações de pessoas jurídicas

Muitas organizações sem fins lucrativos enfrentam dificuldades para lidar com a operacionalização do recebimento de doações. Afinal quais são os tipos de doação permitidos no ordenamento jurídico? Deve ser adotado um procedimento especial? Existe vantagem para o doador?

Procuraremos descrever aqui as possibilidades de uma pessoa jurídica – nacional ou estrangeira – fazer doação de recursos para entidades do terceiro setor no Brasil, e que particularidades legais, em âmbito federal, devem ser respeitadas.

No caso de doação por nacionais, a pessoa jurídica deposita o recurso na conta bancária da entidade sem fins lucrativos, não importando o foco de atuação da mesma. Recomenda-se a assinatura de um termo que comprove a operação, bem como os fins a que se destinam os valores. Caso a beneficiária seja qualificada como OCIP – Organização   da Sociedade Civil de Interesse Público, como entidade de Utilidade Pública Federal ou sirva desinteressadamente à comunidade ou aos trabalhadores, poderá haver dedução do valor doado, a ser abatido do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social Sobre o Lucro (CSSL) devido pela pessoa jurídica doadora, até o limite de 2% do lucro operacional da mesma – desde que esta seja tributada em regime de lucro real.

Neste caso, a receptora da doação deverá fornecer à doadora uma declaração no modelo da Instrução Normativa 87/96 da Secretaria da Receita federal.

Caso seja feita doação para uma entidade que seja isenta ou imune ao ITCMD – Imposto sobre Transmissão de Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos, é necessário que conste no documento que comprove a doação o valor doado e o fundamento legal da isenção ou imunidade. Esta disposição evita transtornos para a receptora, já que é desta última a obrigação de recolher o tributo.

Se a pessoa jurídica decidir patrocinar ou doar para um projeto na área da cultura, poderá utilizar a Lei Rouanet. O projeto precisa ter sido aprovado pelo Pronac – Programa Nacional de Apoio à Cultura e regularizado pela CNIC – Comissão Nacional de Incentivos Culturais. Tratando-se de doação, poderá haver do IR, desde que não seja ultrapassado os 4% do valor devido – a porcentagem que pode ser deduzida depende do tipo do projeto escolhido. Por isso, é necessário verificar as especificidades da legislação pertinente.

A pessoa jurídica poderá destinar recursos para os Fundos da Criança e do Adolescente municipais, estaduais e federais. Cada fundo é gerido por um conselho formado por representantes do poder público e da sociedade civil.

O Doador deve comunicar-se com o conselho escolhido e pedir instruções de repasse.

Apesar de o procedimento variar dependendo do Conselho, o repasse é simples. Preenche-se um formulário e há emissão de comprovante, o qual poderá ser utilizado para dedução do valor doado do IR, até o limite de 1% do valor devido, válido apenas para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real. Micro e pequenas empresas que optem pelo Simples não podem deduzir estas doações.

As doações feitas por pessoas jurídicas estrangeiras não estão sujeitas, de acordo com a atual legislação, ao registro no Banco Central brasileiro. Os valores doados ingressam nacionalmente pelo mercado de câmbio de taxas flutuantes como transferências da contrapartida do fornecimento de bens ou de prestação de serviços por parte do beneficiário da doação.

Para doar, basta que o estrangeiro transfira o valor para a conta da entidade no Brasil. Aqui, o representante da entidade assina o contrato e câmbio e o valor em conta corrente. É importante que o aporte de recursos bem como seu recebimento sejam devidamente documentados.

Cabe finalizar com um importante lembrete. Reduzir a termo, emitir recibo e documentar as doações recebidas contribuem para a transparência e continuidade da relação entre doador e beneficiário. Além disso, em se tratando de entidade de educação ou de assistência social, a devida escrituração e documentação de receitas e despesas é imprescindível para usufruto das imunidades sobre renda, patrimônio e serviços descritas no artigo 150, inciso VI(c), da Constituição.

Doações de pessoas físicas

Somente poderão ser dedutíveis do Imposto de Renda as instituições registradas no Estatuto da Criança e Adolescente – contribuições aos fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Verifique no recibo se a entidade está ligada a esses órgãos, caso negativo, a doação não poderá ser considerada despesa dedutível.

Fonte: http://www.filantropia.org/tributacao.htm

caracteristicas do terceiro setor

As características do Terceiro Setor

O Terceiro Setor é formado por instituições de direito privado, sem fins lucrativos, e que buscam, dentro de suas finalidades, o alcance do bem-estar social. Essas entidades são constituídas de forma voluntária, pela união que pessoas que comungam de um mesmo interesse.
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Características do Terceiro Setor: Origem

Dentre as características do Terceiro Setor, a primeira se encontra na própria origem das organizações. Elas nascem em decorrência das intenções e ações realizadas por particulares, que quando agrupados, passam a ser denominados de sociedade civil. Porém, tais ações são destinadas à busca de benefícios e direitos sociais. Vemos, então, que o Terceiro Setor se aproxima um pouco da lógica de mercado (natureza privada), ao mesmo tempo em que auxilia o Estado no cumprimento de suas atribuições (natureza pública).

Características do Terceiro Setor: Lucro

A segunda característica reside no fato de essas entidades não perseguirem o lucro, como fazem as empresas comerciais, e nem serem submetidas ao controle estatal, como ocorre com a administração pública. Portanto, não distribuem os resultados financeiros positivos entre seus associados ou empregados, e também não são instituições públicas, embora possam manter vínculos com o Estado através de parcerias.

Características do Terceiro Setor: Voluntariado

A terceira particularidade a ser destacada é a participação do voluntariado, que atua em prol da manutenção e da sobrevivência das organizações. Normalmente essa participação ocorre de forma direta no gerenciamento e nas atividades realizadas, contribuindo para que essas instituições busquem de forma mais efetiva a realização de seus objetivos sociais.
Fechando o rol das principais características, apontamos a necessidade de as entidades serem institucionalizadas e autoadministradas, isto é, serem legalmente constituídas, e capazes de gerir suas próprias atividades e recursos. Por esse aspecto, identificamos que o agrupamento de pessoas, por si só, não cria uma organização do Terceiro Setor. É imprescindível que esta adquira natureza jurídica, podendo ser uma associação ou uma fundação, e que utilize boas práticas de gestão e de controle.
Portanto, o Terceiro Setor é a um só tempo um conjunto de práticas e valores que privilegia e estimula a iniciativa individual ou coletiva, a solidariedade, a filantropia, a ajuda mútua, e o voluntariado, sem o interesse de obtenção de lucro. É a reunião de instituições que possuem natureza jurídica, com capacidade de autogestão, e que representam uma força econômica bem mais relevante do que em geral se imagina.
Fonte: http://nossacausa.com/as-caracteristicas-do-terceiro-setor/